Cap. 87

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Chegamos ao pequeno café. Meu pai pareceu genuinamente surpreso com a simplicidade do lugar. Eu não sabia dizer se ele tinha gostado ou odiado. 

 Anahí entrou no lugar feito um furacão. Haviam poucas pessoas e o velho solitário não estava lá. Talvez Anahí estivesse certa sobre ele e a dona Carmen, pois desde que eu me lembro, ele frequentava aquele lugar fielmente e não saia de lá pra nada. 

 Anahí mal entrou, passou pelo balcão e foi até a cozinha, sumindo aos nossos olhos. Meu pai e eu sentamos à mesa e nos acomodamos enquanto ela não voltava: 

- Ela trabalha aqui? - Perguntou meu pai. 

- Trabalha sim. Algum problema? 

- Nada, só achei curioso. 

- Foi aqui que eu conheci ela. Foi nessa mesma mesa que conversei com ela pela primeira vez. Esse lugar é de muitas formas, especial para mim. 

- Não precisa me provar nada, Alfonso. Eu aprovo seu relacionamento com essa moça. Só achei curioso. Anahí me parece uma garota sofisticada demais para trabalhar em um pequeno café como esse. - Entendi o que ele quis dizer. As vezes eu tinha a mesma impressão. 

- Ela foi criada na Califórnia. Não sei muito sobre a família ou criação dela... 

- Talvez seja melhor você procurar saber. - Ele apontou para mim. Fiquei pensando sobre o que ele havia dito por alguns segundos, até que ela voltou acompanhada por sua tia Sandra e Jenny, a adolescente irmã de Christian, que trabalhava no café aos finais de semana. 

 Anahí trazia consigo alguns muffins e bolos, a tia Sandra trazia as panquecas e as geleias caserias de frutas, já Jenny vinha com um bule de café e as xícaras. Fiquei me perguntando pra que tanta comida: 

- Você é o pai do Alfonso? - Disse Sandra. 

- Sim. Prazer... Bart Herrera. A senhora? 

- Sou a tia de Anahí. Sandra muito prazer. - Ele se levantou e os dois se cumprimentaram - O seu filho tem feito muito bem para a minha sobrinha. Ela anda feliz como nunca. 

- Ela também tem feito muito bem para ele. 

- Pois eu não aguento cinco minutos ao lado desses dois. - Disse Jenny. 

- Eu sinto muito vocês quatro - Interrompeu Anahí - Mas eu estou com fome! 

- Você vive com fome. - Acusou Jenny. 

- Isso é verdade. - Concordei. 

- E vocês dois não tem nada a ver com isso... - Disse Anahí, atacando as panquecas. 

Meu pai e Sandra conversaram por mais um tempo enquanto tomávamos café. Jenny não quis ficar conosco e voltou a cozinha. 

Comemos tranquilamente, Sandra parecia querer saber mais sobre meu pai, a fim de conhecer melhor a família do namorado de sua sobrinha postiça, assim como faria qualquer mãe com sua filha.

 Eu passei o tempo inteiro pensando no que meu pai havia dito. Eu deveria mesmo procurar saber mais sobre a família e vida da Anahí na Califórnia, mas quer saber um segredo? Pensar em perguntar para ela sobre sua família e imaginar que ela fosse acabar me apresentando para eles me apavorava. Pensar sobre isso fazia eu me sentir como um garoto, a ponto de conhecer os pais da namoradinha, apavorado que o sogro não fosse aprovar o relacionamento. Patético, não? Mas me tornar patético era um dos defeitos e qualidades que eu tinha adquirido depois de conhecer Anahí... 

Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.Onde histórias criam vida. Descubra agora