The Beginning Of An Important Conversation

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 O resto do dia passou de forma agradável, mas Harry sentia que sua felicidade não duraria muito. Ele sabia que estava sendo bobo, seus dominantes o garantiram que não estavam bravos, e Harry confiava nos dois, mas o sentimento se recusava a ir embora. 

Harry teve um pouco de dificuldade para dormir de noite, mas ele sabia que não podia andar pela casa até ficar com sono como ele gostaria de fazer, porque isso iria acordar seus dominantes (e Severus),  já que eles estavam dormindo. 

 Com isso em mente, Harry foi até sua estante e escolheu um livro para ler. Ele não estava com vontade de ler, mas precisava fazer algo para ficar com sono, e escolheu o livro mais chato que achou. Era um livro sobre adivinhação. Harry odiava adivinhação, e não demorou muito para cair no sono. 

 Na manhã seguinte, Dobby encontrou Harry dormindo em uma posição estranha, ainda com o livro na mão, o elfo guardou o livro, e usou sua magia para deixar Harry em uma posição mais confortável, prometendo a si mesmo que voltaria em uma hora para o acordar, mas quando informou Mestre Lucius, ele foi instruído a deixar Harry acordar por conta própria. 

 Lucius queria conversar com Harry sobre algo que ele sabia que Harry não gostaria, e ele estava enrolando. Ele pretendia ter tido essa conversa antes que Harry tomasse a poção, mas ele não queria estressar seu submisso, e agora Lucius sabia que não poderia adiar por muito mais tempo. 

 Harry acordou se sentido revigorado, mas logo percebeu que ele havia dormido até tarde. Tom provavelmente já teria ido para o ministério, e Harry não o beijou antes que ele saísse. Esse pensamento o surpreendeu. Ele já estava tão acostumado com os beijos de seus dominantes, que se sentia culpado quando não os beijava. 

 Ao ver a mesa do café da manhã em sua frente, Harry achou que teria que comer sozinho, mas foi só ele se sentar em seu lugar, que Lucius apareceu. O loiro beijou Harry antes de se sentar e pegar o prato de Harry antes que o mesmo conseguisse se servir.

 - eu sempre quis fazer isso - Lucius admitiu, com um sorriso fofo nos lábios - mas Tom sempre foi mais rápido. Ele chegou à conclusão de que eu te entupiria de doces - Harry olhou para os doces em seu prato, mas achou melhor não dizer nada - você dormiu bem, Harry? 

 - sim, mas eu não queria ter dormido tanto - Harry admitiu, se sentindo culpado - " eu queria ter me despedido de Tom" .

 - eu pedi para Dobby não te acordar  - Lucius falou - você precisava descansar, especialmente depois daquela poção. E antes que você pergunte, Tom não conseguiu ir para o ministério sem um beijo seu, ele invadiu seu quarto e te deu um selinho antes de sair - Harry sentiu suas bochechas corarem. 

 Lucius esperou Harry terminar de comer, antes de o arrastar para o escritório. Eles precisavam conversar. Harry estava um pouco nervoso, porque sabia que eles só iam conversar no escritório quando era algo sério.  Eles encontraram um pavão no meio do caminho, e Harry pegou seu filho no colo e o levou junto. 

 Harry começou a fazer carinho na ave, em uma tentativa de se acalmar um pouco, e olhou para Lucius esperando que ele começasse a falar, mas Lucius parecia quase tão nervoso quanto ele. O loiro se sentou na poltrona ao lado de Harry, e também começou a fazer carinho no pavão. 

 - Harry - ele começou - você sabe que eu só quero o que é melhor para você, não sabe?  - Harry concordou com a cabeça, ainda sem entender o que estava acontecendo - eu quero conversar com você sobre seus parentes - Lucius falou, sabendo que Harry não ficaria feliz com isso. 

 - não! 

 - quando Dumbledore colocou você com aquela família, ninguém sabia onde você estava, nem mesmo o ministério. Depois que você veio morar conosco, eu passei dias procurando o endereço deles nos arquivos do ministério, antes de descobrir que o velho alegou que era "mais seguro" se ninguém soubesse. Mas você nunca esteve em perigo, Harry. 

 - mas... meus pais... Dumbledore falou... eu sei que ele era um filho da puta, mas ele não teria mentido sobre isso...

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