Parte 9

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Saiu do banheiro me acabando de rir.
- Xi tá retardada agora rindo sozinha ah lá. Carolina fala e mostro o dedo do meio pra ela.
- Porque a senhorita chegou tão tarde? Valentina pergunta.
- Fui fazer o primeiro teste para a bolsa de artes na faculdade.
- Por isso a Jenifer não veio?
- Sim a puta estava lá.
- E o que andou aprontando no... Ruggero passa no corredor chamando a atenção delas.
- Porra de homem gostoso do caralho, meu pai eterno vou ter que trocar a calcinha. Carolina reclama.
- Se você tivesse usando uma né Carolina. Caiu na risada com as duas.
- Porra molhei as calças.
- Que vadia, mas ele gostoso mesmo. Elas me encaram e estreitam os olhos.
- Nada a declarar.
- Volte aqui e conte os detalhes.
- Só posso dizer que valeu a pena tive um orgasmo daqueles de quase não conseguir chegar em casa porque estava toda mole.
- Caralho parceira... Valentina resmunga e dou risada entrando na sala para pegar as últimas aulas.

Quando a aula termina me apresso para sair logo vou almoçar com meu padrinho.
- Pra onde vai com essa pressa toda.
Escuto a voz de Ruggero atrás de mim, coloco o capacete.
- Cuidando da minha vida agora? Não tem droga pra vender, ninguém pra matar não? Ele fica sério.
- Para onde vai?
- Não te interessa eu heim, o chá de ontem já te deixou assim, apega não fofo.
A garota aqui é solta.
- Ela está bem amarrada agora.
- Como?
- Você é minha Karol. Subo na minha moto e dou partida.
- Vai se tratar, acho que bateu a cabeça com muita força, ou está usando muita droga, eu não sou sua nem de ninguém.
- Você é minha e acabou. Ele fala e segura forte no meu braço, olho para sua mão.
- Só pra você ficar esperto, tira a mão ou posso fazer pior com você.
- Essa eu pago pra ver, mas enquanto não acontece quero você em casa.
Começo a gargalhar.
- Por incrível que pareça eu nunca rir tanto na vida desde que te conheci sério. Acaricio sua bochecha e dou dois tapinhas.
- Vai sonhando bebê, ainda é de graça então aproveita.
- Debocha vou fazer você pagar.
- Vou ficar esperando.
Era só o que faltava, acho que devo ter sambado no caixão de matusalém só pode.

Paro a bis no estacionamento do restaurante e entro, falo o nome do meu padrinho e ela leva até a mesa.
- Oi princesa como está? Reviro os olhos.
- Tá ligado que de princesa eu não tenho nada.
- Tô ligado não, pra mim vai continuar a ser a minha pequena princesa, então conta as novidades?
- Fiz a primeira seleção para a bolsa.
- Sabe que eu posso pagar sua faculdade como faço com a escola, não precisa passar por tantas seleções assim.
- Não, já tivemos essa conversa.
Ele suspira.
- Kah sua mãe iria querer assim. Dou uma risada amarga.
- Não estou nem aí para o que ela iria querer...
- Não fale assim ela é sua mãe.
- Porque me colocou no mundo? Miguel você é a única pessoa que se preocupou comigo e sabe o quanto amo você mesmo eu não falando, mas esquece esse papo.
- Só um minuto. Ele pede para atender o telefone.
Se vira, eu quero a cabeça do Pasquarelli encontre.
Ele desliga e esfrega o rosto, Pasquarelli será o mesmo, dou de ombros e a comida chega conversamos mais um pouco e prometi que vamos nos ver na próxima semana já que é meu aniversário grandes merdas só fico mais velha nessa bagaça.
Jogo a mochila na poltrona e vou para o banheiro, visto uma camisa grande e uma calcinha depois do banho e quando saiu Sebastian está na minha cama.
- Tem casa não cão? Ele rir.
- Vai rolar um treino amanhã está afim?
- Beleza, como está sua irmã.
- Bem, sem ataques epiléticos e isso é bom.
- Ainda bem.
- Semana que vem alguém fica velho por aqui.
- Tomar no cu você não quer. Falo e ele puxa minha mão e acabo caindo em cima dele, Sebas acaricia meu rosto e me beija.
Me deito ao seu lado e ele pergunta.
- Como foi a seleção?
- De boa, tem mais três, vou precisar juntar mais grana pra me manter na faculdade. Admito.
- Sabe que eu poderia te ajudar não é?
- Nem vem, já tem responsabilidade demais, falando nisso cadê o carro pegou na oficina? Ele nega.
- E como vai dar aula hoje?
- De ônibus ué? Levanto e pego as chaves da bis e estendo pra ele.
- Toma, eu pego carona com Valentina.
- Ah Kah você vai ficar a pé?
- Já falei que não, pega essa porra logo. Ele pega as chaves, ficamos conversando mais um pouco e ele vai trabalhar.
Mando uma mensagem para Valu.

Estava colocando o baú na vespa de Valentina quando escuto o carro parando atrás de mim.
- Você é a Karol? Escuto uma voz masculina e me viro.
- Depende quem deseja? Ele sorrir sacana e minha cara de indiferença é gigantesca.
- É muito afiada pra ser mulher do Pasquarelli...
- O que?
- Vocês estão juntos a muito tempo? Dou risada.
- Ae maluco leva a mal não, estou trabalhando. Ponho o capacete na cabeça e vou saindo.
- Karol... Olho pra ele.
- Seu pai tem uma dívida comigo e vou cobrar...
- Beleza vai lá, a dívida é dele não minha.
- Bem, ela é sua já que ele está oferecendo você como pagamento.
Ele fala e arranca com o carro.
- Como é que é? Meu sangue ferve, que filho da puta.

Assim que entro em casa perto da meia noite, nem troco de roupa fico esperando  e não demora muito ele atravessar a sala.
- Que história é essa que virei moeda de troca? Ele para com a mão no corrimão e se vira, cruzo o braços e o encaro.
- Você já fez isso uma vez, não vejo porque não fazer novamente pelo seu pai.
- Pra casa do caralho seu filho da puta, está me achando com cara de prostituta, só vou falar uma vez, esqueça que eu existo ou acabo com você.
- Olha aqui sua vadiazinha você vai fazer exatamente o que eu mandar.
Ele vem pra cima de mim com o dedo em riste esbravejando, me aproximo mais ficando cara a cara com ele.
- Quero ver você tentar me obrigar.
Ele segura meu braço com força e olho pra o local sorrindo dou só uma cabeçada nele.
- Aiiiii sua puta meu nariz...
- Mais um para sua coleção de hematomas ainda nem ficou bom já está procurando outro, experimenta mexer comigo de novo Roberto...
Sou interrompida por batidas apressadas na porta.
- Dona Lúcia... A mãe de Sebastian.
- Kah desculpa a hora é que o Sebas sofreu um acidente, ele está bem mas vai ficar em observação no hospital.
- Em que hospital ele está?
- No geral, acabaram de me avisar.
- Eu vou pra lá.
- Oh filha obrigado, não posso deixar a Alice sozinha, mas por favor me dê notícias do meu menino.
- Pode deixar.

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