Cap. 11

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- Você precisa saber que eu não costumo me descontrolar. Nunca perco o juizo. Sou um homem muito sensato. - Tentei me explicar. 
- Mas isso tá na cara! 
- É que eu não quero acabar assustando você. 
- Assustando? Você esqueceu que fui eu quem te beijou primeiro?
- Não é isso! Não quero que você pense que eu vou ao café todos os dias para me aproximar e tentar algo com você. 
- Eu não estava pensando nisso... Pelo menos não até agora. Então quer dizer que esse é o motivo? - Fiquei constrangido. - Não precisa responder agora. - Ela disse parando na calçada. - Você pode fugir se quiser... Ou pode entrar comigo. 

Só então notei a pequena; mas pequena mesmo, floricultura atrás dela. Ela entrou e eu resolvi segui-la:

- Tio! - Ela comprimentou o senhor que estava organizando algumas flores em um vaso. Ele aparentava uns 50 anos. 
- Annie... Minha mais linda flor! 
- Reservou o que eu pedi? 
- Sempre Annie, sempre!
- Ótimo. - Ela respondeu alegremente. 
- Posso ajuda-lo? - O senhor se dirigiu a mim.
- Eu... 
- Ele está comigo! - Ela me interrompeu. 

O senhor não disse nada. Apenas a olhou, me olhou e depois a olhou de volta:

- Bem Annie... Você vai levar agora ou eu entrego depois?
- Ah não! Eu vou levar agora, por favor! 
- Eu vou buscar então, só um segundo e eu já volto.

O Senhor saiu.

- Ele não foi muito com a minha cara, foi? - Perguntei falando baixinho. 
- O tio? Imagina! Ele vai com a cara de todo mundo! 
- Mas não foi com a minha, não!
- Não é isso... Você assim... Vestido com esse terno, com esse relogio, com essa cara de poucos amigos, as pessoas ficam intrigadas, acho que até um pouco intimidads. 
- Você não ficou intimidada quando me viu, não foi?
- Eu? Eu sempre fico intimidada quando você está por perto. - Ela disse sorridente.
- Não parece... 
- É que eu sei disfarçar muito bem!
- Aqui, Annie... - O senhor nos interrompeu. 
- Estão lindas... Muito obrigada tio George. 
- Quando quiser, Annie... E foi um prazer??? - Ele me olhou. 
- Alfonso! - Respondi. 
- Prazer Alfonso, sou George.
- Prazer.
- Bem... Vamos então? - Ela me perguntou, segurando dois arranjos médios de flores, um com tulipas e outro com lírios. 
- Vamos! - Concordei. - Mas me deixe carregar isso pra você. 
- Pegue esse. - Me passou o arranjo de lírios. - Deixe que as tulipas eu levo. 
- Você que sabe... - Saimos da floricultura e começamos a caminhar. 
- Você ainda não me respondeu. - Ela disse
- O quê? 
- Eu sou o motivo pelo qual você se despenca até a cafeteria todos os dias? - O que dizer agora? 
- Bem... - Pirraguiei. - A verdade? 
- De preferência...
- Você é o motivo... Sim! é por sua causa que eu me despenco até lá. - Optei pela verdade, até porquê não aguentaria aquela situação por muito mais tempo. Seria melhor ela saber de uma vez...

Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.Onde histórias criam vida. Descubra agora