Parte 71

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Papa acoda papa...
Luna me deixa dormir...
Papa acode, eu tô aqui acode.
Luna...
Papa.
Lunaaaa

Sento na cama ofegante, seco o suor do rosto meu peito subindo e descendo, tento controlar a respiração, estou no meu quarto e ainda está tudo escuro.
Aquela sensação no meu peito esmagadora, depois daquele dia escuto sua voz sempre e sonho com ela, merda se eu conto isso pra alguém vão querer me internar, e já se passaram cinco meses e a dor continua crescendo.

Uma semana tinha se passado e eu sabia que estava na hora de dar um fim no Lisboa ou ele não iria aguentar, mas meu coração dizia que se eu desse o fim tudo acabava e teria que aceitar que não a tenho mais e seguir em frente algo que não estava disposto a fazer.

- Ruggero..
- Ihhh o que está fazendo loira aguada. Ela revira os olhos.
- Vou com você para o galpão.
- Claro... Que não. Não quero você naquele ambiente Valentina..
- E nem vem.
- O que fazemos lá, não é algo que você consiga digerir assim tão facilmente, você não vai.
- Eu vou, já falei que vou entrar pra máfia você não vai me impedir sabe disso não sabe?
- Eu sei projeto de Karol. Me arrependo no mesmo momento em que seu nome sai da minha boca.
- Sim eu sou e tenho orgulho de ser. Engulo em seco.
- Ok. E se eu te der outra coisa pra fazer em vez de você ficar torrando a minha paciência. Ela rir.
- O que eu tenho que fazer?
- Vai pra boate.
- Eu não vou dançar na sua boate.
- Não estou pedindo pra você dançar, vai e toma conta lá vou ligar para o Lucas e você fica responsável pelo local.
- É sério?
- Já estou me arrependendo. Ela dar um pulo e bate palmas.
- E dar o fora da minha casa, não quero sua cara feia aqui.
- Vai tomar no seu cu arrombado quem está cozinhando pra você ridículo.
Dou risada, é verdade depois que Karol veio morar comigo ela não me deixava comer na rua e acostumei, agora sem ela ou não comia ou caia no delivery e Valentina resolveu se acomodar aqui esse projeto de macumba errada.
- Bom dia.. Carolina aparece com cara de sono.
- Pronto isso aqui virou o que puteiro?
- Respeita minha mulher arrombado. Agustin aparece.
- Vamos tomar um café, o dia vai ser longo. Ele fala.
- Só observando vocês invadindo minha casa.
- Cala a boca. Valentina e Carolina falam ao mesmo tempo.

- Rugge. Agus chama e quase não percebo estou concentrado na estrada.
- Estou falando com você em que mundo está?
- Nem sei.
- Você tem que seguir em frente sabe disso não é?
- Não quero falar sobre esse assunto.
- Precisa se abrir comigo, como se sente colocar pra fora.
- Não consigo, estou quebrado e não tenho intenção de me levantar então me deixa porra.
Ele fica em silêncio
Entramos no galpão e fico de frente com Henrique o observo meu olhar é intimidador e sei que consigo o afetar.

- Sabe a alguns meses descobri que estava havendo tráfico de mulheres daqui para fora, e para a minha ilustre surpresa no meio de arquivos que foi facilmente pegos. falo olhando em seus olhos.

- você me roubou? ele granceja

- que isso? Eu? Claro que não meus homens, e não foi roubado so pegamos emprestado ué.  Falo tirando um cigarro do bolso e acendendo dando uma tragada em seguida.

- Você é um merda Ruggero tão burro, nunca poderá ser como seu pai é so um mauricinho mimado do inferno. Ele fala com deboche.
- E você acha que eu não sei até porque eu segui um rumo diferente dele já que meu pai é um delegado de polícia e eu sou um mafioso olha que ironia.
Ele se espanta com minhas palavras e me sento na cadeira de frente pra ele.
- Deixa eu tirar sua dúvida antes de você ir apertar a mão do capeta.
- Boa tarde senhores. A voz de Miguel soa atrás de mim e se não fosse pelo sangue no rosto de Lisboa ele teria ficado branco feito papel.
- Aí está meu pai, está vendo agora porque nunca vou ser como ele.
- Claro eu sou mais bonito. Miguel fala.
- O que vocês deram para o meu coroa que ele já está viajando. Recebo um tapa na cabeça.
- Me respeita filho da puta.
- Aí caralho.
- Você é um policial o que está fazendo aqui, deveria prende-lo.
- E soltar você... Miguel rir.
- Você tirou duas pessoas muito importantes pra mim eu só vim me certificar que meu filho acabou com voce.
- Seus filhos da puta, ainda bem que acabei com as duas vadias foi maravilhoso ver aquele carro explodir e olha só, matei não só duas mas as três não é mesmo Pasquarelli.
Parto com tudo pra cima que a cadeira cai pra trás, soco sua cara tantas vezes que nem sinto os meus dedos.
- Deixem ele vivo.
- Filho ele não vai aguentar por muito tempo.
- Só mantenham o caralho vivo. Grito e ando o mais rápido que posso para a parte de fora do galpão a dor que sinto no peito é tão grande que apoio as mãos no joelho e um grito sofrido sai do fundo da minha garganta, sinto um mão em meu ombro era Miguel ele não diz nada só afaga meu ombro.

Caralho.

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