Não ouse ir embora

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Na minha segunda noite na casa dos Cullen, as dores em minhas costelas foram intensas

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Na minha segunda noite na casa dos Cullen, as dores em minhas costelas foram intensas. Eu soei frio e fiz de tudo para não me remexer na cama com a certeza de que tal atitude acabaria comigo. Carlisle tentou me induzir ao sono duas vezes, mas os remédios não estavam dando certo e ele preferiu não arriscar demais. Bella me aplicava compressas de gelo e tentava me distrair, mas até conversar estava me ferindo. O mínimo movimento que ela fizesse errado — com a mão um pouquinho mais pesada — era motivo de me fazer encher os olhos de lágrimas.

— Eu não vou aguentar isso por meses, Bella— eu disse, agarrando seu pulso com  força para que ela afastasse a mão de mim. Chovia intensamente do lado de fora, estava absurdamente escuro como se o mundo tivesse sido engolido pelas sombras.

— Você vai, Caterine, você consegue fazer isso— ela afirmou, me encarando com seriedade, cerrei os dentes. Meu maxilar doía de tanta tensão.

— Eu quero dormir— choraminguei. Bella hesitou, pensativa, franziu a testa então se levantou, agitada.

— Acho que podemos dar um jeito nisso— disse e me deu um beijo na testa antes de sair do cômodo ignorando meus chamados e indagações.

Esperei pacientemente já que não tinha muito o que fazer, me senti mal ao imaginar que os Cullen poderiam me considerar dramática, mas eu não estou suportando sofrer calada, quero drogas. Baixei as cobertas pretas e levantei minha camiseta para ver os hematomas em minha pele. Levei uma puta surra, parece. Me senti manchada, algo muito errado tinha ocorrido e eu quis chorar, eu estou péssima. Passei os dedos pelas marcas roxas e os váriados tom de verde, estava sensível, como se eu tivesse me queimado. Fiz careta e rapidamente baixei a blusa quando a porta se abriu novamente, levei um susto e o movimento abrupto foi uma péssima reação. Com a testa franzida, prestei atenção na porta, mas me surpreendi ao ver que era Jasper ali. Meu rosto se suavizou e eu levantei as sobracelhas.

— Ah, oi...— cumprimentei. Ele deu meio sorriso, hoje sua camiseta é vermelha e sua calça é preta. Tá, ele fica ainda melhor de vermelho.

— Olá, Caterine.

— O que está fazendo aqui?

— Sua irmã pediu para que eu te ajudasse a dormir.

— E o que ela está fazendo agora?

— Sabine e Alice a prenderam lá embaixo para assistirem a algum filme— ele deu de ombros e se sentou no chão ao lado da cama— Elas gostam de fazer com que a gente fique a sós.— deu um sorrisinho divertido. Recolhi os lábios e desviei o olhar de seu rosto.

— Então você vai me nocautear com um soco ou coisa do tipo?— mudei o foco, tímida.

— Não bato em mulheres— ele ergueu as mãos, sua presença parecia um pouco mais descontraída do que da última vez, gostei.

HIGH ENOUGH, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora