6- Ferrada nas mãos dessa garota!

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Meredith Grey.

- Bem-vinda - disse Addison ao entrarmos em sua cobertura.

Paro um pouco para observar o local no qual eu me encontrava e pude perceber que Addison definitivamente amava vermelho.

Me encontro boquiaberta com o tamanho e a luxúria daquele apartamento. Eu sequer tinha a noção de o quão rica essa mulher era.

Suas paredes eram pintadas de branco, na sala havia um enorme sofá bege com algumas almofadas brancas e vermelhas. A casa era inteira seguindo tais padrões: branco e preto com pequenos detalhes vermelhos.

Fico boquiaberta ao ver um enorme quadro no qual ficava em frente a sua "janela" de vidro que ia do chão ao teto. Me aproximei da obra de arte, na qual tinha um retrato perfeito de uma noite estrelada nas costas de uma mulher.

- Então você descobriu minha melhor obra - disse a ruiva ao meu lado, com as mãos no bolso de sua calça.

- Você quem pintou? Você? - pergunto boquiaberta.

- Sim - disse observando a obra.

Eu andei um pouco mais e pude observar melhor o quadro.

- Ele é lindo. Você é muitíssimo talentosa.

- É, eu sei. Agora espere aqui, irei buscar o livro.

Eu apenas assenti e continuei a observar o quadro, enquanto a ruiva subia as escadarias enormes na quais haviam naquela sala, provavelmente indo em direção a seu quarto.

Fiquei ali observando cada canto daquela enorme sala, porém pude perceber que nada ali, pelo menos ali, naquela sala, era pessoal demais. Não haviam fotos, nem álbuns de família e muito menos algo que remetesse que Addison Montgomery morava ali, a não ser, claro, pelo vermelho e seus quadros completamente bem feitos.

Mas nada ali era pessoal demais, assim como Addison, talvez essa fosse realmente a sua casa, pois assim como a dona, não havia expressão pessoal alguma.

Peguei-me pensando em o quão Addison é uma mulher inexpressiva, isso com certeza era um fato e tanto para sua personificação.

Alguns minutos depois ouço-a descer, viro para olha-la e a mesma estava com uma roupa diferente, uma calça jeans preta e uma t-shirt branca, nos pés ela não usava nada.

- Aproveitei para tomar um banho, estava realmente precisando - fez uma pausa - Aqui está. Esse é o livro no qual citei em nossa conversa, creio que será um ponta pé inicial para sua redação super extensa, sobre seu análogo mais extenso ainda, referindo-se a sentimentos e o quão eles podem ser relativos mas nunca entendidos. - vejo ela sorrir de lado e fazer um bico adorável.

Eu ri.

- Obrigada professora! Realmente me será mais útil do que você possa imaginar.

- Aproveite essa analogia, poucos a entendem.

- Muito obrigada. Mesmo. - eu sorri mais uma vez.

- Você bebe Grey?

- As vezes... Por quê?

- Vamos tomar um vinho, enquanto terminamos nossa conversa sobre suas escritas...

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