Cap. 71

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Levei uma bronca por não ter almoçado. O discurso dela não poderia ser mais preocupado. Ela ressaltou que eu já me alimento muito mal e tomo café demais, e que com a carga que eu andava carregando nas costas nos últimos tempos, não poderia me descuidar. Disse que cuidaria disso daqui para frente e eu só conseguia achar graça daquilo:

- Façamos assim então - Eu disse. - A gente passa no escritório do Alexandre e depois saímos para comer alguma coisa, em seguida a gente vai para a minha casa e eu termino o que a gente começou naquela mesa. - Sorri cheio de malicia. 

- Façamos assim então - Ela disse. - A gente passa no escritório desse Alexandre, depois a gente sai pra comer alguma coisa, em seguida a gente vai para a sua casa e você lê toda informação que eu consegui juntar... Digo, que meu avô conseguiu conseguiu juntar. 

- Façamos assim então - Eu insisti. - A gente passa no escritório do Alexandre, depois saímos para comer alguma coisa, em seguida vamos para a minha casa, eu termino o que a gente começou naquela mesa e depois eu leio tudo que você... Digo, seu avô conseguiu descobrir sobre a doença do meu pai. - Coloquei uma mecha do seus cabelos loiros atrás da sua orelha e antes que ela pudesse falar qualquer coisa eu a interrompi.- Nem adianta argumentar, Anahí. Você está lidando com um advogado muito severo que está acostumado a ganhar suas causas. Não tem como você sair vitoriosa dessa discussão. - Ela mostrou a língua em resposta. 

Saímos da minha sala e era impossível não notar os olhares que os funcionários, alguns estagiários e até mesmo minha secretária, lançavam para Anahí. Olhares furtivos e invejosos. 

Mas nenhum olhar foi pior do que o de Alexandre. 

Dei três batidas na porta e após a permissão, entrei de mãos dadas com Anahí. Os olhos de Alexandre foram de mim direto para Anahí, passeando por todo seu corpo, dos pés a cabeça, chegando aos olhos azuis brilhantes:

- Como prometi, Alexandre, essa é Anahí. - Eu os apresentei. 

- Prazer. - Ela disse, sorrindo. 

- O prazer é meu. - Ele se levantou, deu a volta em sua mesa e veio ao nosso encontro.  

Eu sabia reconhecer a forma como ele a olhava. Era a mesma forma como eu a tinha olhado da primeira vez que a vi.  Um olhar aceso, cheio de cobiça:

- Alfonso sempre teve bom gosto, mas devo admitir que dessa vez se superou. - Ele beijou a mão de Anahí. 

- Anahí é um sonho... Meu sonho!

- Entendi. - Ele disse com um sorriso irônico. Foi a primeira vez que ele desviou o olhar dela para mim. Apertei a mão de Anahí com força, querendo sair logo dali. 

- Então... - Ela disse. - Precisamos ir.  - Ela também apertou minha mão, entendendo meu desejo de desaparecer logo e me transmitindo paz. 

Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.Onde histórias criam vida. Descubra agora