Discovering Love

25- Calmaria

Meredith

- O... O que? - eu comecei a rir de nervoso - O que... Você disse?

- Não me faça repetir, você ouviu bem - disse se virando novamente.

- Addison você... Meu Deus, o que?

- Está vendo? Era isso! Eu não vou te dar esperanças, Meredith, não mesmo. Minha vida já é ferrada, não vou fazer o mesmo com a sua, eu não tenho esse direito.

- E se eu te desse esse direito, Addison? Porque, convenhamos, você meio que não tem escolha, você vai me ferir de qualquer jeito. E eu escolho ser ferida por você, Addison.

Ela suspirou pesado, seus ombros estavam tensos e a mesma apertava a palma de suas mãos. Cheguei um pouco mais perto dela ficando lado a lado e peguei nas suas duas mãos, virando suas palmas para cima, suas mãos estavam marcadas com o formato das suas unhas, estavam quase sangrando.

- Não quero que fique se machucando, addie... Por favor...

- Não me chame assim - ela sussurrou desviando o olhar repleto de dor e sofrimento.

- Eu amo chamar você assim - soltei uma se suas mãos e segurei em seu queixo, trazendo seu olhar para mim, a mesma desviou para o chão - olhe para mim, por favor - sussurrei me aproximando dela - eu quero ajudar você, Addison, quero ajudar você, somente isso, por favor.

- Eu não preciso...

- Sim, você precisa, Addison - disse a cortando, as lágrimas já desciam pelas minhas bochechas.

- Não chore por mim, Meredith, por favor, eu não mereço isso - dissera ainda mais aflita.

- Eu só quero ajudar você, só isso, me deixe fazer isso, por favor.

Ela suspirou desviando o olhar.

- Me conte a sua dor, por favor

- Eu... Ainda não estou preparada para isso, Meredith, não me peça isso, por favor - sussurrou.

- Tudo bem - sorri encostando minha testa em seu ombro - mas eu estou aqui e... Por Deus, eu não vou deixar você, addie.

- Eu não mereço você, Mer, não mereço - senti a mesma cheirando meus cabelos meio molhados.

- Você merece sim e eu tenho certeza disso - fiquei na ponta dos pés e a beijei, céus! Como eu sentia falta do beijo dela. Estávamos totalmente entregues, sem disputas, sem pressa, éramos apenas eu e ela ali naquela varanda. Suas mãos pela primeira vez estavam receosas ao me tocar e por falta de ar nos separamos - Isso - apontei para nós duas - não quer dizer que eu esqueci tudo que você fez, Addie - Ela abriu a boca mas eu a impedi - Não precisa falar nada, eu sempre soube que você escondia alguma dor e... Bom... Ela foi descontada em mim em um momento de raiva, eu entendo você, só não quero que aquilo se repita novamente, okay? Eu quero você, Montgomery, por inteiro - ela novamente abriu a boca -
écoutez-moi, juste -me ouça, somente - Eu não sei... Eu... - sorri - realmente não sei como ficarão as coisas entre nós e isso é assustador mas ao mesmo tempo é bom - acariciei seu rosto me parecendo agora tão frágil - Mas eu apenas não quero ser ferida propositalmente, okay? Se você... Não quiser nada, apenas me diga a verdade e não faça joguinhos comigo porque... Céus! Eu odeio quando você faz isso e... Eu sou tão precipitada, mas eu só quero você, addie, somente você - ela sorriu, um sorriso genuíno no qual eu nunca vi e antes que eu pudesse dizer algo ela me beijou, ainda receosa ao tocar em minha cintura, pausei o beijo por instantes

- Toque em mim, eu sou sua - sussurrei entre seus lábios.

- Você me tem, Grey, eu que sou totalmente rendida a você - ela sussurrou de volta e novamente me beijou dessa vez mais intensamente, seus dedos acariciavam meu rosto de uma forma tão terna, eu estava mais que feliz.

Mais uma vez precisamos nos distanciar pela falta de ar e encostei minha testa na dela, nossas mãos unidas ao lado do nosso corpo, eu sorri.

- Eu não vou transar com você - falei sorrindo.

- O que? - ela claramente estava confusa.

- Não agora, não ainda, Montgomery. Me sinto errada fazendo isso, já que Cristina e Burke...

Ela riu.

- Então só não pode sexo, mas beijos, declarações e todo resto pode? - falou arqueando a sobrancelha.

Dei um leve tapinha em seu braço.

- Vou precisar seriamente conversar com a dona - falei sorrindo - A senhorita Montgomery vai me castigar sabe...

- Com certeza, ela vai querer muito castigar você - falou dando um sorrisinho descarado.

- Addison! Deixe de ser sacana! Ainda não estou muito boa com você sabe...

Sua expressão mudou e eu me alarmei.

- Eu fui burra, eu sei - disse se afastando.

- É, você foi.

- Meredith eu...

- Mas está tudo bem, porque sabe... Eu não resisto a sua beleza e sua petulância, Professora - sorri travessa.

Seu olhar calmo voltou.

- Eu sou irresistível.

- E insuportável.

- Perdeu o respeito, senhorita Grey?

- Talvez, senhorita Montgomery.

- O que podemos fazer a respeito disso?

- Nos arrumar e ir passear pela cidade - falei descendo minhas mãos, que estavam em sua cintura, e parando em sua bunda.

- Não me provoque, já que você mesma disse que não iríamos fazer sexo.

- E não vamos - sorri novamente e deixei um selinho em seus lábios. Indo até minha mala e pegando uma calça jeans e uma camiseta branca.

Na frente da mesma tirei meu short e senti seu olhar queimar sob minha pele, tirei a blusa consequentemente deixando meus seios totalmente expostos. Addison desviou o olhar e ficou de costas depois.

- Algum problema? - perguntei.

- Se vista.

- Hummm, por que?

- Se vista, Grey.

- Você sabe que podemos infligir as regras também, não sabe?

- Não, não antes de resolver isso. Não quero transar com você.

O que?

Havia algo de errado comigo?

Addison sentiu meu humor cair 100% e me olhou.

- Meredith, por Deus, vá se vestir!

- Você não está... Sentindo...

- O que você acha? Droga! Se vista, agora! Eu preciso me controlar!

- Por que?

- Porque você ainda é minha aluna.

Ainda?

- Ainda?

- Meredith, por favor... Você mesma disse que não iríamos transar.

- Okay, okay - falei colocando minha calça e minha camiseta - melhor?

- Bem melhor - veio até mim e me beijou - Você me salva, Meredith. Você é a minha calmaria em meio a tempestade, obrigada.

Abri a boca para responder mas desta vez ela quem me impediu me beijando novamente.

Addie, minha doce e ferida Addie, eu quero tanto desvendar você.

// Ai meu otp, amo amo amo amo