8- Desastre

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Meredith Grey

Já eram 20:00 e Addison ainda não havia chegado, liguei três vezes para o celular dela e caiu na caixa postal, estava preocupada, e se tivesse acontecido algo com ela?, Eram os únicos pensamentos que passavam pela minha cabeça.

Já estava me desarmando quando ouço meu celular tocar, vou correndo imaginando ser Addison e assim que vejo seu nome no visor minhas preocupações vão para longe.

- Addison!

- Grey... - ouço sua voz extremamente rouca e fraca.

- O que aconteceu? Onde você está?

- Eu... - ouvi um fungado, Addison estava chorando? - Estou em casa, me desculpe, mas eu tive um... Imprevisto.

- Não se preocupe! Você está bem?

- Eu... - um silêncio se instalou, e alguns segundos depois ouvi-a chorando.

- Estou indo pra ai, fique calma.

Desliguei e apenas peguei minha bolsa e a chave do carro de Cristina, e sai correndo. Addison não estava bem, e era tão estranho eu estar me importando tanto, nunca senti isso nessa intensidade por ninguém.

O trânsito estava engarrafado, o que me deixava ainda mais estressada e ansiosa, eu precisava vê-la, e saber se realmente estava bem, se estava machucada ou algo assim.

Ela era somente minha professora, mas eu me sentia na obrigação de fazer isso.

Então depois de alguns minutos, avistei o enorme prédio onde minha professora morava, estacionei o carro na vaga de visitantes e me identifiquei na portaria, prontamente me deixaram entrar e eu subi até a cobertura.

Bato na porta e não encontro resposta, então toco a maçaneta até perceber que não está trancada, entro e me deparo com uma Addison totalmente diferente do que eu já havia visto. Ela estava com um short jeans, uma t-shirt branca, seus cabelos ruivos estavam soltos cobrindo parte de seu rosto, que estava totalmente vermelho e inchado. A mesma estava sentada no tapete da sala com os braços no joelho e a cabeça apoiada nos braços.

- Addison! O que aconteceu? - digo sentando junto a ela e a puxando para um abraço. A mesma me olhou com seus olhos verdes, sem brilho, sem vida, nos quais só demonstravam tristeza, e me abraçou forte, como se sua vida dependesse disso.

Eu apenas acariciei seus cabelos e a deixei chorar em meus braços. Nunca vi Addison assim, e muito menos imaginei vê-la assim, logo ela, que sempre exalava uma postura prepotente e casca grossa, mal sabia eu que aquilo tudo poderia ser o esconderijo da sua dor...

- Está tudo bem... Calma... Vai ficar tudo bem...

Ver a minha professora assim me partia o coração, meus olhos se encheram de lágrimas ao vê-la dessa forma e apenas as deixei cair.

Após alguns minutos Addison já estava mais calma, mas ainda estávamos na mesma posição, nós duas sentadas no tapete, ela com sua cabeça enterrada no meu pescoço e seus braços rodendo minha cintura, enquanto uma de suas pernas, por conta da proximidade e da intensidade na qual estávamos abraçadas, estava por cima das minhas.

Estava alisando seu braço e ali percebi uma mancha roxa avermelhada, meu sangue ferveu e meu coração se apertou.

- Addison...

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