Cap. 84

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- O que vocês estão fazendo? - Perguntei. 

- Eu não faço a menor ideia. - Respondeu Anahí aos risos. 

- A maior bagunça. - Disse meu pai tão risonho quanto ela. 

Realmente a bagunça estava feita. Tinha farinha no balcão, chão, rosto e até mesmo no cabelo dos dois. Também acho que os dois tiraram todas as frutas da geladeira, também tiraram os ovos, leite e Anahí batia algum tipo de massa em uma tigela: 

- Eu deveria ter escutado a tia Sandra quando ela tentou me ensinar a cozinhar. - Ela disse. 

 - Nós nem estamos nos saindo tão mal assim. - Disse meu pai. - Só fizemos uma baguncinha. 

- Eu deixei vocês sozinhos cinco minutos e vocês conseguiram destruir minha cozinha. 

- Para de reclamar - Disse Anahí - Não existe arte sem bagunça. 

- E vocês precisam fazer toda essa arte na minha cozinha? 

- Era a mais próxima disponível. - Respondeu meu pai. 

Anahí pegou vários pedaços de frutas e jogou na massa. Não parecia na realidade que ela não sabia o que estava fazendo, mais parecia que ela já tinha feito aquilo antes: 

- O que vai sair disso ai? - Resolvi perguntar me recostando no balcão. 

- Eu espero que um bolo. 

- Você espera? - Perguntou meu pai. 

- Espero sim - Ela respondeu - Já vi minha tia fazer esse bolo milhares de vezes, talvez não saia tão bom quanto o dela, mas nada sai... 

- Sua tia deve ser muito boa na cozinha. 

- Ela é! Alfonso não vive sem os muffins dela. - Ela me olhou. 

- Também não sei se consigo mais viver sem o café e as panquecas. - Eu disse a fazendo sorrir divertida. 

- Preciso provar desses muffins, café e panquecas, então. - Disse meu pai. 

- Talvez a gente possa te levar lá amanhã. - Sem perceber eu tinha dito aquilo. Anahí me olhou e forma orgulhosa e encorajadora, me dizendo com o olhar que eu estava fazendo a coisa certa. 

- Mas eu preciso voltar para casa ainda hoje. - Ele respondeu. 

- Não precisa. Minha mãe já sabe que você está aqui. 

- Mas eu não trouxe nada além da carteira. 

- Isso não é problema, eu posso muito bem te emprestar algumas roupas. 

- Eu já disse que não quero atrapalhar. - Ele insistiu.

- E eu já disse - Anahí interveio - Queremos o senhor aqui. - E como aparentemente ninguém é capaz de negar nada a ela, ele então aceitou. 

... 

O bolo que Anahí fez não tinha ficado ruim, apesar de ela dizer que estava bem abaixo dos que a tia dela costuma fazer. 

Meu pai parecia completamente relaxado dividindo aquele momento conosco. Passamos um bom tempo fazendo o que Anahí mais gostava; nada! Apenas comendo e vendo tv, o único momento em que realmente fizemos alguma coisa, foi quando limpamos a bagunça da cozinha. 

Parei para visualizar aquilo um instante, meu pai tranquilo de um lado do sofá, eu do outro lado com Anahí entre minhas pernas. Senti um aperto no peito que quase não pude segurar... Quando minha vida tinha mudado tanto? Há pouco tempo eu não tinha um bom relacionamento com meu pai e muito menos uma garota tão maravilhosa que fosse meu porto seguro. Eu prezaria aquele momento eternamente. 

Certa hora da noite meu pai pediu licença. Estava se sentindo cansado e precisava dormir. Não era muito tarde mas eu entendia. Ele já estava um pouco abatido, tinha feito uma viagem curta durante a noite e dormido em um hotelzinho, precisava mesmo de descaço. 

Também era bom que ele fosse dormir cedo, pois agora eu poderia ficar sozinho com meu milagre, e mostrar o qual grato eu era por tê-la em minha vida... 

Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.Onde histórias criam vida. Descubra agora