❝ Eu costumava beber álcool para me inspirar
Mas você me parece tão bonito, meu novo fornecedor
Eu gostava de fumar para parar todos os meus pensamentos
Mas eu encontrei um agito diferente ❞
Eu pensei que fosse brincadeira, no começo. Não acredita...
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Brinquei mais uma vez com meu band-aid da Hello Kit, usando a unha do indicador como se fosse arrancá-lo. Deixei a janela aberta quase a noite toda, mas Jasper não apareceu e eu não consegui ficar me expondo ao frio.
Respirei fundo, buscando conter o nervosismo. Dirigi para a escola com o pensamento longe, bem, onde quer que Jasper estivesse. Batuquei no volante e pisei mais fundo no acelerador. Poderia jurar que está tudo bem, que estou sendo só paranoica, mas tem algo ruim nesse silêncio e eu não gosto nada do pressentimento ruim cochicando em meu ouvido.
Venho sozinha porque pelo menos Bella pode estar perto de Edward para saber o que ele está pensando, mas pela cara dele quando saímos de sua casa ontem, não é nada bom.
O dia vai passando e eu não entendo nada do que os professores ditam, estou preocupada com Jasper e não paro de brincar com a minha pulseira em meu pulso esquerdo. Preciso falar com ele, preciso parar de tentar arrancar a porra do band-aid e deixar minha ferida se curar. Sem ele por perto e com o estresse da situação, tive uma recaída. Eu não fumava há longas semanas, mas no primeiro problema que me aparece, eu me afundo por livre e espontânea vontade.
Talvez eu seja viciada.
Meus lábios envolvem a seda e eu inspiro todo o câncer que consigo, afundando-me na nicotina, deixo-a me preencher de dentro pra fora e resolver no mano-a-mano com a ansiedade. É o meu primeiro meio de escape e dá certo, mas faz com que eu me sinta mal porque eu não quero ser a porra de uma viciada, portanto, o estresse volta e eu fumo mais um pouco pensando se fiz algo errado para Jasper não ter ido me visitar na noite anterior ou se estou com raiva pelo mesmo motivo. Eu sei que eu não fiz nada de errado. Não me cortei porque queria, caramba!
Quando estou no trabalho, sinto dor de cabeça e limpo o estabelecimento de cabo a rabo para ficar ocupada o máximo possível. A gerente pergunta se está tudo bem e eu sorrio e aceno porque não tem porquê eu não estar bem. A minha... amiga quase me mata no dia do meu aniversário e meu namorado não consegue ficar perto de mim. Está tudo perfeito.
Não tem nada de errado se a irmã do meu não-namorado tentou me matar. Ela perdeu o controle e nós tomamos um susto, mas Jasper a conteve antes que eu sequer tivesse a chance de ver minha vida passar diante dos meus olhos e ainda conseguiu resistir ao meu sangue na sua primeira exposição. Tá, ele só está pegando um ar e vai esperar até eu estar livre para vir falar comigo numa boa, não tem motivo para tanto drama. Por que eu estou tão ansiosa? Eu só descubro que o amo, aí tudo vai por água abaixo? Não, não mesmo.
Que desgraça, ser otimista não é meu forte. O dia parece ser uma tortura saída de filmes extremamente cinzas e entediantes. Quando finalmente chega a hora de ir para casa, ignoro minha irmã igualmente cismada e vou direto para o telefone, discando a casa dos Cullen.
— Alô?— a voz feminina do outro lado da linha não é muito objetiva, não consigo identificar de quem é.
— Oi, é, é a Caterine, desculpa incomodar, mas o... o Jasper está?— enquanto falo, me pergunto o que diabos estou fazendo. Ele não é seu namorado, a voz sensata na minha mente sussurra. Ele não é seu namorado e você não tem o direito de ligar pra casa dele desse jeito.