Parte 70

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Já estávamos na Espanha esperando por Valentina, nos vestimos de garçom e entramos na festa, pegando bandejas e servindo bebidas.
Vejo o exato momento em que a loira entrar com o tal Heitor, não demora muito para o arrombado do Lisboa aparecer, aperto com força a bandeja em minha mão para não lança- lá em sua direção.
Circulamos sempre trocando um olhar uns com os outros e Valentina sobe para a área dos quartos, já imaginávamos que isso iria acontecer, conseguimos ouvir tudo o que esse idiota fala.
Meia hora depois escutamos a voz de Valentina.
- Um já foi cavalaria, que a bagaceira comece. Entro no corredor e a chamo.
- Loira...
- Fala chefinho.
- Caralho tu é chata com esse negócio de chefinho puta que pariu.
- Sim chefinho.
- Tomar no cu.
- Não obrigado, não costumo forçar nada nele, já tomo naturalmente. Dou risada, as piadinhas sarcásticas de Valentina me aquecem o coração, porque me lembram Karol.
- Tome cuidado ele é esperto.
- Pode deixar.
Jorge se aproxima.
- Ele subiu. Certo é hora do show vamos meter bala nesses arrombados.
Levo a bandeja até o salão principal apoio em uma mesinha e tiro a pistola atirando para o alto, a galera está tão em alta que ainda aplaude pensando que é brincadeira, um dos homens de Lisboa ver um garçom com uma pistola e quando vai tirar a sua, eu atiro nele.
- Movimento errado cara.
As pessoas começaram a correr gritando olho para o lado e vejo Agustin de um lado e do outro Jorge e mais na frente Lucas os outros caras estão na parte de fora, chamei Jorge e começamos a subir, em cada andar tinha mais e mais seguranças não foi fácil até que Agus se juntou a nós dando cobertura para que pudéssemos entrar no quarto.

- A cavalaria chegou meninos, a brincadeira está ótima mais agora é com eles.
- Pasquarelli?
- O próprio em carne e osso e muito ódio, preparado para o seu inferno.
- Acaba logo com isso me mate.
- Ah não meu bem, eles querem brincar e você se tornou o joguinho favorito deles.
Com o canto da arma Valentina acerta a cara dele que cai desmaiado.
- E ele? Jorge pergunta apontando para o tal Heitor.
- Meu bem, diz aqui quantas boates vocês tem? Tipo aquelas em que as garotas foram traficadas? Ele arregala os olhos surpreso.
- Vai se foder Katy.
- Sinto dizer mais meu nome é Valentina, e ao contrário você se fodeu.
A loira acerta a cabeça do cara, tantas vezes que vou até ela e ponho a mão em cima da sua abaixando.
- Acho melhor eu ficar com isso aqui.
Falo e pego a pistola da sua mão.
- Estraga prazer.
Ela diz depois que seca os olhos, saímos da casa levando somente o Lisboa o restante dos seus homens estavam todos mortos, desviando dos corpos faço um sinal para os caras e entramos no carro dando o fora dali, a polícia estava chegando.

Deixei os caras se divertirem com o brinquedinho novo como diz Valentina, quero pegá-lo e arrancar sua cabeça e sei que se eu for agora vou destruí-lo de uma só vez e quero que ele sofra.
Depois de um banho, passo em uma floricultura e compro um buquê de rosas, é eu sei Ruggero Pasquarelli comprando flores, pois é e ela nem gosta de flores.
Então porque porra você está comprando?
Porque ela não está aqui para debochar e encher meu saco.

Entro no cemitério, e faço o caminho até Karol, mas paro vendo Valentina e Carolina sentadas lado a lado conversando como se ela estivesse ali, engulo em seco e me aproximo colocando as flores, elas me observam e fazem espaço no meio para que eu me sente, Carolina passa o braço pelo meu e Valentina faz o mesmo do outro lado, as duas encostam a cabeça perto do meu ombro.
Ficamos em silêncio, não precisa de palavras só queríamos está ali.

- Como vai na faculdade? Pergunto a Carolina
- Terminou vou começar a especialização, mas pedir transferência pra cá. Franzo o cenho.
- Porque?
- Vocês precisam de mim.
- Você não precisa fazer isso Caro. Valentina fala.
- Ah não? Eu fico fora e olha tudo que aconteceu. Ela olha para mim.
- Agora acabou? Pergunta.
- Acabou.
- Ótimo vou cuidar de você era isso que ela iria querer.
- Maravilha ganhei mais uma pra me encher o saco, obrigado Karol elas são realmente chatas pra caralho. As duas jogam a cabeça pra trás e gargalham.
- Ela amava você. Valentina fala parando de rir e fecho os olhos.
- Amava de verdade, você foi o único que mexeu com ela dessa forma louca.
- Eu a amo e não sei se algum dia vou consegui seguir em frente.
- Nós estamos aqui para te ajudar, vamos dividir a dor e consegui seguir em frente.
- Eu pensei em deixar a máfia entregar o círculo. Elas se afastam e olham pra mim.
- Minha vida perdeu o sentido entendem.
- Te entendemos perfeitamente Rugge, mas é por te entender que não podemos permitir que se entregue, que deixe a dor dominar você.
- De jeito nenhum, logo agora que tenho uma chance de virar mafiosa, quem vai me ensinar? Valentina fala.
- Você é louca garota.
- E você fica em que grau mesmo.
- Touché. Carolina diz e rimos os três, e só ali junto aquelas duas malucas entendi a dimensão do que as unia e agora aquilo estava vindo para mim, logo eu que nunca abrir para ninguém, sempre fui frio e calculista que queria distância de relacionamentos.
Karol veio e balançou tudo e com ela uma bagagem inteira e o que me resta é cuidar dessas duas.
- Então me contem como foi pegar o Lisboa?
- A parte que a gostosa da sua amiga deixou meus homens de pau duro, ou a que ela descarregou a arma em um cara.
Carolina rir.
- Você me chamou de gostosa, está flertando comigo Pasquarelli. Olho bem pra ela.
- Naahhhh. Falamos os dois juntos.
- Seria estranho demais, você virou aquele irmão. Ela diz
- Muito, muito estranho, não quero irmã mais nova é muita dor de cabeça.
- Sinto dizer, você ganhou duas graças a ela. Carolina aponta para a lápide e voltamos a ficar em silêncio.

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