Discovering Love

82- De volta para casa.

Feliz aniversário para mim<3

Obrigada a vocês pelo presente de existirem. Amo vocês!!!

Addison;

Eu lembro-me claramente de um momento específico da minha infância, o qual eu, em grande parte dos momentos ruins da minha vida, olhava para trás, para ele, e era nele em que eu me confortava. Em que eu me ancorava todas as vezes em que ouvia brigas em casa, ou ouvia a minha mãe chorar, ou qualquer coisa do tipo.

Porque ele fora o melhor momento da minha vida.

E hoje, olhando para trás, eu ainda me conforto ao lembrá-lo.

Eu, a minha mãe, Amélia e Thomas estávamos em Nova York. Amélia tinha três anos e eu oito. Era um dia ensolarado de verão, mas eu estava um pouco desanimada por estar com ciúmes da minha irmã. Afinal, ela era um bebê, praticamente. Recebia para si toda a atenção do mundo.

E na época eu não entendia o porque ela recebia toda a atenção do mundo. E o porque ela parecia mil vezes mais interessante do que eu.

Mas, então, Thomas percebeu. E propusera à minha mãe que, eles dois, passassem o dia inteiro fazendo todas as minhas vontades.

Por eu ser uma criança na época, é óbvio que eu lembraria daquele dia como o melhor da minha vida.

Mas não era por apenas isso.

Aquele dia se distinguia como o melhor dia da minha vida, porque eu havia conseguido fazer todos ficarem felizes, inclusive a mim.

E porque fora o dia em que eu verdadeiramente senti, mais do que tudo no mundo, a intensidade do amor em que Thomas possuía por mim.

Naquele dia, por apenas um olhar, sem palavras, sem muitos bruscos gestos, apenas por um olhar, ele disse-me tudo que eu havia buscado ouvir por um pai todos os dias da minha vida.

Ele me amava. Mais do que amava ao seu trabalho, mais do que amava, até mesmo, a minha mãe.

E eu senti. Senti o meu coração fervilhar em resposta ao seu olhar tão intenso.

Senti como se fosse a garota mais sortuda do mundo, por ser amada em tamanha intensidade.

Um olhar.

Daquele dia em diante, nós não precisamos dizer muito por palavras, porque eu havia aprendido a decifrar os seus olhares, e ele também.

Eu senti como se, aquele dia, fora o dia em que as nossas almas se entrelaçaram para nunca mais se soltarem.

E, por isso, aquele havia sido o dia mais feliz da minha vida.

O dia em que eu descobri a intensidade de o quão eu era amada.

E, no momento em que os seus olhos se abriram, naquele hospital, naquela cama, eu me senti a Addison de 18 anos atrás. Senti a intensidade da minha felicidade no momento, igualar-se há intensidade da minha felicidade há 18 anos atrás.

Era o segundo dia mais feliz da minha vida.

Porque eu já sabia o quão eu era amada, mas, ali, eu tive a certeza fervilhando dentro de mim de que ele havia voltado para mim. Para fazer-me sentir aquela felicidade novamente.

Eu me senti ainda mais amada. E senti o seu olhar marejado, imediatamente, dizer-me isso.

- Senhora Montgomery, por favor, eu preciso que a senhora se afaste para que a minha equipe consiga tirar o respirador. - o médico pediu, tirando-me da minha bolha, depois de algum tempo insistindo para que eu saísse.