Harry encarou a folha em branco, e se obrigou a começar a escrever. Ele queria ver seus amigos, mas ele nunca viriam se Harry não os avisasse que eles podiam. Uma voz irritante em sua cabeça o dizia que talvez eles escolhessem não vir, afinal, que Bruxo da Luz iria aceitar um convite para a mansão do Lorde das Trevas por livre e espontânea vontade?
Depois de reescrever suas cartas pelo menos três vezes, Harry as entregou para Hedwig. Ele ainda não sabia como Luna encontrou sua coruja e a mandou para ele, mas algo o dizia que talvez tenha sido Hedwig quem encontrou Luna, e estava esperando pelo momento certo para voltar para Harry.
Harry ficou admirando sua coruja enquanto ela voava para longe, até que ela ficou tão pequena que Harry não conseguiu mais lhe enxergar. Logo ele teria sua resposta, e esperava que fosse algo positivo. Seu amigos pareciam preocupados com ele quando descobriram que Harry teria que se entregar para o Lorde das Trevas, então logicamente, eles ficariam felizes em descobrir que Harry estava bem...
Apesar de querer continuar encarando sua janela esperando por uma resposta, Harry sabia que já estava tarde, e ele deveria se preparar para dormir. Sua resposta só chegaria no dia seguinte. Com isso em mente, Harry se dirigiu para o banheiro. Ele ainda não conseguia acreditar que seus dominantes se deram ao trabalho de lhe dar um quarto tão perfeito como o dele. às vezes, Harry achava que não o merecia.
Dormir foi algo complicado. fazia dias desde a última vez em que Harry teve um pesadelo, mas dessa vez ele não conseguiu evitar. Em um momento ele estava colocando seu pijama confortável e se deitando na cama, no outro, ele acordou gritando sentido seus companheiros o abraçando.
Não demorou muito para Harry se acalmar, provavelmente porque ter seus dois dominantes o abraçando ajudava. Harry tentou se desculpar algumas vezes, mas nenhum dois dois deixou. não era como se ele escolhesse ter pesadelos e acordar gritando, então Harry não deveria se desculpar.
Em algum momento, Harry sentiu um frasco de poção ser colocado em seus lábios, e ele bebeu mesmo sabendo que a poção o faria dormir de novo. Harry não estava com medo de ter mais pesadelos, talvez só um pouquinho, mas o que ele realmente não queria, era acordar sozinho. Essa sempre era a pior parte.
- "não me deixem" - Harry pensou, segundos antes de apagar - "eu não quero acordar sozinho"
Para a total surpresa de Harry, ao acordar, ele se viu sendo abraçado por dois pares de braços, o que só podia significar que Tom e Lucius não o haviam abandonado. Ele queria se mexer um pouco, para ficar mais confortável, mas Harry podia sentir que os dois ainda estavam dormindo, e ele não queria os acordar, por isso mudou de ideia e apenas voltou a dormir.
Harry só foi acordar novamente quando ouviu Dobby chamado por ele. Ao se sentar na cama, Harry sentiu que seus dominantes também começaram a se mexer. Dobby se desculpou vária vezes por ter os acordado, e explico que já estava na hora da primeira poção de Harry, e Mestre Snape havia ameaçado invadir o quarto de Harry se ele não tomasse logo a poção.
Quando Dobby terminou de falar, os três já estavam acordados, ou o mais acordados que poderiam ficar sem café, e Tom, que estava mais perto do elfo doméstico, pegou a poção e a entregou para Harry, que tomou tudo se esforçando para não vomitar. Era horrível.
- eu odeio essa poção - Harry comentou, feliz que só precisava passar por essa tortura uma vez por semana - "eu ficaria bravo com Severus por me dar algo tão ruim, mas essa fui eu quem fez" - Harry fez menção de se levantar, e Lucius saiu da frente para que Harry pudesse sair da cama. O gosto da poção ainda estava em sua boca, e ele precisava escovar os dentes o mais rápido possível.
Ao voltar do banheiro, Harry encontrou os dois ainda o esperando, mesmo que ele tenha achado que eles já teriam ido embora. Tom o puxou para um abraço triplo, do qual Harry não reclamou, e eles ficaram assim por um bom tempo.
- você está melhor? - Voldemort perguntou.
- sim. Sinto muito por ter acordado vocês - Harry escondeu o rosto na dobra do pescoço de Tom, com vergonha de encarar os dois.
- está tudo bem, Harry - ele respondeu.
- nós só estamos preocupados - Lucius adicionou.
- você quer falar sobre isso? -Voldemort perguntou.
- não, foi apenas um pesadelo - Harry detestava falar sobre seus pesadelos.
- você gostaria que nós fossemos embora - Lucius perguntou, como medo da resposta. Ele não queria deixar Harry sozinho, mas ele se obrigaria a ir embora e arrastaria Tom consigo se fosse o que Harry queria.
- não - Harry admitiu em um sussurro - "eu preciso de vocês" - Os três perderam a noção do tempo enquanto se abraçavam, e os dois dominantes o examinavam para ter certeza de que Harry estava bem e não precisava de nada. Eles só se soltaram quando Dobby apareceu com o café da manhã. Severus havia mandado o elfo porque "Harry não podia ficar com o estomago vazio por muito tempo depois de tomar a poção"
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Our Souls' Song
FanfictionHarry quis rir quando leu o papel, mas se segurou. Voldemort havia deixado claro que tinha poder o bastante para invadir o ministério e matar todos que encontrasse pelo caminho, mas ele preferiria se o ministério se rendesse sem muito sangue bruxo...