Parte 3

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Quando terminei as entregas fui ajudar Valentina a limpar a lanchonete e fechar, ela insistiu que deveríamos ir a boate que ela foi no fim de semana, e que deveríamos dançar pois éramos filha de Deus, não contestei procurei minha identidade falsa na mochila, trocamos de roupa na casa dela pois era bem perto e fomos para a tal boate que ela tanto falou, era bem legal e moderna apesar de ser uma quinta estava bem cheia.
Pedimos uma bebida e apresentei minha identidade, Valu me estende o telefone.
- Suas vagabundas nem me chamaram, não vou mais deixar dar uma puxada no meu baseado.
Mensagem de Carolina começo a rir.
- Essa porra é doida ela arruma o baseado e depois fica doidona e ainda coloca a culpa em mim só chamo problema pra minha vida tá maluco.
- Falando em problemas olha quem vem aí? Olho pra trás e vejo Sebatian meu vizinho.
- Tá gostoso hoje. Ela fala sorrindo e pisco pra ela.
- Garotas... Ele cumprimenta nos duas com beijos na bochecha, dançamos um pouco e Valu faz um sinal para que eu veja um cara dando mole pra ela e assinto.
Fico sozinha com Sebatian e dançamos juntos, ele envolve minha cintura e me esfrego nele.
- Está me provocando Karolzinha.
- Porque deu certo. Ele sorrir de lado todo cachorro e segura na minha mão me levando para o canto me encosta na parede e beija minha boca.
- Que delícia, como nos velhos tempos.
- Como nos velhos tempos. Repito, Sebas foi o meu primeiro e ele sabe disso, mas ao contrário do que todos pensam ele não é um babaca, o cara é gente fina e trabalhador, sustenta a mãe e a irmã que é doente fora que foi ele quem sempre me ajudou quando eu precisava, perdi as contas de quantas vezes fugia para sua casa com medo do meu pai, ele subia na árvore e invadia meu quarto para que eu não me sentisse sozinha, somos amigos nada mais, não tem sentimento nem nada até porque eu sou um fundo oco e não me apaixono tenho a experiência dos meus pais para me espelhar, amor só destrói nossas vidas, amar pra que se podemos foder.
Estou no meu amasso gostoso, e quando Sebas beija meu pescoço, minha cabeça cai de lado no exato momento, meus olhos encontram duas esferas marrons muito bonitas por sinal, estreito um pouco os olhos, é o cara de mais cedo, do apartamento do corpo que fiquei babando, sorrio para ele e pisco o olho e Sebas volta a beijar minha boca.

Minha noite não poderia ter terminado melhor, acordo na minha cama ainda com a roupa de ontem, olho as horas e puta que pariu estou atrasada.

Corro arrancando as roupas do meu corpo e tomando um banho rápido sem molhar o cabelo, escovo os dentes e ponho a roupa de ginástica e visto o uniforme que é um conjunto de moletom faço um coque no cabelo, jogo um reboco na cara, desço pego um suco e saiu de casa.
Estaciono minha moto, e ao lado vejo uma mustang gt preto.... Assobio.
- As coisa ficam cada vez melhores nesse lugar. Vou para entrar.
- Sevilla está atrasada.
- Ah senhor Márcio são só alguns minutinhos vai me deixa entrar.
- Claro mais você vai lá na direção, sua aula já começou.
- Droga... Entro na secretaria e Lurdes já me olha feio, dou língua pra ela que revira os olhos.
- Sevilla o que faz fora da sala.
- Cheguei atrasada.
- De novo? Vou ter que chamar seu padrinho Karol, a senhorita Molfese reclamou que você jogou tinta de cabelo nela com uma pistola de água.
- Ela não tem senso de humor.
- Não é a primeira vez que apronta quer que eu faça uma lista.
- Ah foi só uma brincadeirinha de nada.
- Olha vá para aula depois conversamos, fique certa que vou chamar o doutor Valente. Bufo e vou para aula que esta sendo realizada na quadra nesse momento.

- Atrasada como sempre Sevilla, vá entrando que eu já volto. Avisa o professor.
- Karol Sevilla. Escuto meu nome e me apresso a entrar.
- Karol...
- Estou aqui...
- Está atrasada senhorita.
- Porra de gente que só reclama eu heim, de manhã cedo não aguento essa merda...
- Xiii alguém te chutou da cama hoje?Carolina debocha.
- Ora ora o que temos aqui.  Escuto aquela voz no momento em que jogo a mochila no banco e viro para ver quem é? O cara de ontem, franzo o cenho.
- Deu pra me seguir agora?Fodeu tudo mesmo nessa bagaça o que esse cara está fazendo aqui?
- Sou o novo auxiliar Jurema. Seguro a risada e vou tirando o moletom.
- Jurema? Carolina pergunta e solta uma gargalhada.
- E não preciso seguir mulher, se quero algo vou lá e pego.
- Bom pra você.
Quando me abaixo para tirar a calça.
- O que está fazendo?
- Tirando a roupa, não é óbvio.
- É muito óbvio, que tal tirar lá na minha cama. Seu tom de voz é rouco e olho por cima do ombro ele está de olho na minha bunda.
- Aí você acordou. Faço um movimento com a sobrancelha e ele fecha a cara, mas não fico pra render história começo a correr igual aos outros que estão se aquecendo na quadra.

Quando a aula termina vamos todos para o vestiário, depois do banho pego o uniforme ridículo de saia de prega, camisa social que eu faço um nó nas pontas deixo os botões abertos e coloco a gravata bem folgada, solto o cabelo que está bem cacheado agora, faço minha maquiagem bem mais organizada, passo o batom e jogo o blaser em cima.
Vou para o refeitório e encontro as garotas.

- Fala Kah. Chiara bate na minha mão.
- Ressaca filha da puta. Falo com Valentina que está de óculos escuros.
- Me lembre porque não vamos a boate no meio da semana.
- Foram encher o cu de cachaça, aí oh.
- Bem eu não encho de cachaça.
- Mas encheu de outra coisa sua safada.
- O cu não querida, cu se conquista não se dar assim de bandeja.
- Também acho. Chiara concorda.
- Então e o novo auxiliar gatinho hein. Carolina comenta.
- Foi o cara que fiz entrega ontem.
- Você fez entrega na casa dele ontem?
Chiara pergunta.
- Sim, são gatos, mais babacas.
- Aqui pra gente, eles são perigosos.
- É mesmo que meda.
- chata. Ela diz e me dar língua e o sinal toca.

Entro na sala com as garotas e o diretor já está lá nos esperando.
- Vim até aqui apresentar o auxiliar de classe o Ruggero, ele vai ajudar os professores e a vocês no que precisarem.
- No que precisar diretor? A galinha da classe pergunta e vejo o sorriso malicioso no rosto do idiota lá.
- Sevilla.
- Sim...
- Por favor nada de brincadeiras com o Ruggero e nem com ninguém a sua última de ontem foi demais até agora não consegui acalmar o professor.
Levanto as mãos em rendição
- O professor de biologia está extremamente envergonhado com o que aprontou na sala.
- Só porque eu queria tirar dúvidas, ele então não está fazendo o trabalho dele direito diretor.
- Karol mas respeito com o professor, você vai pedir desculpas ele ficou muito nervoso.
- Agora a culpa é minha que ele não sabe trepar. A sala cai na gargalhada e vejo Ruggero engasgar.
- Vamos conversar na minha sala.
- Aí tem que ser agora eu tenho aula sabia. Reclamo.
- Tudo bem, passe na minha sala no final.
Coloco meu sorriso sem dentes bem falso e ele vai embora, reviro os olhos.
- Agora entendi porque tinha que ficar de olho em uma tal Karol e sua turma. Ruggero fala sorrindo.

Descrevam a Karol com uma palavra.

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