Cap. 58

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Levamos nossas coisas até meu antigo quarto, que depois da minha saída minha mãe reformou completamente transformando de um quarto de um garoto de 18 anos, pra o quarto de um advogado de 27. Ela mandou que pintassem em tons frios, a cama que antigamente era de casal agora era uma king size forrada por um edredom preto e travesseiros cinza, e uma cortina no mesmo tom. Meu antigo quarto era bem grande. Ali tinha um closet vazio, um banheiro privativo, e uma pequena varanda com vista para o jardim e a piscina. 

Percebi que Anahí estava calada demais. Dez minutos na casa dos meus pais e não era só o meu humor que tinha mudado. Ela parecia chateada e eu não precisava perguntar para saber o motivo. Talvez tivesse sido uma péssima ideia ter levado ela comigo, mesmo. Talvez fosse uma péssima ideia nós dois estarmos ali:

- Ei. - Caminhei até ela. - Vem aqui comigo. - Segurei em sua mão e caminhei com ela até a cama, fazendo ela se sentar e me agachando na sua frente, segurando suas mãos. - Eu não quero que você fiquei assim, Annie. Me dói te ver tristinha desse jeito. Esse final de semana tinha tudo para ser um inferno, mas eu sei que você pode fazer com que seja bom, e eu prometo que vou fazer com que seja bom pra você também. Elas fizeram questão de nós dois aqui, não vamos deixar que nos afetem. Se alguém tem que penar o final de semana, que sejam eles e não a gente. - O sorriso dela se acendeu tão rápido quanto uma lampada. 

- Você tem razão. Até porque. - Ela soltou nossas mãos e enlaçou os braços no meu pescoço. - Pelo tamanho dessa casa, ou melhor... Pela mansão que temos aqui, aposto que vamos encontrar muita coisa pra fazer, e nem preciso dar de cara com a nojenta da sua ex o tempo todo. 

- Isso! - Eu disse, fazendo um ceno afirmativo com a cabeça.

- Isso! - Ela me copiou, inclinando o corpo para frente e me beijando em seguida. Um beijo suave, tranquilo, o beijo dela, quase como um presente. 

- Com fome? - perguntei. 

- Por enquanto ainda não. 

- Então vamos, vou te mostrar a casa... 

Mostrei para ela todos os 7 quartos e os dois banheiros de visitas do segundo andar. Após descer as escadas, mostrei a sala decorada com grandes vasos de porcelana, a cozinha que era bem grande, equipada e com uma ilha no meio, a biblioteca, passamos pelo escritório, mas não ousei interromper meu pai, apresentei ela as três, empregadas, Fátima, Monica e Elis, que eu conhecia desde pequeno e eram as únicas pessoas que eu tinha algum apego naquela casa. As três senhoras se encantaram de cara com Anahí, frisando o quanto ela era educada e linda, e que eu tinha escolhido muito bem. 

Levei ela para o jardim, aonde tinham algumas mesas e cadeiras próprias para jardins e vários canteiros de flores. Essa era outra coisa que ela amava, flores. Depois passamos pela piscina, que ia da parte mais rasa aonde a água batia no calcanhar, até a parte mais funda, com mais de dois metros de profundidade. Brinquei com ela, ameaçando joga-la na água. Ela me mandava parar entre risos e gargalhadas. 

Não vimos minha mãe ou Victoria durante todo o tour pela mansão, também não vimos meu pai. Se continuasse assim, teria mesmo uma chance de o nosso final de semana ser bom. 

A noite chegou rápida e fomos avisados de que o jantar estava pronto. eu soube ali que teríamos que enfrentar as duas novamente, e quando descemos meu pai também estava sentado à mesa, nos esperando... 

Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.Onde histórias criam vida. Descubra agora