18- Meu Sol.

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Meredith

Chego em casa sem conseguir conter a felicidade em que irradiava meu peito, de uma forma tão terna que eu poderia jurar que estava completamente, inteiramente apaixonada por Addison Montgomery.
Avisto Cristina sentada no sofá e logo sorrio para a mesma.

- Oi Cris!
- Oi pessoa estranha que provavelmente transou pra estar tão feliz, onde está a Meredith?
- Vá se ferrar! - joguei uma almofada na mesma que riu.
- Posso saber onde estava?
- Na verdade... Okay! Senta que eu conto, mas nada de reações eufóricas.

Sentei-me no sofá com Cristina e comecei contando sobre a viagem, o que havia acontecido no quarto de Addison e logo depois o que havia acontecido agora há pouco.
A mesma me olhava atentamente sem expor nenhuma feição.

- E então? - perguntei nervosa, já que a mesma não havia dito nada.
- Ué, normal! Eu sabia que ia dar nisso!
- Cristina!
- Como é ela na cama?
- Ela... Fez sexo comigo falando francês, Cristina! Essa mulher é o próprio diabo na cama.
- Uau! Tem espaço pra mais uma nessa relação?
- Não! E... Isso não é uma relação!
- Eu não diria o mesmo.
- Okay, eu vou tomar banho tá?
- Vai se limpar vai...
- Vá se ferrar, Yang!
Ela riu.

Fui direto para o banheiro e tirei toda minha roupa entrando de cabeça no chuveiro. O meu banho fora demorado, me permiti lavar meus cabelos e cuidar da minha pele passando alguns óleos.
Logo saio e me jogo na cama já vestindo uma camisa cinza e uma calcinha preta, tomo em minhas mãos meu notebook que tocava incessantemente encima da minha escrivaninha, o abro e me deparo com a imagem da minha mãe na tela.

- Oi, mamãe! - a cumprimentei alegre.
- Meredith Grey, J'ai besoin de prendre rendez-vous pour vous parler? - Preciso marcar um horário para falar com você?
- Mãe, tem sido tudo...
- arrête! - pare - respecte notre culture et parle français avec moi, Meredith Grey! - respeite a nossa cultura e fale francês comigo, Meredith Grey
- pardon maman - Desculpe, mamãe
- tu me laisses tomber! - você está me decepcionando!
- désolé, maman, d'être ce que je veux être! - desculpe mamãe, por ser o que eu quero ser - murmurei sarcástica.
- Meredith Grey! n'utilise pas ton ironie avec moi! je suis ta mère! - Não use sua ironia comigo! Eu sou sua mãe!
- Preciso ir, Ellis!
- Meredith Grey! - a mesma gritou do outro lado, possessa.

Bufo e desligo a chamada, minha mãe sempre desejou que eu fosse uma cirurgiã renomada como ela, que salvasse vidas e todo esse blá blá blá, mas eu sempre me impus, eu sempre amei literatura, sempre amei escrever e isso era minha vida. Isso salvava minha vida. Eu queria sim salvar vidas, mas através da minha escrita.

Abro o word do meu computador onde continham cinco capítulos totalmente prontos, e um rascunho do que deveria ser um novo capítulo do meu tão sonhado livro, antes de qualquer coisa vou até a cozinha e faço uma xícara enorme de café, logo voltando e sentando em meu home office e respirando fundo antes de começar a dar vida aos meus dedos sob aquele teclado.

Addison

Chego em casa sentindo meu corpo implorar por um banho, subo as escadas prendendo meu cabelo em um coque, tirando meus sapatos, e consequentemente minha blusa e meu sutiã, chego ao meu quarto e tiro minha calça e minha calcinha, indo até o banheiro e ligando o chuveiro.
Entro debaixo do chuveiro e solto um gemido ao sentir a água quente de contato com minha pele, eu precisava disso.
Após alguns minutos saio do banho me enrolando na toalha e visto minha calcinha cobrindo-a com um robe preto.

Sentada no tapete da sala com minha 5° taça de vinho na mão e uma caixa de pizza pela metade, escuto a campanhia tocar e estranho este feito, já que o porteiro não havia ligado.
Levanto devagar e vou em direção a porta, olhando pelo olho mágico, bufo irritada e abro a porta.

Discovering LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora