Cap. 75

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Passei a sexta sem querer falar com Alexandre. Eu estava desconfiado e possesso com ele, acabaria arrumando uma confusão, e não seria bom arrumar uma brigar com meu sócio baseado apenas na minha desconfiança.

Como eu tinha coisa demais na cabeça, achei melhor ir à academia no sábado pela manha, não necessariamente para me exercitar, mas para encontrar Nate.

Desabafei com ele. Contei dos problemas com meu pai, da louca da minha mãe, da situação com Alexandre. Talvez não fosse certo despejar tudo em cima dele assim, mas sentia que era necessário, porque por mais que Anahí fizesse de tudo para ajudar, por mais que ela fosse companheira e estivesse sempre disposta a me ouvir, certos assuntos não deveriam ser tratados com ela, principalmente sobre Alexandre. Não queria que ela acabasse achando que eu estou desconfiado dela, até porque eu sabia de algum modo que poderia confiar nela cegamente, e como a unica coisa que parecia estar nos eixos na minha vida é o meu relacionamento com Anahí, não seria eu o idiota a botar tudo a perder:

- A única coisa que eu posso te dizer - Aconselhou Nate - É pra você ir com calma. Tenta resolver uma coisa de cada vez. Primeiro o lance com seu pai, que é o mais importante e complicado. Depois você se resolve com o Alexandre. Você nunca teve um relacionamento no qual você estivesse totalmente envolvido antes, e eu vi como você olha pra ela. Vai ver no final, isso é coisa da sua cabeça, não esquenta com isso. Seu pai precisa ser sua prioridade.

- Odeio quando você está certo. - Admiti.

- Quem tem um problema nesse momento sou eu, meu caro! - Disse Nate. O comentário saiu com certo tom de divertimento, mas mesmo assim pude perceber o péssimo amigo que estava sendo despejando meus problemas em cima dele, sem oferecer o mesmo ombro amigo para ele.

- Algum problema? - Pergunta idiota essa minha, já que ele tinha acabado de dizer que sim.

- O irmão de Clara anda dando problemas novamente. Meus sogros estão pensando em manda-lo para um colégio militar ou algum internato.

- Esse garoto é um mimado!

- Não é isso, você sabe. Ele e Clara sempre foram apegados. Ele começou a dar trabalho depois que casamos por não ter mais Clara por porto todos os dias, e piorou depois que Sophie nasceu.

- É o que eu disse, mimado. Clara mimou demais ele, deu nisso.

- O pior é que Clara quer traze-lo para ficar uns dias com a gente. Melhor dizendo, dois ou três meses segundo ela. Eu não tenho problema com o garoto, mas sei do ciume que ele sente de Sophie, e os pais dela falaram que ele está tão impossível que até me assusto em deixa-lo tanto tempo perto da minha filha.

- Três meses é muito mais do que uns dias. - Clara deveria estar mais louca do que eu.

- Ela acha que vai ser bom pra ele, que assim ele pode ficar mais calmo. - Nate suspirou profundamente - Ele anda mal no colégio também. Clara está realmente preocupada. Sugeri que procurássemos algum tipo de ajuda, um psicologo infantil talvez, mas ela acha que ele pode ficar ainda pior, dando a entender que ele está louco. Eu estou de mãos atadas, sem saber o que fazer.

- Bem... Talvez eu possa te ajudar.

Se para os meus problemas eu não via solução, para os problemas de mais de uma pessoa eu parecia ter encontrado a solução ideal...

Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.Onde histórias criam vida. Descubra agora