Cap. 91

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A semana continuou simples e leve. Liguei para o meu pai duas vezes durante a semana e dessa vez ele não ignorou. Ele disse que não poderia vir nesse final de semana, mas que tentaria no próximo. Anahí andava em puro contentamento. A única pessoa que eu continuava evitando era meu sócio, e como eu sabia que não poderia continuar assim por muito tempo, resolvi que estava na hora de colocar as cartas na mesa. Talvez eu passasse por louco, ciumento, possessivo, que imagina ter visto coisas aonde não tem, mas isso eu só saberia falando com ele. 

Pouco antes de terminar meu horário no trabalho, ou melhor; no escritório, passe na sala de Alexandre. Eu nem sabia como começaria aquela conversa, que poderia acabar se tornando constrangedora, mas precisava começar de alguma forma:

- Olha quem resolveu aparecer por aqui. - Ele comentou, tentando ser engraçado, mas sem sucesso.

- Eu preciso falar com você.

- Algum problema?

- Sim... Mas não é nada relacionado ao trabalho. - Ele me encarou. 

- E o que seria então?

- Você sabe que o meu relacionamento com Anahí é muito importante pra mim, não é? - Me sentei na cadeira do outro lado de sua mesa, querendo ter uma conversa cara-a-cara. 

- E o que eu tenho a ver com isso? 

- Eu quero que você entenda e respeite isso. 

- Ainda não estou entendendo o que você quer com essa conversa! 

- Certo! - Limpei a garganta antes de continuar - Quando você me propôs aquele jantar, eu achei que não teria problema, apesar de ter achado um exagero. Você viu ela, ele veio até aqui, e estava simples, em contra-partida você propôs que fossemos ao restaurante mais caro. Eu conheço ela e sei que ela se sente a vontade nesses lugares, mas como você poderia saber? Você poderia ter escolhido outro lugar! Talvez quisesse constrange-la... 

- Nada disso - Ele me interrompeu - Eu escolhi pensando em mim, na mulher que eu ia levar e em você... 

- Mesmo assim... - Eu o interrompi - É muito pior desse jeito, pois você deveria ter pensado nela também. E o que foi aquilo? Esbanjou como se não houvesse amanhã... Eu não sei o que você tinha, ou qual era a sua intenção, mas eu acho melhor você começar a pensar melhor nas suas atitudes! 

- Então era por isso que você andava me evitando? - Ele satirizou - Qual é? Está com medo de concorrência ou o que? Meio ridículo, não?

- Concorrência? - Eu ri com desdenho - Você acha que Anahí é esse tipo de mulher? Que se impressiona com dinheiro? Você é que esta sendo ridículo. - Vi a expressão em seu rosto ficar seria e fria.

- E que tipo de mulher ela é? Porque ela também não é advogada que abre as pernas pra você, vai embora, volta e te leva pra almoçar... Me conta Alfonso, como está Gisele? 

Senti todo o sangue do meu corpo ferver. Senti uma vontade enorme de pular em cima dele e faze-lo aprender a respeitar as mulheres, principalmente minha Annie. Senti vontade de mostrar para ele que eu não estava brincando. Senti o coração pulsando violentamente, senti um nó na garganta e senti meu rosto queimar de raiva. Peguei tudo isso e guardei em algum lugar dentro de mim. Me levantei e fui em direção a porta, mas antes de sair dei meu ultimo recado:

- Anahí é a vida pra mim, e eu faria qualquer coisa para defende-la... Não diga que não avisei.

Sexy e Doce: A Namorada Perfeita.Onde histórias criam vida. Descubra agora