Parte 67

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- Duas notícias uma boa e uma ruim qual quer primeiro? Agus pergunta.
- Tanto faz.
-Miguel acabou de ligar, o caso dos quadros ele conseguiu arquivar, você está livre. Não esboço nenhuma reação, não faz diferença mesmo.
- A ruim você tem que ir a Pescara.
- Fazer?
- Liberar o carro apesar de perda total, tem que ter autorização do proprietário para destruí-lo.
-. A proprietária não está entre nós, eles não entenderam isso.
- O carro ainda está no seu nome Rugge, sei que é difícil pra você, se eu pudesse iria no seu lugar mas eles só aceitam o dono.
Deixo isso de lado e me concentro em Valentina e o tal Felipe que não sei de onde saiu mas vamos ficar de olho nele.

Espero até que o expediente na boate termine e os funcionários saiam, somente as garotas e alguns deles tem que dormir no local.
Vejo exatamente no momento em que ele sai e o sigo juntamente com Thiago, quando está a uma distância significativa da boate vejo que desce as escadarias do metrô e vou atrás, quando dobramos um dos corredores ele segura Thiago que está na frente e o encosta na parede, colocando uma arma em seu pescoço.
Aponto a minha na sua cabeça.
- Melhor abaixar a arma.
- Ou o que? Vai estourar minha cabeça. Ele rir.
- Tenho muitas maneiras de estourar sua cabeça. Agora abaixa a arma.
- Quem são vocês e o que querem comigo?
- Quem faz as perguntas sou eu? Quem é você e porque está ajudando a Katy.
Ele rir e então abaixa a arma colocando de volta dentro da mochila, tira um distintivo de lá.
- Interpol.
- Que porra, um agente da Interpol está fazendo em uma boate?
- Trabalhando.
- Como garçom?
- Infiltrado, achou mesmo que não reconheceria uma garota infiltrada, trabalho a anos nessa profissão vejo de longe.
- Então foi você quem mandou as flores?
- Digamos que minha equipe enviou, estou atrás do Lisboa já algum tempo, mas desde que ele levou algumas garotas para a Itália não voltou mais, e ver Katy aqui me diz que ela vai ser uma ótima isca, mas a pergunta que não quer calar, e vocês quem são? Porque já investiguei Katarina Rios e não achei nenhuma informação sobre ela a não ser a jovem estudante de dança.
- Você não precisa saber quem somos, só que temos o mesmo interesse, quer dizer você quer prende-lo e eu quero sua cabeça então até lá vou ficar de olho.
- Não vou permitir que o mate você sabe?
- Acredite estou pouco me fodendo para suas permissões, mas obrigado por ajudar a Katy. Ele assente e vou embora.
Falo com Valentina ao telefone contando o que descobrir sobre o Felipe e que vou voltar a Pescara para resolver o problema do carro, ela fica apreensiva com a minha partida mas prometo voltar logo.

Com um jatinho particular desembarco em Pescara e vou direto para o estacionamento da polícia, assim que entro dou meus documentos e eles me levam para o galpão me entregam a papelada assino e um dos policiais tira a capa que cobre o Mustag e engulo em seco, o carro está carbonizado e todo destruído a frente toda amassada que mal se reconhece o que é banco do carona e o banco do motorista, meu estômago embrulha e meu corpo treme com o pensamento, fecho os olhos e como se meu cérebro reconstruisse a cena, o momento da colisão com as rochas, Karol sendo esmagada e logo depois a explosão a bile sobe.
- Senhor está tudo bem? Minhas pernas fraquejam e não posso cair aqui não posso, só saio correndo de volta para o meu carro.
Entro e com lágrimas molhando o meu rosto ligo e saiu dali.
Piso no acelerador a raiva e ódio me consumindo.
- Sua filha da puta arrombada do caralho porque me deixou heim? Porque não me levou junto com você.
- Como vou viver sem a sua chatice torrando a porra da minha paciência me diz. Grito e engasgo com o choro, passo a macha do carro e acelero mais, não me importa mais nada eu já perdi tudo na vida não preciso mais viver.
Entro em uma rua onde a placa estava escrito sem saída e vou com tudo, no final da rua tem um muro e uma placa anuncia que devo parar, mas eu não paro piso fundo, ao menos assim essa dor vai acabar, vai passar, o carro chega a velocidade máxima e fecho os olhos, mas escuto.
- Papà... Aperto os olhos com força e a mãos no volante que chegam a doer.
- Papaaaaaa... Escuto mais forte e abro os olhos pisando no freio que o pneu chega a cantar e meu corpo é jogado para frente.
Estou a centímetros do muro a distância de dois dedo, soco o volante do carro com o desespero me engolindo, com aquela voz na minha cabeça, fecho os olhos e me permito desabar.


😢😢😢😢😢😢
Deixo a música aqui para quem não viu lá em cima

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