Eu sai do café cinco minutos antes do horário de saida dela e me postei ao lado do meu carro. Eu estava tentando impressiona-la com meu BMW e só me dei conta disso depois. Qual ridicúlo eu ainda continuaria sendo?
Eu a vi sair do café de jeans, camiseta e sapatinha. Atravessei a rua ao seu encontro:
- Oras, oras... Senhor Affonso !
- Dona Anahí!
- Certo... Entendi o recado, Alfonso!
- Muito melhor!
- Vai me dizer agora o motivo que te trouxe de volta aqui hoje?
- Agora? Melhor não... - Nem agora nem nunca!
- Que absurdo! - Ela riu. Ela era o resumo da felicidade.
- Absurdo é você viver sorrindo e rindo desse jeito.
- Algum problema com a felicidade alheia, Alfonso?
- Problema algum, Anahí.Estavamos nos encarando há alguns segundos, parados na porta do café. Eu já estava pronto pra quebrar aquele breve silêncio quando algo chamou a atenção dela, que desviou o olhar para uma senhora que vinha caminhando pela calçada com alguns sacos de compras.
- Dona Carmen! A Senhora não tem jeito. - Ela disse indo de encontro à senhorinha que aparentava uns 70 anos.
- Ah minha filha... Não se preocupe comigo.
- Quantas vezes eu disse para a senhora me chamar? Ou chamar o Chris? A senhora não deve se esforçar demais.
- Eu estou bem.
- Eu sei... Só estou garantindo que a senhora continue bem.Anahí pegou os sacos das mãos da senhorinha. Eu querendo me fazer presente, notado e prestativo, cheguei ao lado dela e me ofereci para levar as sacolas:
- E quem é esse belo e educado rapaz, minha Annie?
- O nome dele é Alfonso, dona Carmen.
- Um prazer. - Respondi
- O prazer é meu.Peguei as compras das mãos de Anahí, ela abraçou a senhora de lado e as duas começaram a andar e conversar, eu apenas segui as duas:
- Mas me diga minha filha, como está Christian?
- Ele está bem... Continua tentando, mas você sabe...
- Ele é um bom garoto, não deveria passar por isso...
- Ninguém deveria, mas é o que acontece.
- Na minha época eu repudiava esse tipo de coisa, hoje em dia então...
- Na sua época, nessa época e em qualquer outra, sempre vão existir pessoas com a mente pequena.
- Mas e esse rapaz minha filha? É seu namorado?Pirraguiei nervoso, por sorte elas não ouviram:
- Dona Carmen! Como assim? Claro que não. É só um rapaz educado, que aprecia muito o café e muffins da Tia.
- Os muffins... Eu amo os muffins, mas ainda prefiro as panquecas.
- Hummmm, as panquecas...Dobramos a esquina:
- Mas minha filha, esse jovem não parece ser daqui.
- E não é!
- E de onde é?
- Isso eu ainda não perguntei.
- Menina, nenhum rapaz sai de sei lá onde até um pequeno café no Brooklyn por café e muffins... Se fosse pelas panquecas eu até entenderia.
- Eu concordo plenamente. Também estou tentando descobrir as intenções dele.
- Quando descobrir me conte, minha Annie.Elas pareciam neta e avó. Eu estava seguindo e admirando as duas. Anahí abraçada aquela pequena senhorinha de cabelos brancos e olhos castanhos escuros. Eu estava adorando a conversa das duas, até mesmo quando o assunto era eu. Estava me divertindo com aquilo, quando paramos em frente a um pequeno prédio. A pequena senhora se pôs frente a Anahí:
- Está entregue, Dona Carmen.
- Obrigada meu anjo, e obrigada também...
- Alfonso! - Respondi enquanto ela pegava os sacos de compras das minhas mãos.
- Alfonso... Claro. Como pude me esquecer de um nome tão bonito quanto esse? Minha memória anda falha.
- Não se preocupe, foi um prazer ajudar. - Disse sorrindo, me sentindo realmente bem.
- Me deixem pagar pela ajuda.
- Mas de jeito nenhum Dona Carmen! - Anahí respondeu.
- Não precisa mesmo - Tratei de dizer logo.
- Mas como não? Se não aceitam meus trocados, deixe-me ver - Ela buscou alguma coisa nos sacos - Aqui, peguem.
- Isso eu não posso recusar, nunca! - Anahí disse ao ver a senhora lhe entregar uma maça.
- Pegue também, meu filho - Eu aceitei
- Bem... Até depois então Dona Carmen. - Ela abraçou a senhorinha.
- Até minha filha... Até à vista pra você também, meu filho.
- Até. - Me despedi.Eu e Anahí começamos a caminhar, voltando pelo mesmo caminho:
- Então, Alfonso; você é sempre prestativo assim? - Ela deu uma mordida na maça.
- Confesso que nem sempre.
- Você não quer sua maça?
- Vou guardar pra mais tarde.
- Estou começando a suspeitar que você só se alimenta de café e muffins.
- Não é isso.
- Então o que é?Paramos em frente a outro pequeno prédio, apenas duas portas antes de onde a senhorinha morava:
- Você mora aqui?
- Moro! Você vai fugir da minha pergunta?
- Não, é que na verdade nem eu sei o que é...
- Não sabe?
- É... Eu... Eu só...
- Calma... Deixa eu te ajudar a desenrolar.Ela se aproximou... Se aproximou.... Ela então me beijou!
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Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.
RomanceAdvogado, rico, de família rica, bem-sucedido, poderoso, amedrontador, ríspido e sem tempo pra perder! Esse ERA Alfonso Herrera. Uma parada em uma certa manhã em um certo café e tudo mudou. Ela era encantadora e perfeita demais. Talvez Anahí fosse u...