Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.

Cap. 93

- Eu não quero ir, Annie... - Reclamei. 

- Vamos, vai ser divertido.

- Você quer a verdade? Eu não gostei daquele cara...

- Que cara? 

- O cantorzinho... Você sabe!

Anahí queria ir ao show dos amigos dela, tentava me convencer, mas eu estava irredutível. Não queria ir, eu já tinha me estressado o bastante por um dia, e apesar do Christian ter me deixado um pouco mais calmo em relação a isso, era impossível não sentir ciumes. O cara babava pela minha namorada e não fazia questão de esconder isso... O show que ele iria fazer dessa vez era cover de uma das bandas que ela mais amava. O cara estava apelando:

- Ainda com isso? - Ela disse, suspirando pesadamente. 

- Claro... 

- Certo! Você fica então. Eu estou indo... - Ela tomou o rumo da porta, linda como sempre, com seu jeans apertado, coturno e uma camiseta do The Smiths já bem gasta. 

- Parada ai! - Ordenei - Se eu não vou você não vai! - Ela riu. 

- Até parece, Alfonso Herrera... 

- Você não entende, não é? - Caminhei até a porta - Você não vai! 

- Você é um ciumento maluco e eu que tenho que pagar? - Ela abriu a porta. Eu fechei antes que ela saísse. - Alfonso! - Ela me repreendeu. 

- Você quer musica? Quer show? Então você vai ter o que você quer... Mas até lá você não vai! 

- O quê? Você tá pirando e ... - Antes que ela terminasse de falar a peguei no colo - Alfonso, o que você pensa que tá fazendo?

- Você vai ver! Coloquei ela no sofá do seu apartamento. Ela me encarava, filmando com os olhos todos os meus movimentos. Vasculhei entre seus discos, CDs e DVDs até encontrar o que eu queria. Coloquei no aparelho de som o CD encontrado e a aumentei o volume o bastante para que a musica tomasse conta do apartamento dela e do vizinho. Mudei para a faixa sete, do álbum The Queen is Dead, e então The Boy With The Thorn In His Side, do The Smiths começou a tocar. Chamei ela para dançar e cantamos juntos. A escolha da musica era obvia em sua letra:

"O garoto que carrega um fardo, por trás do ódio jaz um desejo homicida por amor / Como eles podem olhar nos meus olhos e mesmo assim não acreditar em mim? Como eles podem me ouvir dizer aquelas palavras e mesmo assim não acreditar em mim? / E se eles não acreditam em mim agora, vão acreditar algum dia? / O garoto que carrega um fardo, por trás do ódio jaz um desejo saqueador por amor / Como eles podem ver o amor nos nossos olhos e mesmo assim não acreditar em nós? E depois desse tempo todo eles não querem acreditar em nós / E se eles não acreditam em nós agora, vão acreditar algum dia? / E quando você quiser viver, como você começa? Onde você vai? Quem você precisa conhecer?..."

Continuamos cantando e dançando a cada musica, algumas mais lentas, outras nem tanto. Fizemos na sala nosso espetáculo particular. No final, ela não se incomodava de não ter ido ao show. Eu ganhei uma performance especial quando This Charming Man tocou, ela jurou que a musica só podia estar falando de alguém igual a mim. Mas foi em Please Please Please, Let Me Get What I Want que a coisa se acalmou:

"... Então, uma única vez na minha vida me deixe ter o que quero. Deus sabe que seria a primeira vez..."

Anahí me olhou com paixão. Ela então me beijou...