35- Reitora.

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Addison

- Enfim - falei me afastando da mesma - Seus nomes são Alice e Davi, ela tem seis anos e ele faz dezoito semana que vem.

- Bom... Eles tem um lar agora. Graças a você. Os tirou da rua?

- Estavam no shopping pedindo comida.

Ela sorriu triste.

- Você é idêntica a sua mãe, Addison.

Desviei o olhar.

- Bom... Já que estou aqui... Vou adiantar os pagamentos desse mês. Me dê as contas, por favor.

- Sabe... - ela disse se sentando na sua mesa e abrindo uma gaveta - Quando a Bizzy... Morreu, achei que você iria querer fechar o orfanato, porque você quem... Ficou com praticamente todas as propriedades dela, e eu sei que sempre amou esse lugar, mas achei que... Não iria mais fazer sentido para você, sabe? Mas me enganei. Você em todos esses anos tem sido fiel a este lugar, Addison, obrigada por isso.

Dei de ombros.

- Não faço mais que a minha obrigação. As contas, por favor, Susana.

Ela estendeu alguns papéis em minhas mãos.

- Esse é o valor deste mês.

Abri minha bolsa e tirei meu talão de cheques de dentro dela.

Fiz um primeiro cheque com o valor das contas do mês e a entreguei. Fiz mais um para as compras de mantimentos, roupas e necessidades básicas e mais outro.

- Esse último use para comprar brinquedos para as crianças, elas precisam de uma infância.

- Obrigada, Addison.

- Preciso ir.

- Mas já? Não vai... Brincar com as crianças?

Paro.

- Não, não vou, Susana. Se precisar de mais alguma coisa me mande um e-mail. Cuide bem dos novatos e resolva a parte burocrática, me mande os papéis para assinar.

- Pode deixar - disse abrindo a porta para mim.

Lis estava lá atrás, provavelmente escutando a conversa.

- Tia Addie.

- Oi, Lis.

- Você já vai?

- Já, tenho algumas coisas para resolver.

- Mas vai abandonar a gente de novo?

Suspirei.

- Vou tentar voltar, ok?

- Eu tenho uma coisa pra você.

- Pra mim?

- Sim. Fiz faz um tempão mas você nunca mais voltou aqui, mas mesmo assim eu guardei.

- Vá pegar, então.

- Tá bom - disse subindo as escadas.

- Tia Addison? - Alice veio até mim.

- Sim, Alice?

- Esse lugar é seu?

- É, é meu.

- Você ajudou todas essas crianças?

- Bom... Digamos que... Não diretamente.

- Você é um anjo, tia Addison?

- Não, Alice, eu não sou um anjo.

Ela sorriu.

- Pra mim você é, tia Addison. Você tirou a gente da rua, deu comida e deu dinheiro e agora a gente tem uma casa enorme. A gente poder vai morar aqui?

Discovering LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora