Parte 74

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- Então você viu?
- Sim, eu vi tudo eu sempre estive aqui Rugge, eu estava no funeral dentro do carro, mas não podia ir até lá, não podia te abraçar e dizer que eu estava bem ou colocaria tudo a perder.
Eles me levaram para a França, quando estava na hora de ter a nossa filha.
- Puta que pariu, você reclama comigo fica puta porque eu tomo decisões sem te consultar e você vai e faz o que? Morre sem me falar nada.
- Quem morre não fala nada né Ruggero, já ouviu alguém dizer vou morrer.
- Você entendeu porra.
- Quer me ouvir ou vai continuar a me xingar.
- Tomar no cu, conta logo essa porra.
- Depois que que a Luna nasceu. Ele sorrir.
- Eu ainda estava me recuperando quando o Felipe trabalhava infiltrado no bar da boate, e contou que uma loira com sotaque italiano tinha entrado ali por livre espontânea vontade o que era muito estranho.
Então pedi para ver uma foto dela e fique louca quando vi Valentina.
- De quem foi a ideia louca?
- Ainda pergunta, dela ué.
- Felipe falou que ela era esperta e que poderíamos aproveitar e nos unir para pegá-lo.
- Sim não poderia ter pensado antes de te matar.
- Eu era o foco, morri deixei de ser que parte você não entendeu.
Bem Valentina fez um trabalho muito bom e....
- Espere os bilhetes era você? Sorrio.
- Sim era eu, queria que ela pudesse confiar no Felipe pois ele iria ajudá-la, como ajudou.
- Felipe, Felipe porra de Felipe eu já não gostava dele agora então...
- Amor por favor...
- Tudo bem Karol, termina.
- Você voltou pra Pescara...
- Como sabe disso?
- Porque eu vim também, eu voltei naquele dia com a nossa filha e o Dylan foi me pegar, eu vi você naquele carro a centímetros daquele muro, você iria mesmo se matar, amor você iria mesmo?
Ele abaixa a cabeça.
- Sim... Eu perdi o rumo quando vi o Muatag. Abraço ele forte.
- E o que te fez recuar. Ele engole em seco.
- A voz da nossa filha.
- Como?
- Desde que... Bem desde que vocês "morreram" eu escuto a voz dela me chamando, eu sonho com ela pedindo para que eu acorde, e naquele momento de desespero ela me chamou e se não fosse a voz dela dizendo papa eu não estaria aqui.
- É por isso então que achou que eu fosse...
- Também... Quem iria acreditar que era você, iria achar que é uma assombração.
- Assombração muito gostosa essa.
- Não posso discordar. Ele cheira meu pescoço.
- Enfim, quando Valu conseguiu todas as informações onde estavam, a boate e todo o resto eles montaram o esquema para pegar o Lisboa, foi aí que eu entrei e disse para deixarem o Lisboa com vocês, que eles cuidassem das garotas e da organização.
- E eles fizeram?
- Sim...
- Mas o idiota lá pediu para que a gente entregasse o Lisboa.
- Blá Blá Blá ele falou só pra encher o saco a Interpol tinha uma queima de arquivo e o Lisboa fazia parte dela, vocês fizeram um favor para eles.
- E porque você só apareceu agora.
- Porque me deram ordens de só sair quando o Lisboa estivesse morto. Mas não aguentei, soquei a cara da magrela e peguei um táxi seguindo você.
- Você socou a policial?
- Já tinha visto você sofrer demais, não podia deixar que o pior acontecesse, Rugge eu fiz o que fiz pensando no melhor para nossa filha tentando proteger vocês, eu jamais faria algo assim se não fosse por vocês.
- Estou tentando entender Karol estou mesmo, e ainda que um lado meu esteja puto com você, estou tão aliviado, tão feliz que esteja aqui e viva que pra mim nada mais importa.
- Que saudade eu estava desse sorriso. Falo.
- Você é minha vida Karol, não faz isso nunca mais, eu morro sem você.
- E eu sem você. Me aconchego em seu colo.
- Quero minha filha aqui, onde ela está? Sorrindo levanto e vou até minha bolsa pegar meu celular, mando uma mensagem rápida para Dylan trazer meu bebê, e aproveito mando uma mensagem rápida para Felipe.
Avisando que já estou com Ruggero ele põe a carinha revirando os olhos e pergunta se ele já acabou com Lisboa?
- Rugge você acabou com Lisboa?
- Não... Me viro pra ele.
- Porque?
- Porque se eu acabasse com ele logo teria que aceitar que chegou ao fim e não estava preparado para seguir em frente.
- Você manteve aquele cuzão vivo por mim. Ele abre e fecha a boca  e sorrio voltando para os seus braços.
- Eu te amo. Ele sorrir.
- Amo cada pedacinho teu. Ele me beija.
- Vou prepara alguma coisa pra gente tomar café da manhã.
- É melhor você se vestir, ou vai encontrar Agus ou um dos garotos pela casa ou até mesmo suas amigas.
Encaro ele curiosa.
- Pois é elas resolveram dar uma de Karol e encher meu saco. Levanto o dedo do meio e escuto o barulho no elevador.
- Ela chegou. Aviso e Ruggero me olha confuso.
- Vem pegar sua filha.
O pulo que ele deu da cama me fez rir. Ele vestiu a calça do pijama correndo e saímos do quarto encontrando Dylan na sala olhando ao redor.
- Ah aí está você. Ele sorrir mas seu sorriso morre quando vê Ruggero.
- Eu acabo com você depois tenho coisa mais importante pra....
Um chorinho e ele paralisa, ele segura Luna nos braços e acaricia seu rostinho.
- Vou nessa. Sussurra Dylan.
- Obrigado... Por tudo.
- Sempre pode contar. Assinto e ele vai embora, quando me viro Ruggero esta sentado no sofá, me aproximo e ele seca uma lágrima.
- Ela é sua cópia. Ele sorrir e segura sua mãozinha e Luna abre os olhos o encara e depois faz um u com a boca.
- Oi meu amor é o papai.
A descarada abre o sorriso banguela pra ele.
Ala é minha filha mesmo não pode ver homem bonito.

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