Cap. 70

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Eu queria busca-la no café, mas ela não deixou. Me pediu o endereço e disse que iria até o meu escritório de metrô. A ideia não me pareceu boa nem por um minuto, mas não tinha jeito de faze-la mudar de ideia. 

Mesmo assim eu tinha que admitir que não precisar busca-la me ajudou a colocar alguns trabalhos acumulados em dia. Minha segunda estava sendo tumultuada e ter que parar no meio da tarde não seria uma boa ideia. 

A tarde passou voando, não parei para almoçar e quando me dei conta já eram 15hs48. Anahí tinha me dito que sairia do café as 14:50 e que iria logo para o meu escritório, e como o trajeto de lá para cá não demorava uma hora, comecei logo a ficar preocupado. Estava pegando o meu celular para poder ligar pra ela quando o telefone da minha mesa tocou, piscando a linha que indicava ser minha secretaria Eduarda:

*Sim.* Eu atendi. 

*Senhor Herrera, há uma moça aqui na recepção que gostaria de vê-lo.*

*Quem é a moça?* Eu sabia quem era, mais do que isso, eu tinha certeza que era Anahí, mas perguntei assim mesmo por precaução.

*Ela disse que o nome dela é Anahí Puente. Eu posso dispensa-la se o senhor preferir, acho que...*

*Nem pense nisso!* Esbravejei. *Traga ela até minha sala agora mesmo e não nos incomode o resto do dia.*  Desliguei. 

Em questão de segundos Eduarda bateu na porta, me pedindo licença e entrando com meu pequeno milagre particular. Vestida com uma calça jeans, um tênis, uma camiseta, uma machila em um dos ombros, os cabelos soltos e sem se preocupar em maquiagem, ela não estava nada menos do que perfeita. Eu admirei aquela cena. Anahí entrando no meu escritório que era dominado pelas cores cinza chumbo e branco, olhando em volta como se achasse o lugar grande demais para apenas um homem trabalhar, prestando atenção nos detalhes, até seu olhar finalmente encontrar o meu:

- Já pode se retirar, Eduarda. - Eu disse, me levantando da cadeira executiva  e indo de encontro a minha Annie. Sem dizer nada, Eduarda nos deixou. 

- Eu gostei desse lugar. - Disse Anahí vindo na minha direção. 

- Primeiro me dê um beijo, depois falaremos do escritório, sua demora para chegar, e de como você é perturbadoramente linda. 

- Você é tão exagerado. - Ela aproximou seu rosto do meu o máximo que conseguiu. - Sorte que eu gosto desses seus exageros. 

- Sorte mesmo. - Eu a beijei. Um beijo longo e molhado, que por mim duraria horas mas que ela quis parar. 

- A gente tá no seu escritório, sua secretaria tá ali fora, seu maluco. - Ela disse com seus lábios ainda colados aos meus, tentando me fazer recuar nem que fosse um passo. 

- Dane-se! Eu sou o chefe aqui. O rei. O cara... 

- Você quase não se acha... 

- O que eu quero dizer é, aqui eu mando... Eu faço o que eu quero e quem tá lá fora, tá lá fora! 

- Então você é especialista em trazer mulheres para o seu castelo, rei? - Ela perguntou com um sorriso de canto. Nossos lábios ainda colados. 

- Nunca... Nenhuma. - Fui sincero. Meu trabalho era muito sério para levar qualquer uma ali, mas Anahí não era qualquer uma. 

- Hum... Boa resposta. E o que o cara pretende? 

- Você não sabe, Annie? - Eu a levantei sem o menor esforço, fazendo suas pernas se enlaçarem na minha cintura. 

- Você é muito descontrolado, sabia? 

- É você quem me descontrola. - Caminhei com ela até minha mesa, onde a coloquei sentada. 

Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.Onde histórias criam vida. Descubra agora