Cap. 56

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Entendi o que ela quis dizer com a historia da janela quando cheguei no apartamento dela, na sexta-feira, às 15hs, e ela estava dormindo, como sempre fazia quando não tinha mais nada pra fazer; e a luz do sol do meio da tarde entrava atrevido pela janela, iluminando ela inteira. Parecia uma alucinação, um sonho, um anjo vindo do paraíso... Preciosa demais!

Ela estava vestida com um dos vestidos dela, que eu tando adoro, que faziam ela parecer uma menina. Um vestido de primavera soltinho, com alças, verde, e com algumas flores amarelas estampadas. Era uma tristeza que eu teria que acorda-la para podermos ir para a casa dos meus pais que não valem absolutamente nada, mas tínhamos que ir. E como eu não queria dar motivo pra minha mãe ficar perturbando assim que chegássemos, tínhamos que ir logo. 

Me deitei  junto a ela, a abraçando por trás. Comecei beijando seu ombro, depois poscoço e nuca, observando ela despertar lentamente e me receber com um sorriso que sempre fazia meu coração parar por um minuto. 

A viagem até os Hamptons foi tranquila. Ela falava enquanto eu dirigia. Contava mais sobre os tios, Chris, seus pais e a Califórnia, aonde viveu a vida toda. Atrevida como ela sempre foi desde o dia em que eu a conheci, ela começou a fuçar no rádio do meu carro como se fosse dela. Não achou nada que queria ouvir no mp3 embutido e passou para as estações. Depois de passar por algumas, ela parou em uma que tocava uma musica que eu nunca tinha ouvido, mas que pelo jeito ela conhecia:

"Diga a verdade ao menos uma vez na vida / Você se apaixonou pelos meus erros / Não fique pela metade, vá em frente, minha amiga / Destrua a razão desse beco sem saída / Diga a verdade, ponha o dedo na ferida / Você se apaixonou pelos meus erros / E eu perdi as chaves / Mas que cabeça a minha / Agora vai ter que ser para toda a vida / Somos o que há de melhor / Somos o que dá pra fazer / O que não dá pra evitar / E não se pode escolher... / Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho / Eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho / Feitos um pro outro / Feitos pra durar / Uma luz que não produz sombra / Somos o que há de melhor / Somos o que dá pra fazer / O que não dá pra evitar / E não se pode esconder..."

Comecei a desconfiar que ela fazia de proposito. Colocar essas musicas que se encaixam perfeitamente na gente, bem em momentos como esse, quando só tínhamos nós dois e o mundo do lado de fora. Não importava se era proposital ou não, isso era outra coisa que eu amava nela...

Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.Onde histórias criam vida. Descubra agora