Discovering Love

17 - Satã usando calças.

Addison

Acordo sentindo cada músculo do meu corpo implorar por mais alguns minutos de sossego na minha cama, porém, como já se é de esperar, não aconteceu.
Tomo um bom e demorado banho sem muito me importar com a hora, visto uma calça jeans flare, um salto preto e uma blusa branca, completo com uma bolsa preta e minha pasta contendo todos os assustos nos quais eu daria hoje.

Chego ao campus e logo vou tomar o meu café sagrado de todos os dias, ao entrar no café me deparo com a Meredith Grey sentada no balcão junto a sua amiga esquisita que sempre estava ao lado dela, as duas pareciam gêmeas.

Passo pelas duas sentindo o olhar de Meredith sob mim, mas não iria dar o gostinho de olhar de volta.

- Bom dia, professora Montgomery!
- Bom dia, o mesmo de sempre, pra levar.
- Sim senhora.

Sento em um dos banquinhos me permitindo responder algumas mensagens bem animadas de Amélia para o meu aniversário, reviro os olhos com tamanha animação, eu odiava aniversários desde que minha mãe não estava mais presente neles.

- Seu café. Tenha um bom dia.
Eu apenas acenei e fui até o caixa.

Após duas aulas já lecionadas, eu estava com uma enxaqueca terrível e o humor pior ainda, merda!
Caminho pelos corredores da minha faculdade indo para a próxima aula, que era na sala de Meredith Grey, não era minha matéria, ainda estava cobrindo as aulas de Altman, me repreendendo sempre o porque eu havia feito isso, eu poderia estar indo para casa agora, não poderia?

- Bom dia - cumprimento a sala deixando evidente o meu mau humor - O trabalho em que passei antes do concurso, quero agora na minha mesa.
Pouco a pouco os alunos vinham e deixavam suas folhas encima da minha mesa, enquanto eu organizava a bagunça em que Teddy Altman chamava de matéria, bufo impaciente, até sentir um cheiro de lavanda bem específico invadir minhas narinas.

- Dia difícil, professora? - a olhei e a mesma estava com um sorrisinho cínico nos lábios.
- Não sabe o quanto, senhorita Grey - respondi massageando minhas têmporas.
- Talvez no fim da aula eu possa te ajudar a relaxar... Se a senhora quiser, é claro.
- Com licença, Montgomery? - Derek estava na porta da sala.
- Sim, Sheperd?
- Posso falar com você um instante?
Reviro os olhos e vou em direção a porta.
- Precisa de alguma coisa?
- Esses são os relatórios que me pediu para providenciar - disse me entregando uma pasta catálogo.
- Atrapalhou minha aula pra isso? Poderia ter deixado no meu armário.
- Também queria convidar a vossa senhoria para... Quem sabe tomar um vinho mais tarde.
- Passo. Obrigada Sheperd, agora se me der licença, preciso dar minha aula - disse fechando a porta e o xingando mentalmente.

- Bom... Hoje iremos falar sobre William Shakespeare. Por favor, venham educadamente a minha mesa e peguem aleatoriamente essas folhas, cada um irá lecitar uma obra do autor.

Após todos pegarem os papéis, levantei da minha cadeira e me encostei na minha mesa.

- Senhorita Grey? Poderia começar a ler o seu?
- Sim senhora. Soneto 105:

Não chame o meu amor de idolatria
Nem de ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.

- Isto é o literal do que se chama de perfeição, senhorita Grey. Meus parabéns pela interpretação - Elogiei a garota e logo vi suas bochechas tomarem um tom avermelhado, ponto para mim! - Karev, você é o próximo.

Após todos lerem suas poesias e eu fazer uma breve explicação sobre um assunto, o sinal bateu.

- Nos vemos amanhã em linguística. Senhorita Grey, fique por favor, preciso conversar com você.
Nesta hora senti uma tensão se espalhar pela sala, todos lançaram para Meredith um olhar de pena, e eu apenas me deleitava com a sensação maravilhosa de poder.

Após a saída de todos os alunos da sala, Meredith vem até mim com os olhos focados nos meus.

- O que deseja professora? - minhas mãos foram ao encontro da sua cintura.
- Apenas parabenizá-la pela maravilhosa interpretação de Shakespeare.
- Muito obrigada, professora. Mas e o seu mau humor? Passou? - seu olhar intercalava entre a minha boca e os meus olhos.
- Na verdade não, mas já é de praxe que eu o tenha.
- Posso ajudá-la de alguma forma?
- Na verdade... Pode sim, senhorita Grey - sussurrei em seus lábios, logo depois os tomando em um beijo calmo, em que aos poucos fora se intensificando. Minhas mãos vagavam todo o corpo da loira a minha frente, enquanto a mesma soltava fracos grunhidos contra meus lábios, beijei seu pescoço sentindo o arrepio tomar conta da mesma, sorrio ainda beijando aquele local tão sensível, tendo as mãos da mesma passeando pelo meu corpo, me conectei a sua boca novamente.

Desgrudei meus lábios dos seus abruptamente e fui em direção a porta, a trancando logo em seguida, fazendo a mesma coisa com a outra porta, do outro lado da sala. Enquanto tinha o olhar focado de Meredith sob mim.

- Sente-se na mesa e tire sua calça, senhorita Grey.
- Como quiser, professora Montgomery.

A loira tirou sua calça e em seguida sua calcinha, logo depois se sentando na mesa.

- Devo lhe punir, senhorita Grey? Não mencionei que tirasse sua calcinha.
- Me desculpe, professora - disse abrindo um pouco mais suas pernas.
- Desculpas aceitas, Grey - murmurei avançando na mesma e tomando seus lábios novamente em um beijo intenso.
Sinto as mãos de Meredith irem ao encontro do botão da minha calça e abri-lo.
- Você está tão gostosa com essa calça hoje, professora.
- Eu sei, senhorita Grey - disse beijando seu pescoço e descendo um pouco mais minha mão para sua intimidade, ouvindo um gemido rouco sair da boca da mesma, e alguns minutos, depois de aumentar os movimentos a súplica incessante da mesma, sinto um líquido quente escorrer pelos meus dedos e um gemido manhoso sair da boca de Meredith.

Beijo os lábios da mesma e fecho o botão da minha calça.

- Acho melhor se vestir, Senhorita Grey, seria um espanto se a reitora batesse na porta desta sala e se você estivesse sem suas roupas debaixo.

Ela sorri.

- Você é uma tentação quando usa calça, Satã.
- Eu sei disto, Meredith Grey.
- Preciso ir, tenho trabalho de casa da professora mais gostosa dessa faculdade pra fazer, então...
- Vá - disse lhe deixando um selinho em seus lábios.
- Tenha um bom dia, Montgomery.
- Igualmente, Grey.