Parte 17

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Saiu do banheiro já pronta para ir trabalhar mais meu estômago está roncando e preciso comer alguma coisa, estou de frente para o espelho prendendo meu cabelo e colocando meu piercing, quando Ruggero aparece reviro os olhos.
- Eu lembro de ter mandado você meter o pé.
- Aí é que está, você não manda em nada.
- Até eu jogar você pela janela imundo aí você vai aprender a falar comigo direito.
Ele me vira pra ele e me tira o fôlego.
- Mulher minha eu calo assim.
- Homem meu eu enfio a porrada, principalmente quando estou enjoada da cara dele então cai fora, que porra quantas vezes vou ter que te mandar embora.
- Vai perder seu tempo.
- Você não tem ninguém pra matar não? Ele me olha e começa a rir.
- Para de reclamar mulher parece aquelas velhas chatas da biblioteca tomar no cu, e vamos comer logo que estou com a barriga roncando. Levanto uma sobrancelha.
Ele levanta a sacola do Estrelas.
- Pedi comida. Explica.
- Hum talvez eu aceite sua presença mais um pouco está me alimentando.
- Posso te alimentar de outro jeito também.
- Minha boceta está no período onde só o mar passa.
- Não tenho medo de sujar a espada querida, e posso sempre optar por outro buraco.
- Querido meu outro buraco é muito precioso para ser explorado assim.
- Besteira é só você me dar.
- Cu a gente não dá, você tem que conquistar é prêmio e não um bônus e o meu você passa longe.
- Mandada do caralho.
- Obrigado. Faço uma careta.
Estamos sentados no tapete do meu quarto comendo macarrão ao molho branco.
- O que veio fazer aqui? Pergunto e ele me encara.
- Tenho que ter um motivo para vim aqui?
- Me respondeu com uma pergunta é isso mesmo.
- Come a porra da comida, de boca cheia você não fala nada.
- Você é grosso.
- E grande e você adorou.
- Talvez...
- Talvez meu cu, você gostou que eu sei...

Não respondo aproveito para saborear a comida que está uma delícia mas a imagem daquela mulher insisti em vir eu a odeio com todas as minhas forças, o idiota do Roberto disse que ela preferiu outro homem e nos abandonou, mas sei que em partes a culpa é dele porque ninguém suporta viver apanhando eu aprendi na marra a me defender mas até consegui esse feito ele me espancou diversas vezes, perdi as contas de quantas vezes Sebastian ou a mãe de Valentina me levaram ao pronto socorro com costelas quebradas ou qualquer outra parte do corpo, Miguel nunca ficou sabendo eu não podia abrir a boca sobre o que acontecia e depois que aprendi a me defender aí que não contei mesmo, não digo que descontei todas as porradas mais foi meio caminho andado.
- Porque fez um retrato meu?
- Pergunta sem resposta Pasquarelli.
- ah é assim?
- Sim é assim, agora vou nessa.
- Não quero você trabalhando até tarde.
- Você não tem que querer nada, essa é minha vida, está chegando agora bonitão e já quer sentar na janela te orienta.
- Estou falando sério, do que precisa?
- De paz pode ser, que inferno porque vocês homens tem a mania de achar que toda mulher precisa de um macho para sobreviver?
- Porque é a realidade... O interrompo.
- Querido mulher nenhuma precisa de macho nem para se satisfazer.
- Não mais um pau pode comandar tudo.
- Você é ridículo. Pego minha mochila e o capacete e ele me segue.
Já estava na moto e o Pasquarelli entra em seu carro.
- Karol... Olho pra ele.
- Te espero lá em casa e não fale com estranhos.
- Deita e dorme viu bebê acordado cansa.

Não sei o que ele quis dizer com estranhos mas a minha mente mandou ele tomar no cu umas cem vezes.
Chego ao estrelas e a correria de sempre, me faz ficar exausta, e na saída pra casa tem um carro preto parado na porta.

- Karol. O mesmo cara do outro dia.
- Está me seguindo agora? quem é você heim?
- Só quero me certificar que está com o Pasquarelli?
- Algum problema aqui Pedro? Um outro cara aparece com mais dois ao seu lado e vejo quando segura a arma no cós da calça.
- Ei patroa ele está te incomodando? Reviro os olhos, claro Ruggero ele tinha que mandar os cães de guarda.
- Vão se foder você, vocês e seu chefe ah eu heim. Subo na minha moto e Valentina na dela rindo.
- O que foi agora? Ela pergunta.
- Pasquarelli. Ela faz um aceno e saímos.

Chego em casa morta e só tiro a roupa, tomo um banho visto apenas um blusão e pego um cavalete coloco uma tela em branco e começo a fazer uns traços do meu desenho no bloco, mordo o lábio pensando em porque estou desenhando ele, o que esse cara tem para me chamar tanta atenção a ponto de dar vida a seus traços na minha tela.

Paro o que estou fazendo e lavo as mãos, desligo a luz e vou para debaixo das cobertas.

No dia seguinte acordo com uma dor de cabeça do caralho, e mesmo assim vou para a escola tenho a segunda prova para a bolsa de artes na faculdade em Londres.
Não vejo o Pasquarelli posso ouvir um amém quero distância daquele ridículo.
Quando sou chamada para fazer a prova na sala dos professores, a idiota da Jenifer também vai, levei quase duas horas para terminar essa porra e quando saiu encontro Lurdes a secretária.
- Você está bem Lurdes?
- Aí Karol preciso urgente ir no banheiro.
- Ué vai.
- Não posso deixar aqui sozinho.
- Eu fico aqui e você vai. Ela me olha desconfiada.
- Não vou aprontar nada prometo.
- Olha lá heim vou confiar em você por favor. Assinto e ela vai.
Lurdes estava escutando um som meio baixo e quando a música acaba escuto um gemido, abaixo mais o som e escuto mais gemidos olho para trás e caminho na ponta dos pés vem da sala do diretor.
- Que safado quem será que ele está comendo? Sussurro, quando chego próximo a porta está entreaberta e empurro só um pouco, estreito os olhos cachorro ele me paga, está espalhando pra todo mundo que sou sua mulher e agora vou levar fama de corna ainda mais com a puta da Jenifer, você me paga Pasquarelli.
Abro mais a porta bem devagar pego as calças dele que está jogada no chão e saiu de fininho, quando vejo que Lurdes entra na secretaria bato a porta com força e corro.

Chego no refeitório me acabando de rir, abro a mochila e coloco as calças dele dentro e percebo que as chaves do carro e a carteira estão aqui se fodeu, beijo meu ombro eu sou foda.
- Do que está rindo retardada? Valentina pergunta
- Nada demais.
- Medoooo... Quando você fala assim vem merda aí e das grandes, o que aprontou?
- Eu? imagina amiga sou uma santa... Ela me olha debochada e começo a rir.
- Só deixei meu querido amor sem as calças só isso nada demais.
- Quem? Como assim sem as calças?
Abro a mochila e mostro a calça.
- Você arrancou as calças dele?
- Digamos que ele deixou a toa e eu peguei pra ele largar de ser otário e parar de comer coisa estragada.
- Karol você não presta.
- Ah eu sei, obrigado.
- Bem acho melhor você esconder isso aí, porque a Lurdes está vindo. Enfio tudo na bolsa correndo.
- Karol, o Ruggero está te chamando na sala da diretoria.
- Sinto muito Lurdes avise ao senhor Ruggero que minha aula já acabou estou indo pra casa.
Falo e arrasto Valentina para a saída, meu telefone está tocando e sei que é ele.

Filha da puta, você me paga.

Rara... Pasquarelli, Pasquarelli queria ser uma mosquinha pra saber como você saiu da escola, palmas pra você Karol era pra ter pego a cueca também.

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