Nem por cima do meu cadáver

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Eu não estou louca quando digo que ele estava do outro lado do estacionamento e esmagou a van com a mão como se fosse uma latinha de refrigerante gigante

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Eu não estou louca quando digo que ele estava do outro lado do estacionamento e esmagou a van com a mão como se fosse uma latinha de refrigerante gigante. Bella me jurou que falaríamos disso quando ela voltasse da escola e eu estava ansiosa para tal, queria ter certeza de que não tinha alucinando. Não morri e estou num pós vida muito chapado... eu acho.

Felizmente ou não, não precisei passar a noite no hospital em observação, minha concussão não fora tão grave quanto eu sentia que era e após alguns exames e remédios, fui liberada.

Acabei matando aula como eu queria e nossa, como eu estava feliz! Vai se ferrar, universo! Isso tudo só para eu não ser uma má influência por desejar humildemente matar aula? Chupa minha rola.

Eu estava furiosa com tudo, o mundo inteiro podia ir se lascar e eu não daria a mínima. Perdi o meu segundo dia no trabalho e choramingava com o xerife que já ia ser chutada antes de ganhar meu primeiro dinheirinho.

Tentei confrontar Edward Cullen no hospital, no entanto, ele só disse que estava do meu lado o tempo todo e que eu estava imaginando coisas porque aparentemente bati a cabeça com muita força. Me irritei profundamente a partir daquele momento, como ele poderia ousar dizer que eu tinha passado por um trauma sendo que foi ele quem me derrubou? A pergunta seria como ele fez isso. Veloz, forte. O que é que ele tem nas veias? Será que é mesmo desse mundo? Sofreu alguma tortura nas mãos de um cientista? Foi atingido por um raio especial? É filho de algum deus? As teorias davam voltas na minha cabeça, tantas delas que eu ficava mais tonta ainda.

Claro que não só Edward Cullen é diferente, como toda sua família estranha... isso explicaria bastante coisa. Só de olhar de longe meus instintos dizem que há algo errado com eles. Isso é surreal e eu estou mais que curiosa, não acho que conseguirei deixar isso passar. Se eles não são humanos, eu preciso saber o que são. Seria mais fácil se eu tivesse desmaiado mais cedo... Não tenho certeza se posso saber dessas coisas.

Edward disse para que eu me preparasse para frustrações por me meter no que não era chamada quando comecei a perguntar, como se sua grosseria fosse me impedir de qualquer coisa! Tal atitude só me impulsiona mais para frente, eu adoro ser grossa e sempre gostei de um desafio. Os Cullen estavam mais do que a altura de se tornarem minha obsessão.

Uma vez que papai me trouxe para casa, eu chorei para que ele ficasse comigo e dormi no seu colo como se não houvesse amanhã. Que dor de cabeça do caralho. Parece que eu vou morrer.

JASPER HALE

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JASPER HALE

Eu não sabia como reagir quando a reunião de família começou. Edward nos colocou em perigo mas eu não consigo deixar de pensar que talvez possa ter nos salvado também, porque eu sei, sem sombra de dúvida, que se uma gota de sangue de Caterine Swan caísse no chão, eu teria perdido o controle e aí sim todos seríamos entregues ao holofote. Não dá para fazer um massacre na escola toda para eliminar todas as testemunhas, apesar disso não ser tão fora de mão para mim, sei que Carlisle detestaria tal atitude.

Temos que conversar porque Rosalie ficou possessa pelo perigo que Edward correu. Se ele afundasse, levaria todos nós juntos e ela gosta mesmo daqui para sair assim. Rosalie quer matar as gêmeas Swan, eu estaria dentro, mas matar Caterine me parece um desperdício de tempo, quem acreditaria nela, afinal? Perguntas seriam levantadas, é claro, mas é sempre assim. Não é como se fôssemos ficar aqui por mais de dez anos.

Me irrita porque eu não sei se não quero que Rosalie machuque Caterine pela falta que seu sangue e cheiro me fariam ou porque eu estou pensando demais como Carlisle. Ela não merece morrer, só temos que ficar de olho e ter certeza de que ela ficará quieta. Ela nos deve essa, meu irmão salvou sua vida, isso não é uma coisa que se passa em branco.

Não sei o que exatamente Edward vira na visão de Alice, mas era para Caterine ter sido atingida e eu estava grato por ele ter impedido isso. Eu não poderia fazer o mesmo, fora o fato de que nem estava olhando, se tentasse salvá-la como ele fez, ficar tão perto dela... eu acabaria a matando e o dia chegaria ao mesmo ponto, gritos, caos e o melhor lanche que já fiz na vida. Fico quieto a reunião inteira, até que Alice interrompe Rosalie em meio a um discurso de ódio.

— Não acredito que você fará algum mal a Caterine, Rose— diz com um sorriso presunçoso nos lábios como se este não fosse um dos momentos mais delicados pelo qual já passamos.

— Como assim?— Emmett pergunta, ele não suporta o suspense e convenhamos que dizer que Rosalie não faria mal a uma humana era de atiçar a curiosidade de qualquer um. A única coisa que eu não sei sobre Rosalie é o que ela não faria para salvar a própria vida.

— Caterine será uma pessoa bem importante para cada um de nós, a sua maneira, assim como sua irmã, Isabella— disse a vidente de cabelos espetados, meio enigmática. Seu deleite me intrigava. São raros os momentos em que eu realmente desejo saber o que está passando na sua mente.

— Não.— Edward fez careta e se levantou da cadeira, agitado.— Não.

— O que quer dizer, Alice?— Carlisle pergunta, preocupado.

— As Swan serão parte da nossa família. Bella será a companheira de Edward... ou ele mesmo irá matá-la. O destino delas está entrelaçado com as decisões de Edward a partir de agora. Seremos seu fim ou seu recomeço— Alice olha para o rosto de cada um, se demora em mim e segura um sorrisinho. Fico mais confuso. Sabine, Esme e Emmett ficam curiosos, Rosalie continua estagnada, ainda num choque de surpresa. Caterine seria importante para ela? Rosalie odiava todo mundo, até mesmo nós que somos sua família há tanto tempo. Seria interessante ver esse desenrolar. Carlisle estava preocupado com Edward que tecnicamente era seu primogênito. Alice era a única realmente contente, se o final parecesse tão bom quanto ela demonstrava que seria, isso significava que ela teria novas cobaias para suas experiências de estilista.

E quanto á mim? Respiro fundo e penso no ar puro que, pelo visto, seria contaminado pelo cheiro de Caterine. Não quero ser o fim dela tampouco o recomeço, mas não é como se eu tivesse muito o que fazer se não ficar.

Não quero fugir tanto assim, na verdade, queria ver como Caterine está. Odeio admitir, mas fiquei preocupado.

O que? Não.

Nem por cima do meu cadáver.

Nem por cima do meu cadáver

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HIGH ENOUGH, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora