Parte 28

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Alguns meses depois.

- Sevilla a bolsa é sua.
O diretor me entrega um monte de papel, fico sem reação, era tudo o que eu mais queria, tudo antes de encontrar minha mãe e querer a todo custo tira-la de lá.
Com ajuda de Agustin e Jorge estamos monitorando os franceses, por mim já chegava explodindo o bagulho, mas Jorge está na minha cabeça dizendo que a pressa é inimiga da perfeição e devemos ser cautelosos, descobrimos que minha mãe se tornou a preferida do tal Henrique ele a tem como mulher, um pouco como o Pasquarelli fez comigo a diferença é que ele nunca me prostituiu ou me espancou daquele jeito.
Começo a rir talvez porque nunca abaixei a cabeça pra ele.
ou porque ele realmente quis te ajudar. Fala minha consciência.
Mas a troco de que? Foda? Não sei, não o vejo com frequência somente na escola uma vez ou outra, percebo seu olhar em mim como ele percebe o meu, não dá pra negar que o cretino é uma delícia e meu corpo traidor de alguma maneira se acende quando ele está por perto.
Chega de pensar no Pasquarelli.
Jorge e Agustin estão me treinando com armas e facas e confesso que facas são minha perdição.
- Karol... Miguel ao telefone.
- O din, o que manda?
- Filha quero que tome muito cuidado.
- O que aconteceu?
- Eu estive investigando depois da carta da sua mãe... Bem com ajuda de uns contatos estou no encalço de Luis Henrique filho Lisboa, é o filho do maior traficante de mulheres e sua mãe está nas mãos dele.
Eu conseguir algumas fotos e quase não acreditei é ela mesmo.
Fico calada eu já sabia, mas não posso dizer isso a ele.
- Estou recebendo ameaças e tenho medo que eles já saibam sobre você sinto muito, sempre escondi você por proteção, medo de algo ruim...
- Eu sei... Mas não se preocupe eu vou me cuidar.
- Bem se cuide, a formatura está chegando, e aí está animada para Londres?
- Ah sim, sim.
- Não me convenceu muito, mas como ainda é cedo e sei que seu cérebro não funciona muito bem não vou insistir.
- Ah cachorro... Ele rir.
- Se cuide bambolina.
- Anche tu.

Desligo e saiu da moto, olhando ainda para o celular não percebo que esbarro em alguém.
- Olha por onde anda garota. Levanto o rosto e não reconheço esse cara.
- Oh vossa majestade me desculpe, quer uma massagem ou um tapete vermelho?
- Está de graça pro meu lado piranha. Ele vem pra cima de mim, mas está falando com a mina errada não abaixo a cabeça pra homem nenhum.
- Estou porque vai contar pra mamãe? Percebo seus olhos injetados e o nariz sujo de pó branco, essa porra não está normal.
- Algum problema aqui? Pasquarelli aparece no corredor, acaricio o rosto do idiota que arregala os olhos incrédulo.
- Problema nenhum, não é mesmo lindinho.
- Então circulando vamos...
- Sim senhor. O garoto responde e arqueio a sobrancelha pra Ruggero por cima do ombro do cara, ele faz um sinal como se cortasse a garganta e balbucia.
Não fode, sem paciência pra tu.
Reviro os olhos quando foi que existiu um pingo de paciência nesse brucutu.
Passo pelo cara esbarrando seu ombro.
- A gente se bate por aí bonitinho.
Vou para aula encontro Valentina e Carolina que parece estranha, estou longe dela esses últimos meses então não sei o que aconteceu, mas vou descobrir.

No intervalo deixo Valentina pegando nossa comida e vou ao banheiro, estava saindo da cabine quando escuto a porta do banheiro bater, me aproximo e vejo Carolina de costas ela não me ver está tentando abrir algo, olho pelo espelho e não acredito...
Arranco o pacote das mãos dela.
- Karol... Ela parece surpresa.
- Foi com o Pasquarelli que pegou isso?
- O que?
- Foi com ele não foi, eu vou dar na sua cara Carolina, porque está fazendo isso?
- Você não tem nada com isso Karol é a minha vida.
- Sua vida... Sua vida enfia a língua no cu filha da puta, você e Valentina são minhas únicas família então sua vida é sim da minha conta ainda por cima quando faz merda.
- Ah Karol... Eu só quero esquecer.
- Do que está falando?
- Eu... Eu não posso falar eles...
- Não precisa dizer nada... Saiu do banheiro na força do ódio e nem escuto que Carolina está correndo bem atrás de mim chamando meu nome mais estou cega de ódio, encontro quem eu quero na quadra de esportes se exibindo para as vadias da escola, me aproximo.
- Ei Pasquarelli... Chamo e no momento que se vira acerto um soco na cara dele.
Só que se trata do Ruggero e ele não deixa barato ele seca o sangue que escorre no canto da boca e sorrir sacana, vem pra cima de mim com tudo e caímos os dois desfere dois tapas na minha cara e seguro no pescoço dele apertando com toda força.
- Parem, parem já com isso. Carolina grita.
- Foi essa filha da puta que começou, perdeu a noção do perigo Karol é isso mesmo?
- Pasquarelli os alunos estão amontoando pelo amor de Deus solta ela.
- Eu vou matar você desgraçado.
- Então vamos os dois apertar a mão do capeta seu demônio. Ele responde.
- Eles me estupraram....
Escutamos o grito de Carolina em prantos. E Ruggero afrouxa as mãos no meu pescoço e levanta a cabeça olhando pra ela.
Ele olha em volta toda a aglomeração de alunos.
- Vocês não tem o que fazer não, acabou o show seus filhos da puta, vamos circulando.
Os alunos vão saindo um a um, restando só eu e Carolina, ele volta a olhar pra mim e se afasta, vai até Carolina apontando o dedo pra ela.
- Repete...
- Eu vou morrer... Eles vão me encontrar e vão me matar... Ruggero eu não posso falar.
- Ah mais tu vai.... Fala quem foi o filho da puta?
- Caro porque não me contou antes, porque não falou nada caralho?
- Eles ameaçaram vocês eu não podia falar.
- Eles??? Ruggero pergunta.
Ela faz que sim e seca as lágrimas, abraço Carolina.
- Ok você vai contar pra gente agora, nada vai te acontecer ok?
- Eu estava na boate com Valentina a duas semanas atrás.
- Espere na minha boate? Ela faz que sim.
- Valentina estava com um carinha e eu fiquei dançando, quando fui ao banheiro eles me abordaram, acho que eram em cinco... Ela fala e volta a chorar.
Ruggero segura seus braços sacudindo-a.
- Quem são Carolina, fala porra anda?
- Eu não sei... Dois tinham sotaques diferentes, não tenho ideia, mas tem um que eu já vi por aqui só não lembro onde.
Ele larga o braço de Carolina e pega o telefone.
- Quero as imagens da pista de duas semanas atrás.
- Não sei porra todos os dias procurem, e quero isso pra ontem. Grita.
- Então o pó quem te deu?
- Pó? Levanto o saquinho mostrando e ele olha pra mim e depois para ela.
- Você achou que eu... Faço que sim.
Ele nega com a cabeça.
- Eu vou morrer.... Eu vou morrer... Carolina soluça e Ruggero puxa Caro encostando a cabeça em seu peito, me deixando assustada com seu ato de afeto.
- Eu vou pegar esses filhos da puta, mas vou precisar esconder você por um tempo.
- Como vou fazer tem minha mãe, eles sabem onde moro.
- Não se preocupe com isso.
E ele não brincou, Ruggero não só escondeu Carolina como a mãe dela e nem pra gente ele falou onde ela estava, eu briguei, xinguei falei que ela não podia perder aula pois iria se formar.
- O estudo dela eu garanto.
Foram as palavras dele e fiquei estatica, porque alguém como ele estenderia a mão assim.

Não tive muito tempo para pensar naquele dia, pois o cara arrogante que trombei na entrada me chamou atenção, seguindo o caminho que ele fez até o andar onde estava em construção, vejo não só ele mais alguns outros garotos e até a puta da Jenifer comprando a droga que ele estava fornecendo.
Peguei o safado, voltei para o andar de baixo e observei quando ele entrou na turma do segundo ano.
- Aí Lucy? Chamei minha companheira de turma.
- Sua irmã é do segundo não é? Ela me olha surpresa por falar com ela.
- S-imm é...
- Você conhece a galera lá.
- Alguns. Chamo ela com um gesto de mão para que venha até a porta, na mesma hora o cretino sai da sala e quando me ver, cruza os braços com um sorriso debochado na cara.
- Quem é o sujeito?
- William James, riquinho metido a besta. Ela solta um muxoxo.
- Fale uma novidade nessa escola. Bem na hora a Jenifer passa empurrando Lucy.
- Sai da frente, não vê que eu quero passar. Lucy abaixa a cabeça.
- O que foi ficou triste, come menos talvez assim você consiga uma curvas como as minhas... Se bem que...
Não é impossível. Ela gargalha e as amigas se juntam a ela.
- A curva mais bonita do seu corpo é a da sua boca fechada para você parar de falar merda. retruco para Jennifer que estava se gabando para garota só porque é meio gordinha mais o que importa? Cada um tem seu jeito garota chata do inferno. Lucy segura minha mão e dar um aperto na mesma hora Valentina chega.
- O que aconteceu?
- A vadia da Jenifer implicando.
- De novo essa garota não tem jeito, não liga não Lucy você é linda e perfeita assim, se ame o resto manda se arrombar.
- Está falando comigo loira sem sal? Jenifer fala.
- A conversa ainda não chegou no puteiro, sua boca fechada fica mais bonitinha do que ela arrombada então enfia sua língua no cu meu bem é mais elegante. Valentina fala dando duas batidinhas no seu ombro quando passamos por ela, porque o professor estava chegando.
Pego meu celular e escrevo rápido para Agustin.

Fica de olho em William James segundo ano aqui na escola, é o merdinha que vende a droga.

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