Parte 69

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Cada dia que acordo marco no calendário, sei que está acabando e tenho que está preparada para isso.
Dois meses que estou nesse lugar, nem parece, eu comando as garotas e organizo a lista de clientes pois é parece que estou ficando importante aqui.
Aquela manhã quando Heitor acordou ao meu lado, nu fiz questão de jogar várias embalagens de camisinha dei alguns chupões na minha perna e nos meus braços e me joguei na cama nua ao seu lado peguei seu braço e coloquei na minha cintura.
Quando ele acordou fechei os olhos, ele se mexeu na cama e resmungou um palavrão.
Então me virei pra ele e sorrir.
- Bom dia, minha deliciosa máquina do sexo. Ele franziu o cenho olhou ao redor.
- O que foi?
- Não lembro de ter bebido ontem estou com dor de cabeça.
- Merda na próxima não exageramos por um momento achei que não se lembrava de nada já estava ficando ofendida.
Ele faz uma cara de desespero mas tratou de disfarçar.
- Que isso gata eu lembro de tudo.
Foram as palavras dele, engraçado que isso aconteceu mais duas vezes e ele se sentia o rei da foda, coitado a última vez  ele só chegou a me beijar e mais nada.
Termino de passar o look com as garotas e vou até o bar.
- Escutei Heitor falar que vai te levar para a festa de aniversário do Lisboa, já sabe onde vai ser? Nego sei que ele está me ajudando muito aqui dentro mais vamos matar o infeliz e não prende-lo.
- Katy chegou pra você. Silva me entrega uma caixa de bombons com um bilhete.
- Obrigado Sil. Ele sorrir pelo apelido e olho para Felipe questionando com um aceno o que era aquele bilhete e ele deu de ombros.

Querida Katy, até agora nosso trabalho está evoluindo, e o círculo está se fechando, logo logo teremos a queda do Lisboa, sabemos que ele irá festejar o aniversário em sua casa em Ibiza Beach numero 1042 guarde bem esse endereço, tudo tem que está sob controle, a casa são três andares com um jardim enorme e piscina tem três entradas, coloquei para você na outra folha a planta da casa assim fica mais fácil ter uma noção do que fazer, enquanto estiverem agindo a Interpol vai está libertando mulheres de seus cativeiros, continue concentrada Katy todo cuidado é pouco.
Olho para Felipe.
- Vocês já tem o endereço porque me perguntou?
- Desculpe Katy não tinha ordens de passar pra você por isso perguntei se já sabia. Ele aponta para carta assinto e vou terminar de fazer meu trabalho.
Quando a sexta chega estou a flor da pele, hoje os garotos pagaram e dividiram minha noite em duas etapas.
Estava em vídeo chamada com Ruggero e Agustin.
- Valentina, o Lucas levou alguns acessórios para você usar amanhã e um vestido.
Passamos o plano várias e várias vezes, Ruggero reuniu a tropa e até Miguel entrou na chamada de vídeo para dar um suporte maior.
- Eu nunca imaginei trabalhar com a polícia. Agustin zoa.
- Deixa o velho em paz. Fala Ruggero.
- Velho é teu cu, me respeita garoto eu ainda arranco essas tuas orelhas.
- Que mané orelha que nada, vamos focar no plano e pegar aquele desgraçado.
- Sim está na hora dele pagar por tudo que fez.
Quando a manhã chega me arrumo coloco na cinta o canivete e ponho o corpete com o espaço para uma pistola, o corpete disfarça.
Visto o vestido branco colado no corpo com um decote maravilhoso, ponho o colar com uma câmera escondida os brincos são fones de ouvido.
Deixo meu cabelo um pouco ondulado para dar volume, faço uma make carregada, ponho uma sandália de saltos branca também e pego a bolsa.
Estou pronta, quando desço para o salão encontro Heitor.
- Uau você caprichou hein.
- Vou conhecer o seu chefe.
- É o seu também.
- Você é o meu, e tenho que dizer que é o melhor chefe que eu já tive. Sussurro no seu ouvido.
- E fode como ninguém. Ele sorrir satisfeito.
- Eu não queria te levar até ele, porque sei que vai querer-la.
- Não se preocupe com isso, eu sempre voltarei para você.
- É... Só que ele tem problemas é muito possessivo e isso já causou danos seríssimo, só quero evitar que aconteça o mesmo.
- Não se preocupe meu bem eu sei me cuidar, e se as coisas ficarem ruim eu tenho você não é?
- Com certeza, você tem a mim.
- Obrigado. Dou selinho nele que me conduz para fora do local, entramos em um carro que nos leva direto para o aeroporto, meus documentos ele já tinha uma cópia, claro falso.
Duas horas mais tarde estávamos em Ibiza, um carro nos esperava no aeroporto, e daqui percebi alguns homens do Ruggero em outro carro vigiando tudo de longe.
Quando o carro estaciona na mansão descemos a música já rola solta pelo jardim é mulher pra todo lado, as pessoas bebem e se drogam e fazem sexo ali na frente de todo mundo, é um cabaré mesmo.
- Heitor... Escuto uma voz grossa e o cara de mais ou menos cinquenta anos está descendo as escadas com um charuto nas mãos, eles se abraçam.
- Como vai Henrique?
- Bem, ainda superando a perda do meu filho, e essa linda jovem é a Katy presumo.
- Sim Katy esse é Henrique Lisboa nosso chefe dono da boate, abro bem largo o sorriso, não para esse idiota mais para que os garotos vejam bem seu rosto.
Estendo minha mão para ele que pega e beija.
- O prazer é meu senhor Lisboa. Ele faz um gesto com a mão.
- Nada de senhor me chame de Henrique.
- Tudo bem Henrique.
- Espero que esteja gostando da boate?
- Eu adoro aquele lugar, obrigado pela oportunidade.
- Não tem que agradecer o Heitor tem bom gosto, tomem um drinks eu vou cumprimentar algumas pessoas e logo voltarei para conhecer um pouco mais da linda Katy.
- Não gosto desse interesse todo em você.
- Não se preocupe, vamos beber alguma coisa vai.
Estávamos bebendo um drink quando um garçom fala ao ouvido de Heitor indicando um quarto, ele fecha a cara na mesma hora.
- Ele quer que eu suba para o quarto com você e espere lá.
- Não tem problema querido o chefe está pedindo nós vamos.
A contra gosto Heitor me levou ao andar de cima, ele abre a porta de um quarto e entramos.
Heitor sorrir pra mim e se aproxima beijando meu pescoço e descendo a alça do meu vestido, deixo que o faça e quando ele está bem relaxado o empurro e fecho a mão acertando seu queixo como os garotos me ensinaram de baixo para cima ele cambaleia pra trás e cai perdendo a consciência, arrasto seu corpo até o banheiro, abro a bolsa tirando de lá as algemas e coloco em seu pulso prendendo-o nos tubos de água da banheira.
Abro o armário em cima da pia e encontro o que eu quero para tapar sua boca, aperto o brinco na orelha ativando meu microfone.
- Um já foi cavalaria, que a bagaceira comece.
- Loira...
- Fala chefinho.
- Caralho tu é chata com esse negócio de chefinho puta que pariu.
- Sim chefinho.
- Tomar no cu.
- Não obrigado, não costumo forçar nada nele, já tomo naturalmente. Ele rir.
- Tome cuidado ele é esperto.
- Pode deixar.
Escuto a porta do quarto bater, ajeito meu cabelo pego a taça de champanhe na minha mão e saiu do banheiro.
- Desculpe precisei usar o banheiro espero que não se importe.
- Nenhum problema, onde está o Heitor.
- Pensei que estivesse com você, ele me deixou e foi te procurar.
Ele sorrir e se aproxima de mim parece um gato atrás do rato não imagina ele que é o contrário.
Ele segura meu cabelo com força e beija meu pescoço.
- Você é tão linda e deve ser uma delícia.
- Ah é?
- Sim, é uma pena ser uma vadia tirada a esperta. Ele puxa meu cabelo com força.
- O que?
- Acha mesmo que não sei o que está tramando eu conheço seu tipo.
Ele desfere um tapa em meu rosto e quando a mão volta para bater de novo, seguro seu braço e empurro ele arregala os olhos.
- Vou ter o prazer em acabar com você, vou te foder toda e depois...
- Me matar? Dou uma gargalhada.
- Fodido está você. Tiro a arma do corpete e ele se assusta levanta uma mão pedindo calma.
- Calma.. Ele escuta os resmungos de Heitor e vai se afastando devagar olha para dentro do banheiro e levanto uma sobrancelha com um sorriso bem debochado.
- Perdeu filho da puta. Ele tenta vim pra cima e atiro na sua perna, ele urra de dor.
- Você é uma maldita meus homens vão entrar aqui e se prepare.
- É mesmo? Me aproximo dele que está tampando o buraco da bala na perna.
- Que homens? Shiu shiu, está ouvindo olha que música maravilhosa.
Ele arregala os olhos, e sorrio, fecho a mão e acerto um soco depois outro e outro, chuto suas costelas, pego seus cabelos puxando com força o sangue já escorre por seu rosto.
- Quem é você sua vadia?
- Quem sou eu? Achou mesmo que podia se meter na vida da minha amiga e ficaria por isso mesmo.
- Você é louca?
- Louca, você ainda não viu nada, o nome Karol te lembra alguma coisa. O homem fica branco.
- Pois é, acabou pra você deu uma de esperto se fodeu filho da puta.
- Katy, Kary o que está fazendo. Olho para dentro do banheiro.
- Sabe você até que é gostoso, apesar de nunca ter experimentado de verdade, suas bebidas batizadas te faziam dormir como um anjo. Ele arregala os olhos.
- Sua piranha, vadia...
- Isso eu sou mesmo e você caiu nas minhas garras ratinho.
Quando destravo a arma a porta se abre e vejo Ruggero e Jorge.
- A cavalaria chegou meninos a brincadeira está ótima mais agora é com eles.
- Pasquarelli?
- O próprio em carne e osso e muito ódio, preparado para o seu inferno.
- Acaba logo com isso me mate.
- Ah não meu bem eles querem brincar e você se tornou o joguinho favorito deles.
Com o canto da arma acerto a cara dele que cai desmaiado.
- E ele? Jorge pergunta apontando para Heitor.
- Meu bem diz aqui quantas boates vocês tem? Tipo aquelas em que as garotas foram traficadas? Ele arregala os olhos surpreso.
- Vai se foder Katy.
- Sinto dizer mais meu nome é Valentina, e ao contrário você se fodeu. Miro sua cabeça e acerto uma duas três vezes. Ruggero segura minha mão.
- Acho melhor eu ficar com isso aqui.
Ele diz e seco uma lágrima que caiu dos meus olhos.

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