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Senti um balançar suave no pequeno barco e uma brisa gostosa veio nos cumprimentar. Faz calor e há poucas nuvens no céu. Sinto o sol beijar minha pele e a sensação é muito bem vinda, me sinto bem mesmo que minha coluna proteste pela forma como estou posicionada. Sentei-me aos pés de meu pai e deitei a cabeça em seu colo, preguiçosa, esperei com ele qualquer peixe ser fisgado ou dar o mínimo sinal de vida naquele lago estagnado.
— Menina preguiçosa— Charlie ralhou, dando tapinhas suaves na minha cabeça como se estivesse tentando baixar meus cabelos.
— Eu só— bocejo— não imaginava que levantaríamos tão cedo.
— Deus ajuda...
— Quem cedo madruga— dou risada e encolho mais um pouco as pernas para poder me encaixar naquele espaço minúsculo— Isso é frase de gente velha.
— Quantos anos você acha que eu tenho, Caterine?
— Sei lá, cinquenta e oito?
— Cinquenta e oito!? Minha nossa...— ele se indignou, abri os olhos e observei a água num tom de verde escuro— Minha nossa.
— Deve estar gelada para caralho— inclinei-me na direção da água e coloquei o braço para fora do barco confirmando meus pensamentos com as pontas dos dedos. Rapidinho tirei a mão da água para que meu pai não se zangasse que eu estava afastando os peixes.
— Não use esse linguajar, Caterine— papai censurou— Nenhuma garota deveria falar assim.
— Pai, deixe de ser careta.— reviro os olhos e o encaro, para demonstrar meu tédio— Isso nunca deveria ser um tabu, são só palavras— Ele comprimiu os lábios, desgostoso, mas não é de seu feitio discutir mesmo achando que tem razão.
— Pelo menos não na minha frente— acrescentou.
— Sim, senhor— balancei a cabeça, calmamente. Posso fazer isso, se o desagrada tanto.
Nós voltamos ao silêncio, prendi meu cabelo num coque mal feito e alguns fios mais curtos escaparam do elástico.
— Pai?— chamei, pensativa. Olhei para minhas mãos e as entrelacei. Talvez eu não devesse falar disso com ele, mas ainda assim.... e se meu pai soubesse? Bem, claro que eu não vou contar para ele todos os segredos que descobri esses dias, mas eu pensei neste tempo que se passou: o que ele acharia disso? Hesitei o máximo que pude, Bella não aprovaria nem sugestão do que eu estou prestes a fazer, então estar a sós com meu pai foi o momento perfeito.
— O que foi, querida?
— O senhor acredita no sobrenatural?— comecei e analisei sua expressão. Não ocorreu nenhuma mudança significativa fora a surpresa esperada por tal pergunta repentina.
— Como assim? Deus e essas coisas?
— Deus eu não sei— sorrio— Mas e... vampiros? Lobisomens?— um sorrisinho de descaso surgiu nos seus lábios. Não julgo, algumas coisas a gente tem que ver para crer. Eu não acreditaria se me dissessem.
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HIGH ENOUGH, Jasper Hale
Fanfiction❝ Eu costumava beber álcool para me inspirar Mas você me parece tão bonito, meu novo fornecedor Eu gostava de fumar para parar todos os meus pensamentos Mas eu encontrei um agito diferente ❞ Eu pensei que fosse brincadeira, no começo. Não acredita...