parte 72

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Um pouco mais calmo entro no carro e me despeço de Miguel com um aceno de cabeça.
Percorro as ruas e uma leve chuva começa a cair, meu peito está se esmagando por dentro que sinto sufocar, não quero voltar pra casa não consigo.
Estaciono de frente para o porto e saiu do carro meus pés em contanto com a areia gelada faz minha pele se arrepiar, a chuva que estava fraca começa a ficar forte e trovões espocam no céu nublado mas não me importo se um raio cair que caia na minha cabeça assim levaria para longe tudo que estou sentindo, acabaria de uma vez.
Caiu de joelhos na areia de frente para o mar.
- Me perdoa amor eu não vou conseguir sem você. Choro que chego a soluçar meu corpo convulsiona.
- Volta pra mim Karol...
Karollllllll grito.

- Me chamou. Aquela voz, ouvir aquela voz parecia uma tortura.
- Porque brinca assim comigo, eu pedi pra você voltar porra mais não aqui. Aponto pra minha cabeça.
- E que tal aqui. A imagem dela ajoelhada na minha frente é mais dolorosa ainda.
- Só posso está ficando maluco, não faz isso comigo, não faz.
As lágrimas sufocam a minha garganta e engasgo com o choro.
Sinto seu toque em meu rosto e parece que vou morrer, sua pele quente acalenta minha alma e fecho mais os olhos.
- Eu estou aqui amor, estou aqui com você.
- Eu não quero você só aqui, eu quero você pra sempre. Falo na esperança de que ela possa me ouvir assim como eu a ouço.
- Abra os olhos Ruggero. Ela pede.
- Não, eu não posso abrir...
- Abra amor.
- Se eu abri você vai sumir e eu...
- Abra o caralho dos olhos cassete eu estou aqui diante de você em carne e osso e todo ensopada em baixo dessa chuva e já estou ficando com frio.
O tom de voz irritado me faz abrir os olhos imediatamente.
Uma mistura de riso com choro estrangulado sai dos meus lábios com sua visão.
Com a mão tremendo toco seu rosto, sua pele quente em contato com a minha, contorno seu belo rosto e toco meus lábios nos seus a beijo com todo amor que existe em mim, sentindo seu gosto se misturar com o meu, e o redemoinho em meu peito me trás a crise de choro por não tê-la em minha vida, me afasto.
Sinto seu afago ela segura meu queixo e levanta minha cabeça.
- Amor não chore eu estou aqui com você, não está sonhando ou coisa assim, sou eu a Karol e não vou embora nunca mais.
Arregalo os olhos.
- Como isso é possível.
- Primeiro vamos te tirar daqui ou vai ficar doente, vem.
Ela segura meu braço e me deixo ser levado dali esperando não acordar nunca mais.

O caminho pra casa não consigo tirar os olhos dela, que dirigi meu carro e vez ou outra me olha com ternura.
Quando entro em casa ainda está tudo escuro, sinal que Valentina está na boate ou resolveu me deixar em paz.
Uma toalha envolve meu pescoço e sou empurrado para sentar na poltrona, ela enxuga minha cabeça e meu rosto beijando minha testa.
- Vamos tirar essa roupa molhada.
Só assinto parecendo um robô incapaz de pronunciar uma palavra coerente.
Tiro minha roupa molhada e ela aparece com uma camiseta limpa enfiando pela minha cabeça, a vejo puxar as cobertas.
- Vem amor você precisa descansar.
Nego, não posso.
- Vem Ruggero. Ela me chama com carinho e engulo o nó na minha garganta.
Me deito na cama e Karol vem comigo ela me abraça forte apoiando minha cabeça em seu peito, inspiro seu cheiro doce e me sinto em casa.
- Dorme um pouco, prometo não sair daqui.
- Se eu fechar os olhos você não vai está aqui. Ela puxa de leve meus cabelos e deposita um beijo em meus lábios.
- Não vou a lugar algum sem você meu amor, não mais.
Ela acaricia meus cabelos e aos poucos vou adormecendo.

Papa, ei dominhoco acode eu tô aqui.
Papa....
Papaaa...

Acordo assustado e com a respiração acelerada e a luz do abajur se acende.
- Você... Ela sorrir pra mim e se aproxima.
- Acho que vou ter que provar a você que estou viva de outra maneira.
Ela segura na barra lateral do vestido abre o zíper e o deixa cair revelando seu corpo nu lindo, mas cheios de curvas do que antes.
Karol senta em meu colo.
- Karol...
- Shiii. e beija minha boca com devoção e amor, segura a barra da minha camisa e levanto os braços ajudando a se livrar.
Ela vai deitando na cama e beijando todo o meu corpo me fazendo arrepiar, viro seu corpo na cama e pressiono sua entrada.
- Faz amor comigo, sinta que eu estou aqui. Ela sussurra e entro sentindo o prazer de está dentro dela de novo, a cada investida, a cada sussurro e gemidos trocamos palavras de um amor que consumiu como fogo nosso coração é como se tudo que estava quebrado estivesse colando aos poucos como um ímã e aquela dor que eu sentia no peito fosse desaparecendo.
Quando chegamos ao orgasmo não consigo solta-la.
Ela me empurra na cama e sobe em mim novamente, me sento com seu corpo enroscado no meu.
- E agora ainda tem alguma dúvida.
- Ainda penso que é um sonho, e se for não quero acordar.
Mas quero que me conte como está viva, porque eu vi aquela explosão eu enterrei você, me explica porque eu não estou entendendo como você está aqui, e... Olho para baixo não vejo a barriga, ela segue meu olhar e sorrir.
- Ela está segura não se preocupe.
- Me preocupar? Eu vivi um inferno sem você quase tirei minha própria vida, porque perder vocês foi tão doloroso que eu não queria mais viver.
- Eu sei... E sinto muito mas foi preciso.
- Eu não sei se bato em você ou se te abraço até que não tenha como respirar.
- Acho que posso aguentar os dois, primeiro o abraço, depois pode bater de preferência na minha bunda enquanto me fode porque estou com muita, muita saudade e muito tesão acumulado e não tem defunto no mundo que não ressuscite com esse pau.
Mordo o lábio e encosto a testa na sua.
- Você é o demônio sabia.
- Sabia é por isso que eles não me querem lá no inferno. Dou risada e a beijo sabendo que é a mais pura verdade que ela está aqui e mesmo com uma puta raiva estou feliz.

Autora ressuscitando em 3...2...1

Remendei o cu e trouxe o presentinho de vocês.

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