Sem fraquezas

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Levantei com um bom humor surpreendente na sexta-feira

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Levantei com um bom humor surpreendente na sexta-feira. Sem nenhum sonho estranho para me deixar constrangida. Quase pude cantarolar com os pássaros das árvores que também comemoravam algumas horinhas sem chuva.

Tomei café com toda minha família. Uma música clássica a qual não me lembrava o nome tocava sem parar na minha cabeça. Como se eu estivesse em um filme e o tempo estivesse correndo. Um desenho animado no auge. Todo o projeto do gato para pegar aquele maldito rato sendo montado, ele fazendo uma tremenda arquitetura e um sorriso maléfico em seu rosto com a fé que daria certo de uma vez por todas.

Edward nos buscou, segurei vela mais uma vez. Fomos para a escola, não vi Jasper, fui direto para a sala. O dia passava com pressa diante dos meus olhos. Memórias que meu cérebro não viu motivo para guardar. Cadernos sendo abertos e fechados, folhas em branco, folhas cheias de palavras ou desenhos. Canetas, pinceis. Fiquei quieta e observei com certo interesse o desenrolar do dia. De alguma forma que eu não saberia explicar, estava imersa em mim. Ou eu estava indo rápido demais ou as pessoas ao meu redor que estavam lentas demais. A música não parava de tocar na minha cabeça, parecia um sinal que o mundo estava querendo me falar algo.

Não prestei atenção.

Durante a troca de aulas, tivemos que fazer uma pausa para trocarmos de caderno. Bella e eu tínhamos armários lado a lado e estar perto de Bella agora significa ter Edward por perto também. Acho que estou com um pouquinho de ciúme. Mal vai fazer uma semana e eu já acho que ele está tirando meu tempo com minha irmã.

Assustei-me quando alguém fechou meu armário por mim assim que peguei o caderno de trigonometria. Subi meus olhos pelo braço e cheguei ao rosto de Jasper. Ele sorriu e as coisas tomaram um pouco mais de cor. O som do piano no fundo dos meus pensamentos se intensificou, como se o pianista estivesse tentando acompanhar o ritmo do meu coração. Gostei da música. Lembrei-me então.

— Chopin!— estalei os dedos e apontei para a cara do loiro.

— Mozart!— ele imitou meu gesto. Eu sorri e balancei a cabeça.

— Lembrei do pianista que toca música que estava na minha cabeça.

— E lembrou dele só de olhar para mim?

— Não se sinta demais.— resmungo, levemente constrangida.

— Tarde pra isso. Qual música?— ele se escora nos armários e cruza os braços.

— Nocture.— ajeitei os cabelos e me senti melhor de estar na sua companhia. Urgh, eu odeio isso.

— Bom gosto, devo admitir— ele levantou as sobrancelhas, surpreso.

— Eu sei, muito obrigada.— encolhi os ombros e dei um sorriso cínico, me gabando um pouco. Nós nos olhamos nos olhos e eu não podia parar de sorrir— Bom dia, senhor Whitlock.

HIGH ENOUGH, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora