Parte 47

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Ter minha mãe em um hospital internada me deixava aflita, ainda tenho o quadro para entregar a universidade e hoje tinha a bosta do baile de formatura.
As cenas daquele dia ainda me atormentam, como pode?
Eu matei meu pai e nem se quer penso, mas aquela bomba e a explosão estão sempre na minha cabeça e meu ouvido ainda sente.

- Onde você está? Reviro os olhos.
- E não revire os olhos para mim.
A voz de Ruggero é puro sarcasmo.
- Está me fazendo pergunta idiota eu reviro mesmo, e desde quando dou satisfação da minha vida a macho.
- Desde quando seu macho sou eu.
Respiro fundo.
- Joguei pedra na cruz então.
Ele rir do outro lado e sua risada faz algo dentro de mim aquecer, não posso está apaixonada por esse cretino.
- Estou na igreja.
- Eu sei.
- Então vai tomar no teu cu porra.
- Não gosto de tomar e sim de comer vai me dar.
- Já disse que cu você tem que conquistar.
- E como faço isso?
- Impossível, você é Ruggero Pasquarelli.
- Ai é que se engana eu consigo tudo o que quero.
- E agora você quer meu cu?
- Também, mas quero saber o porquê ainda está aí e não se preparando para o seu baile?
- Porque tenho que terminar o quadro para Londres.
- Você não vai mais para Londres.
- Como é que é? Quem decidiu isso?
- Eu.
- Você não manda em mim Ruggero eu vou para onde eu quiser e você não vai impedir.
- Karol não estou...
- Não importa o que está fazendo, podemos ter... Sei lá o que temos mais isso não faz de você meu dono.
- Então tenta porra, tenta ir chata do caralho. Ele desliga o telefone e pego a droga do quadro, entro no Mustag e sei que os três mosqueteiros estão me seguindo.
Paro na frente da escola e entro, encontro o diretor no corredor.
- Ainda bem que o encontrei, trouxe meu quadro. Ele franze o cenho.
- Como assim, recebemos um email que tinha desistido da bolsa.
- Como?
- Sim, não foi você?
- Eu não mandei nada.
- Droga, e a bolsa já foi repassada não tem nada que eu possa fazer, o email tinha seus documentos recusando.
A raiva me consome eu vou matar o Pasquarelli, vou com certeza.

Volto para o carro pronta para matar um, jogo o quadro de qualquer jeito no banco de trás e ligo para ele que não me atende.
Chego na boate e entro sem cumprimentar ninguém, mas não vejo o cretino em lugar algum.
- Cadê o patrão de vocês? Falo alterada.
- Ele está no escritório, mas não pode receber visitas.
- O caralho que não pode, vá chamá-lo agora ou coloco essa porra de boate no chão.
- Karol... Lucas aparece com um computador na mão, pego o computador e jogo no chão espatifando todo.
- Porraaaa... O que eu fiz mulher?
- Cadê o cachorro arrombado do seu chefe, essas piranhas disseram que ele está aqui traga-o pra mim preciso mata-lo.
- Karol calma....
- Calma, eu estou calma você ainda não me viu nervosa então se poupe e me leve até ele.
- Ok... Ok vamos é por aqui.
- O Rugge pediu para não ser incomodado. A vadia da Renata late. Chego perto dela ficando cara a cara.
- Melhor ficar caladinha para não perder a língua filha da puta.
Ela arregala os olhos e sinto a mão de Lucas segurar meu braço, olho para a mão dele e depois para seu rosto ele levanta as mãos em rendição na mesma hora e indica uma porta, descemos as escadas e seguimos um corredor subterrâneo quem imaginaria.
Ele põe a mão na porta e eu já vou empurrando deixando ela bater.
- Desculpe chefe...
- Mas que caralho é....
Não deixo ele terminar já acerto seu rosto com um soco ele cambaleia para trás e cai sentado na cadeira vou pra cima dele que tenta segurar meus braços, mas não deixo e ele agarra meus cabelos puxando para trás, soco seu peito, ele consegue segurar meus braços.
- Que caralhos mulher o que deu em você?
- Eu vou te matar seu filho da puta.
Ele faz uma careta.
- Ela não é puta mas você é, seu cachorro disgraçado, quem te deu o direito de cancelar minha faculdade, quem?
- Eu já paguei outra porra para com isso. De relance vejo um bolo de dinheiro em cima da mesa, estou sentada em seu colo com as mãos presas por ele, consigo soltar uma, pego o dinheiro empurrando-o contra sua boca.
- Aqui o que eu faço com seu dinheiro seu arrombado, eu não quero seu dinheiro Ruggero, eu vou te matar que ódio.
Lágrimas vêm em meus olhos, depois de tanto sacrifício, de estudar tanto esse filho da puta acaba com tudo.
Ele consegue segurar meu braço novamente com uma mão e com a outra segura forte em meu queixo e beija meus lábios com força, querendo me calar e acabo cedendo, quando se afasta, pensava de ter visto raiva em seus olhos mas o que vejo me pega desprevenida a ternura não é um sentimento que estou acostumada e as lágrimas explodem sem que eu consiga controlar, choro por tudo o que venho passando.
- Você sabia como era importante pra mim, e estragou tudo Ruggero eu odeio você. Soluço e ele solta meus braços e segura meu rosto secando minhas lágrimas puxa meu rosto na direção de seu peito e acaricia minhas costas enquanto choro.
- Eu só fiz isso para te proteger acredita em mim, eu sei que é importante pra ti, mas o Lisboa pode te rastrear e vai te achar na universidade e eu não vou está lá entende. Ele tira meu rosto do seu ombro e me olha nos olhos.
- Você só vai mudar de universidade não vou deixar que isso atrapalhe seus sonhos Karol.
- V-oce...
- Sim, a diferença de Londres, você vai para Milão, eu só cuidei para que usem o sobrenome dos seus avós nos documentos.
- Eu não sei o que dizer... Eu..
- Que tal chupar minha língua, com o soco que levei, porra mulher preciso aprender a bater que nem você que guincho certeiro é esse caralho.
- Vai precisar mais do que uma chupada para desinchar, melhor colocar gelo.
Já estava para levantar quando ele segura em minha cintura.
- Posso até colocar gelo mas não dispenso a minha chupada ao menos eu mereço. Estreito os olhos pra ele que morde meus lábios e aperta minha bunda.
- Eu devia te matar...
- De foder, eu aceito com muito prazer.

Voltei diabinhas, disfrutem mais tarde tem mais.

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