Cap. 76

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Minha ideia seria segredo meus e de Nate. Não era algo ruim e eu não precisaria me sentir mal escondendo aquilo de Anahí.

Mas se por um lado eu tinha conseguido resolver os problemas alheios, para os meus eu não via solução aparente.

Nos dias que se passaram minha preocupação com meu pai só piorou. Ele insistia em me dar um gelo. Pensei em desistir dele, se ele não fazia questão de ajuda, por que eu insistiria? Talvez se eu parasse de insistir tanto ele viesse por conta própria me procurar. Eu não tinha mais o que fazer. A unica opção que me restava era amarrar e sequestra-lo. Vê se pode, um homem adulto daquele agindo feito criança. Eu estaria disposto a ajudar, quando ele quisesse ser ajudado, foi essa a ultima mensagem que deixei em sua secretaria eletrônica.

Engraçado como após tomar essa atitude pude me focar em outras coisas. Uma delas seria Alexandre, já estava mais do que na hora de eu ter uma conversa com ele. Também fiquei curioso para saber como estavam as coisas com Nate. Será que a minha solução teria funcionado?

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Sem que eu percebesse uma semana se passou voando e a sexta-feira tinha chegado novamente. Eu falaria com Nate no dia seguinte para saber as novidades, mas Anahí estava sempre um passo eu até mesmo dez passos na minha frente.

Cheguei naquele fim de tarde em seu apartamento e fui recebido por uma Annie em seu melhor humor, sua tpm tinha ficado para trás e ela estava alegre como nunca. Dog Days Are Over tocando nas caixas de som, Anahí cantava e a voz dela não devia nada a voz de Florence.

Ela não me viu entrando, e pude apreciar sua performance um pouco mais:

"... A felicidade a acertou como uma bala nas costas, golpeada pela imensa altura de alguém que deveria saber melhor que isso. Os dias de cão acabaram, os dias de cão chegaram ao fim. Você pode ouvir os cavalos? Porque aí vêm eles...."

Anahí dançava, pulava, batia palmas no ritmo da musica. A felicidade realmente tinha a acertado e tudo o que eu queria naquele momento era poder fazer parte daquilo.

Eu amava chegar e encontra-la daquele jeito. Esse era um dos privilégios que ela tinha me dado. E como se soubesse o tempo todo que eu estava ali a observando ela se virou. Na verdade eu podia afirmar que ela sabia sim que eu estava ali, então ela me convidou com o olhar a fazer parte da sua pequena festa particular. Eu aceitei de bom grado:

- Posso saber qual o motivo de tanta alegria, Anahí? - Perguntei, puxando ela pela cintura para que pudêssemos dançar juntos.

- Os dia de cão acabaram! - Ela afirmou convicta, enlaçando os braços em meu pescoço.

- Dias de cão?

- Os dias de cão finalmente chegaram ao fim!

- Não está se referindo aos seus, como você disse mesmo? - Fiz uma pausa - Problemas femininos!

- Esses não. Esses nunca acabam... Esses vão, mas sempre voltam. Estou me referindo aos dias de cão vividos por alguém que merece dias de alegria. - Eu estava confuso. Não era sobre mim que ela estava falando, disso eu sabia.

- Quem exatamente vivia dias de cão?

- Christian! Hoje o Chris deu fim aos seus dias de cão. - Comecei a entender melhor do que ela estava falando.

- E o que tirou o Christian dos seus sofridos dias de cão?

- Eu não te contei, pois não queria criar expectativa, mas essa semana uma tal Clara ligou para ele. Pelo o que eu entendi ela tem um irmão de doze anos que precisa de aulas de reforço e disciplina, ela ouviu falar do Chris não me pergunte onde, e os dois conversaram no meio dessa semana. Ela foi um amor com ele. Soube reconhecer a competência do Christian acima de sua orientação sexual, e hoje ela ligou pra ele. Christian conseguiu um emprego de professor particular do garoto. Ele vai enfim fazer o que ama, ensinar. - O sorriso que ela abriu naquele momento poderia iluminar uma cidade inteira.

- E você está feliz assim por isso?

- Quer motivo melhor do que esse?

- Não é isso, eu só não entendo. - Era mentira, eu entendia perfeitamente pois sentia o mesmo. Eu tinha dado a ideia para o Nate e passado o telefone do café em que Anahí e Christian trabalham para ele naquela semana. Eu estava me sentindo muito bem, pois tinha conseguido ajudar Nate, Clara e Christian de uma vez sem querer nada em troca. Mesmo assim o melhor tinha ficado comigo. Aquele momento com Anahí era um presente.

- A gente tinha dito para o mundo que ele era uma merda. Parece que alguém nos ouviu e a merda está sendo diminuída. Isso é maravilhoso. Limpar a merda do mundo um gesto de cada vez... Como você pode não entender isso?

- Acho que entendo agora.

- Sabe o que temos que fazer não é? - Em um pulo ela se pôs no meu colo, com as pernas enlaçadas na minha cintura.

- O que?

- Comemorar.

- Acho que eu sei de alguns jeitos ótimos pra isso - Agora meu sorriso era tão aceso quanto o dela.

- Safado.

- A culpa é só sua...

Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.Onde histórias criam vida. Descubra agora