3- Acabando com a minha sanidade.

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Addison Montgomery

Ao rever a responsável pela chacina feita em minha blusa, pude parar para ver o quão bonita ela é, cabelos loiros caindo ao longo de seus ombros, olhos verdes marcantes e uma voz incrivelmente doce, na qual eu sequer entendia o que ela estava falando, devido ao seu sotaque carregado.

Ela era francesa.

Logo após a saída rebelde dela, percebo que ela esqueceu seu livro, e ao sair até a porta da sala para entregá-la ouvi ela resmungando em francês, me chamando de... Vaca? Sinto vontade de rir pela primeira vez depois de muito tempo. Vaca. Ela havia me chamado de vaca.

- Senhorita Grey! - a chamo.

- Sim, professora? - ela se vira, sinto o tom de ironia em sua voz, seus olhos me encaravam com raiva.

- Esqueceu isso - a entrego seu livro, no qual ela havia esquecido na sala.

Ela apenas pegou o livro da minha mão e sorriu cínica.

- Je suis qui tu veux que je sois - respondi o que ela havia resmungado em francês e entrei na sala novamente, vendo de soslaio a mesma parar imediatamente.

Me sento na cadeira novamente sorrindo, eu amava por medo deles, era o meu passatempo favorito.

Ouço meu telefone tocar e logo que atendi ouvi uma voz bem animada atrás dele.

- Bom dia Addie! - Ouço Amélia me cumprimentar animadamente.

- Bom dia, Amy - Deixo evidente o meu mau humor.

- E então, maninha? Estava pensando se você não quer almoçar comigo mais tarde? - Reviro os olhos. Ela provavelmente queria algo.

- Ok, eu só tenho mais duas aulas e depois estou livre. Passo na sua casa? Ou você me encontra aqui?

- Eu vou ai, beijos maninha, até mais tarde.

- Até, Amélia - falo desligando.

Amélia era minha irmã mais nova, na qual era uma advogada bem imatura por sinal, era totalmente o oposto de mim, Amélia nunca se preocupava com a vida nem com as consequências dos seus atos, o que maioria das vezes me irritava ao extremo, sua irresponsabilidade me causava noites mal dormidas e inúmeras enxaquecas. Já perdi as contas de quantas vezes perdi a noite a esperando voltar para casa, das suas festas idiotas, quando ela ainda morava comigo.

- Bom dia flor do dia - Vejo o outro professor entrar na sala, Derek. O homem no qual eu tinha... Um caso? Não sei, não faço questão de procurar um título para nos definir.

- Bom dia, Derek - respondo sem o encarar.

- Estava pensando... Aceita almoçar comigo hoje?

- Não posso - falei me levantando.

- Quando vamos passar para o próximo estágio, hum? - disse se aproximando e tocando minha cintura.

- Nunca - sorri sem vontade - Agora se me dar licença - tirei sua mão da minha cintura - Preciso ir, tenho que dar aula agora - lhe dei um selinho e dei a volta a minha mesa para pegar a minha bolsa.

- Nos vemos mais tarde?

- Eu tenho um compromisso, Derek, então não, não dá.

- Você está saindo com outra pessoa além de mim?

- E se eu estiver? No que isso o interessa?

Ele levantou as mãos em forma de rendição - Outro dia então.

- Com licença, Derek - passei por ele e fui em direção a minha próxima sala.

A verdade é que eu já estava começando a me cansar dele, estava tudo muito monótono e eu odiava isso.

Discovering LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora