1- Começando com o pé esquerdo.

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Meredith Grey,
Londres,
7:00AM

Acordo assustada com o barulho irritante do despertador, e fico algum tempo deitada na cama, pensando no quão eu estava tentada a voltar a dormir. Mas, por fim, antes que eu fosse dominada por completo pelo meu sono, levantei-me decidida a dar início ao meu primeiro dia de aula na faculdade.

Eu estava ansiosa, esse seria um passo enorme o qual eu estava dando na minha vida, e nada poderia dar errado hoje.

Tomo um banho frio, agradecendo pela temperatura gostosa da manhã, o calor estava gostoso, por isso deveria aproveitar, já que Londres era uma cidade bem fria.

Sai do banheiro tropeçando nas malas que ainda se encontravam no chão, eu havia me mudado há dois dias mas ainda não tive tempo de organizar tudo em seu devido lugar, havia saído de Paris para fazer minha tão sonhada faculdade de letras aqui em Londres, essa fora uma decisão tomada por mim e por minha mãe, entramos em concordância de que seria melhor para mim vir morar aqui.

Visto uma calça jeans rasgada e uma camiseta preta, nos pés decidi por um vans preto e lá estava meu look de primeiro dia, pego minha pequena mochila também preta e alguns livros nos quais eu estava lendo e desço correndo para tomar café e vejo minha amiga Cristina já sentada a mesa.

- Bom dia Cristina.

- Bom dia, Mer. como dormiu?

- Como um anjo - sorri - um anjo ansioso.

- Imagino. Bom... Vou descendo e te espero lá embaixo, não demore Mer.

- Sim, senhora! - Disse de boca cheia.

- Onde estão seus modos?

- Não sei, se minha mãe visse isso... Je ne veux même pas penser [Não quero nem pensar]

- Estou te esperando, gata.

- Você não ia me esperar lá embaixo?

Ela revira os olhos.

- Vamos Cristina! Você não larga do meu pé! - falei pegando uma barra de cereal para comer mais tarde - Aprendi essa expressão nova - Falei sorrindo orgulhosa de mim mesma.

- Nunca - Sorriu debochada - E essa expressão é de velho!

Reviro os olhos rindo e descendo junto a ela.

...

Addison Montgomery,
Londres,
6:30AM

O despertador me acorda tirando-me de um sono profundo, levanto de imediato contrariada e tento espantar qualquer mal humor evidente com um bom banho de banheira, uma música relaxante e um livro de poesias no qual estava lendo no momento. Depois de alguns minutos, algumas páginas lidas e um pouco relaxada, saio do banho a procura de uma roupa para usar no primeiro dia, confesso que o desânimo toma conta mais uma vez do meu ser e eu deito na cama em uma crise existencial.

- Vamos lá Addison, mais um ano letivo se inicia, você precisa levantar!

Por fim de alguns minutos e uma conversa comigo mesma, levanto e escolho uma saia preta que me caia até os joelhos, uma blusa de alças branca e nos pés um scarpam preto, o básico.

Pego minha bolsa preta na qual eu havia organizado no dia anterior e havia colocado os vários livros nos quais eu iria usar para dar aula hoje, e completo com o livro das poesias. Olho as horas no meu relógio e constato que estou atrasadíssima.

- Droga de crise existencial! - Murmuro irritada.

Desço rapidamente dando um bom dia polido ao porteiro e me desloco até a garagem do meu prédio, entro no carro e dirijo o mais rápido possível até a faculdade. Entro no café dali, no qual era onde eu tomava o meu café preto e sagrado de todos os dias.

- Bom dia Sra. Montgomery, o de sempre? - Cumprimentou-me a balconista que já me conhecia desde sempre.

- Bom dia, o de sempre! - Digo com o meu evidente mal humor.

- Trarei em alguns minutos. Bom dia Cristina! - disse dirigindo-se a outra pessoa do meu lado.

- Bom dia Hel! Quero um cappuccino e um macchiato para viagem, por favor.

- É pra já!

[Alguns minutos depois]

- Aqui está, Sra. Montgomery! Café puro. Cristina, os seus estão aqui também.

Peguei o café e a conta e virei-me rapidamente para ir ao caixa, quando sinto alguém esbarrar em mim, e consequentemente derramar meu café inteiro na minha blusa.

- PORRA! QUE MERDA... INFERNO!

- Me desculpe.... Me desculpe moça! Eu posso te ajudar a lim...

- Não preciso da sua ajuda! - Levantei minha cabeça na intuição de despejar todo meu ódio em cima da garota, e quando meus olhos se encontraram ao seu rosto, eu parei por um segundo - SAIA DA MINHA FRENTE, INFERNO! - Foi o que consegui dizer, enquanto ela me olhava estática.

Saio dali com o ódio evidente em meu rosto, hoje será um daqueles dias onde o mundo irá conspirar contra mim. A merda da teoria do caos era totalmente aplicável em minha vida.

Entro no meu carro e por sorte havia uma blusa dentro dele, troco minha blusa xingando aquela garota internamente por ter estragado uma das blusas mais caras do meu closet. Merda! Eu já estava extremamente atrasada e ainda não havia tomado a porra do meu café!

- MERDA! - Exclamo para mim mesma antes de sair do carro, hoje seria um dia e tanto, eu com certeza estava girando cada vez mais entorno do caos.

Discovering LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora