Parte 58

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Entro em casa em prantos fazem exatamente duas semanas que Ruggero esta preso e eu não consigo falar com ele, porque simplesmente a criatura decidiu não me receber.
Sento no sofá e respiro fundo, meu celular toca e pego.
Número desconhecido. Dou de ombros e atendo.
- Sevilla filha, que prazer falar com você novamente. Congelo.
- Como vai a prisão... Ops devo dizer que não esperava que fosse tão importante para o Pasquarelli, foi uma tacada de gênio usar suas obras de arte contra você mesma, é uma pena que ele tenha se entregado no seu lugar, não vai sobreviver para contar a história.
- Seu disgraçado, deixe o Ruggero em paz, seu problema é comigo.
- Por isso mesmo, se estou certo ele é tão importante para você, como você é para ele e eu avisei que você seria minha, e para isso eu vou tirar tudo de você, como fiz com sua mãe.
- Seu filho da puta eu vou matar você Lisboa escute o que estou dizendo e quando esse dia chegar eu não vou ter pena de arrancar cada pedacinho do seu corpo seu maldito. Jogo o telefone longe.
- Que culpa o telefone tem dos seus surtos mulher? Valentina se joga ao meu lado.
- Foi ele Valu, foi o Lisboa que aprontou tudo isso.
- Era ele ao telefone? Ela pergunta assustada.
- Aí meu Deus eu não acreditei nele Valu, o Rugge fez isso por mim ele se entregou no meu lugar. Valentina segura minhas mãos.
- Ele ama você.
- E agora eu o perdi, ele não quer me ver.
- Dê um tempo a ele, deixe a raiva passar, vou pegar uma bebida pra gente você está precisando.
Só assinto e fico em silêncio com meus pensamentos.
Eu julguei e o declarei culpado, porque não percebi que poderia ser uma armação? porque fui tão cega, Ruggero jamais faria qualquer coisa para me prejudicar e ele se entregar no meu lugar é a prova viva disso.
Pego o porta retrato ao lado da tv.
- Eu amo você e prometo que vou fazer tudo para tirar você daí.
- Aqui, toma e relaxa um pouco amanhã é outro dia. Pego o copo de sua mão e quando levo a boca o cheiro me embrulha o estômago, ponho a mão na boca e corro para o banheiro deixando cair o copo.
- Karollll...
Vômito tudo o que não comi, acho que minhas tripas saíram pela boca, lavo meu rosto.
- Você está bem, o que aconteceu?
- Não sei o cheiro forte embrulhou meu estômago, não comi nada hoje.
- Porque não consegue pela situação ou porque senti algo?
- Não sei tenho estado sem apetite esses últimos dias com tudo que aconteceu.
- Muito sonolenta também. Valentina aponta.
- Sim, vou tomar um banho e cair na cama, amanhã quero tentar ver o Ruggero novamente essa ligação do Lisboa me deixou apreensiva.
- Uma perguntinha aqui como quem não quer nada, responde pra tia Valu. Reviro os olhos.
- Esses anos todos vocês usam camisinha?
- Não eu tomo pílula. Valu faz cara de deboche puro.
- E quando foi sua última menstruação? Porque a próxima tenho certeza que só daqui a nove meses. Arregalo os olhos.
- Valentina isso não é hora pra piadas, eu não estou grávida eu menstruei...
Paro pra pensar meus olhos se estreitam.
- Cassete Valentina... Saiu do banheiro em busca do telefone, meu aplicativo vai me responder, pego e abro.
- E?
- Três meses... A última vez que menstruei tem três meses Valentina.
- Pronto agora você já tem um motivo para ele te receber, vai lá e conta a novidade para o papai.
- Ficou louca Valentina, como vou contar pra ele, aí meu Deus, como vou cuidar de um bebê, não sei cuidar de mim, sou desastrada, surtada e as vezes tenho o instinto assassino, coitado do meu filho.
- Ou filha.

A noite não consigo pregar o olho, o que eu vou fazer, o que eu vou fazer?
O dia nem amanheceu direito e já estou na rua, entrei no primeiro laboratório que achei e pedir o exame mais rápido.
Me encaminharam para fazer uma transvaginal e aqui estou eu em prantos vendo um negócio se movimentar dentro da minha barriga.
- Parabéns mamãe é uma menininha.
- Puta que pariu. Oh me desculpe.
- Tudo bem, não é a reação que estou acostumada, mas gostei da originalidade.
Você tem que procurar seu médico para começar o pré-natal pelo tamanho do feto você está com três meses, isso bate com a data da sua última menstruação?
- Sim. Respiro fundo.
- Muito obrigado.

Saiu do laboratório sem saber exatamente o que fazer, respondo a mensagem de Valentina apenas com um positivo.
- Karol. Thiago me chama.
- Para onde vamos, está tudo bem?
- Sim tudo bem, vamos para a penitenciária.
- Tenho ordens de não levá-la naquele lugar.
- Eu preciso ir, mas antes preciso comer alguma coisa.
Lembro do que a médica falou que precisava me alimentar e Thiago para em um bar.
Compro um café e um sanduíche, dentro tem tipo uma lojinha e uma coisa branca e rosa me chama atenção.
É um pequeno babador branco com a borda rosa com a escrita.
- Te voglio bene babbo. Meu coração se aquece.

Quando chegamos a penitenciária, passo pela vistoria e quando dou meu nome ao policial.
- Ele não quer recebê-la senhorita.
- Por favor eu preciso falar com ele.
- Não posso, é direito do preso.
Abro a sacola e mostro ao guarda que me encara confuso.
- Ele não sabe, e eu preciso contar pra ele, ou faz assim entrega pra ele, se ele quiser me ver eu vou ficar esperando aqui.
- Karol.
- Din? O que faz aqui?
- Eu vim ver o Ruggero.
- Ao menos alguém está tendo sorte por aqui.
- Ele não quer te ver.
- Eu sei, mas eu preciso contar algo pra ele, eu pedi para o guarda levar minha sacola, mas ele se recusa.
- São procedimentos.
- Tem um babador de neném na sacola Miguel não uma bomba. Miguel arregala os olhos.
- Oh não, eu queria contar pra ele primeiro droga. Faço bico.
- Eu... Espere isso é sério? Assinto.
- Leve a sacola até a cela do Pasquarelli e avise que a mulher dele está aqui fora.
O guarda faz o que Miguel pediu.
- Tão simples, porque não seguir carreira policial.
- Porque você é uma fora da lei, não iria dar certo. Tenho que rir ele tem totalmente razão.

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