Parte 61

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Uma semana e estou voltando para aquele inferno, Miguel me pediu calma que vai me manter na enfermaria.
Mas ele não sabe que eu não me escondo de ninguém e quem fez isso comigo vai pagar muito caro.
Peço a Miguel que consiga uma permissão para Luis vir até a enfermaria.
Quando Luis entra que me ver seus olhos se arregalam e ele fica branco.
- Você está vivo, cara você está vivo.
- Sou gato, tenho sete vidas. Brinco e ele corre me abraçando.
- Sai pra lá rapa tá me estranhando.
- Foi mal me empolguei, estou feliz que esteja vivo, quando te encontrei pensei que já estava morto.
- Conta pra mim o que aconteceu aquele dia? Ele pensa.
- Fui chamado para uma visita, e quando cheguei lá era engano, não era eu e quando voltei você estava jogado no chão, engraçado é que não tinha um guarda na hora, você lembra quem fez isso?
- Cada um.
- Tem que ficar atento, se os guardas não agiram antes é porque tem gente deles envolvida.
- E sei exatamente quem são.
- Quero que me ajude a chegar no pátio.
- Agora?
- Não, amanhã na primeira hora, esses filhos da puta vão se arrepender do que fizeram. Ele assente.
Na manhã seguinte espero meu café da manhã, e a médica retira meus curativos, sei que tenho duas costelas quebradas mais isso não me impede de acabar com aqueles desgraçados.
Visto o macacão e ponho o canivete, que segundo Miguel estava jogado ao meu lado e ponho no bolso já pronto.
- Tudo limpo vamos. Luis fala com a cabeça na porta.
Vou com ele que observa atentamente onde estão os guardas, estou com o boné que Miguel me deu para entrar no presídio.
Sento com Luis na área de esportes e espero o momento ideal.
Aos poucos os caras vão chegando.
- Gente nova no pedaço. Escuto a voz de um deles atrás de mim, levanto e me viro pra ele cruzando os braços.
O cara fica branco e não demora muito para o restante do grupo me reconhecer, sorrio.
- Acharam mesmo que iriam me derrubar, logo eu..balanço a cabeça em negação.
- Filho da puta pode ter sobrevivido a essa mais fica esperto ou tu pode rodar.
- Não.. balanço o dedo negando.
- Vocês é que vão rodar. Eles riem e um bate no braço do outro.
- E como pretende fazer isso playboyzinho. Jogo meu sorriso debochado.
- Primeiro vou acabar com você e ele vai se meter, e vou arrastar a cara dele no chão e quebrar seus braços e jogar suas pernas na cara daquele ali que não vai aguentar o impacto por está fora de forma o restante vou deixar vocês sentirem. Eles gargalham e acompanho, mas meu sorriso some e soco a cara dele tão certeira, mérito de uma baixinha dos olhos verdes, o nariz do cara explodi em sangue e ele se abaixa urrando de dor o que estava ao lado vem com tudo pra cima de mim mas seguro seu braço torcendo tanto que ele se ajoelha, empurro com força contra o chão o que acaba quebrando seus braços e arrasto sua cara no chão o gordo tenta impedir e giro com força acertando os pés na caixa dos peito dele fazendo o gordo voar, o do nariz quebrado tenta me bater e o acerto uma, duas e com um chute ele vai também.
- Só sobrou você...
- Eu só cumpri ordens cara tenha piedade.
- Eu tenho cara de Jesus Cristo por acaso?  Ele pega um pedaço de pau e tenta bater em mim mais é inútil seguro com força e giro socando a ponta contra sua barriga ele se abaixa e jogo no chão, o do nariz quebrado levanta e envolve os braços no meu pescoço tentando me sufocar.
Jogo a cabeça pra trás acertando de novo seu nariz, e com mais um chute na cara ele cai piso em seu pescoço.
Ele se contorce no chão olhando pra mim, empurro o pé com mais força e escuto o crack seu corpo perde o movimento.
Pego um deles pelos cabelos.
- Agora avisem ao patrão de vocês pra que ele venha pessoalmente fazer o serviço que estou esperando.
Coloco meu boné, bem na hora que a cirene toca, entro no meio dos presos voltando para enfermaria.

A noite Miguel aparece.
- Teremos seu julgamento em dois dias, e logo você será transferido para a segurança máxima.
- Ok.
- Quer me dizer o que você tem?
- Nada, tem notícias da Karol. Ele tranca a porta e me estende o celular.
- Din. Ela responde com a voz sonolenta.
- Amor.
- Rugge é você? Aí meu Deus.
- Sim sou eu, como vocês estão?
- Cansadas, minhas costas estão doendo e minhas pernas também, como vou conseguir ficar em pé para gritar com seus homens?
- Como assim gritar com os caras?
- Achou mesmo que eu não iria tomar de conta dos seus negócios meu amor, quem acha que está comandando a porra toda?
- Eu não acredito que eles deixaram você comandar isso, está grávida.
- E não morta lembre-se, e estou adorando gritar com aquela montanha de macho me sinto uma diva.
- Só você mesmo, porque fez isso amor, e sua carreira.
- Você é mais importante Rugge.
- Eu amo vocês.
- Nós também te amamos e logo estaremos todos juntos.
Desligo e entrego o celular a Miguel.
- Você tem alguma coisa com a morte de hoje?
- O que você acha?
- Ruggero não complica as coisas, não pode sair por aí matando.
- Sinto desaponta-lo mais essa não é a primeira vez que mato alguém e foi só um recado. Miguel respira fundo.

Fui julgado e condenado a oito anos de prisão e tinha que pagar uma multa de três mil euros.
Estava sendo algemado para entrar no ônibus.
- Nos vemos lá fora.
Miguel fala e dou de ombros não entendendo, entro no ônibus e sento onde me mandam, comigo tem mais cinco detentos.
O ônibus sai da penitenciária e percorre as ruas de Pescara em direção a Napoli, um ronco de motor por um momento me paralisa mas então um sorriso se abre no meu rosto e nego com a cabeça.
Minha diaba está aprontando.

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