Wizengamot, And Other Things

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 O Lorde das Trevas, Voldemort, caminhou pelos corredores do ministério como se fosse dono de tudo, o que ele de fato  era, e ignorou os olhares temerosos que recebia. Ele havia encontrado a Srta. Lovegood meia hora antes, e concordou em uma  entrevista rápida, especialmente porque queria conhecer uma das amigas de Harry.

  Lucius tinha certeza de que ninguém acreditaria que a entrevista era verdadeira se eles não tivessem várias testemunhas, que ansiavam pela chance de comprar a próxima edição de um jornal que antes eles odiavam.  

 O novo "ditador" do mundo mágico havia convocado a primeira reunião do Wizengamot desde que o ministro anterior se rendeu, proibindo a entrada de algumas pessoas que ele sabia que não se encaixariam em seu novo governo. Essas pessoas tinham a opção de entregar seus Senhorios para seus herdeiros, ou ficar em casa fazendo nada enquanto outras pessoas decidiam seus futuros em seu lugar. 

  Voldemort deixou claro que algumas mudanças  aconteceriam com ou sem o apoio do Wizengamot, e  o único motivo pelo qual  todos eles foram convocados foi porque seria justo que eles vivenciassem essas mudanças em primeira mão.  Mas depois que o Lorde das Trevas terminasse com suas modificações, eles poderiam voltar a ter controle sobre qualquer coisa que não afetasse as alterações de Voldemort. 

 Obviamente, nenhum dos bruxos presentes gostou da situação, mas a quantidade de comensais que os cercavam era um aviso claro que dizia que dizia "não desrespeite o Lorde das Trevas", então todos concordaram, mesmo que a contragosto. 

 A primeira coisa que Voldemort explicou, foram as mudanças no ministério. Ele estaria criando novos departamentos, excluindo alguns, e modificando boa parte dos departamentos restantes. O Lorde das Trevas ignorou os protestos, e continuou  com suas explicações. Os funcionários que não quisessem trabalhar para ele podiam se demitir, mas nunca mais teriam a chance de trabalhar no ministério. 

 Muitos de seus comensais ganharam cargos importantes para supervisionar as mudanças, mas poucos ficariam depois que tudo estivesse pronto.  Voldemort também pretendia focar em outros assuntos, mas estava ficando tarde, e ele já estava sentindo falta de Harry, então decidiu deixar o ministério com seus comensais e voltar para casa. 


  Harry estava confortável em uma poltrona na biblioteca, lendo um livro que ele nunca teria tido a chance de ler se não estivesse morando com o Lorde das Trevas (o livro era em Parseltongue), quando ouviu as portas da biblioteca abrindo.  Voldemort foi o primeiro a entrar, seguido por Lucius, que carregava um pavão consigo. 

 - posso te abraçar? - Tom perguntou, enquanto mudava de sua forma ofídica para sua aparência normal.  Ele estava tão preocupado em ver se Harry estava bem, Voldy culpava os instintos Veela, que ele havia se esquecido de voltar ao normal. 

 Harry encarou os olhos vermelhos por alguns segundos, notando a preocupação que ele havia visto apenas duas vezes antes, a primeira no escritório de Tom enquanto ele procurava por machucados em si, e a segunda quando Harry estava brincado com o pavão albino de Lucius. Harry concordou com a cabeça. 

 O Lorde das Trevas puxou seu companheiro submisso para perto, e o abraçou. Ele sabia que continuaria sentindo essa preocupação descomunal por algum tempo, pelo menos até que o vinculo terminasse de se formar e Harry confiasse neles, mas quando ele estava longe de Harry, Tom sentia como se a preocupação nunca fosse ir embora. 

 Lucius esperou Tom terminar e puxou Harry para si, também o abraçando. Quando o loiro decidiu que estava na hora de soltar Harry, ele foi atrás de seu pavão, que ele havia soltado antes de abraçar seu companheiro, e entregou a ave para o Grifinório, que o encarou sem saber o que fazer. 

 - ele também estava com saudades - Lucius explicou, como se fosse obvio. 

 Harry voltou a se sentar em sua poltrona confortável, mas agora ele segurava o livro com um mão (virando as páginas com magia sem varinha), enquanto fazia carinho no pavão com a outra. Lucius se sentou ao seu lado, e Tom se juntou a eles depois de encontrar um livro para ler. 

 Os três ficaram assim até que um elfo apareceu com uma poção para Harry, e anunciou que eles tinham visita. O Lorde das Trevas sabia que poucas pessoas tinham permissão para entrar em sua mansão sem serem convidados, e todos eles eram comensais. Havia uma grande chance de Harry não estar pronto para lidar com seus comensais, especialmente aqueles que faziam parte do circulo. 

 Lucius se levantou para seguir Tom, e Harry, não querendo ficar sozinho de novo, bebeu a poção o mais rápido possível, e foi atrás. Ele não queria admitir, mas ficar longe dos dois também o afetava. Ao contrário de seus dominantes, ele não ficava preocupado, em vez disso, Harry  sentia como se estivesse sendo abandonado, e ele odiava essa sensação. 

 Essa foi a primeira vez que Harry ficou sem seus dois companheiros, e ele sabia por experiencia própria que enquanto  pelo menos um deles estivesse dentro do terreno da mansão, ele não se sentiria dessa forma, mas o medo de ser abandonado era maior do que a lógica. 

 - eu posso ir junto? - Harry timidamente  perguntou quando alcançou seus companheiros. Tom não sabia que comensal estava esperando por eles, e não queria que Harry se assustasse, mas Lucius, como também era um Veela submisso, instantaneamente intendeu o que estava acontecendo com Harry, e concordou antes que Voldemort pudesse dizer alguma coisa. 

 Ao chegarem na sala de estar que era designada para convidados que eles não odiavam, eles encontraram ninguém menos do que Severus Snape em carne, osso, e roupas pretas. Para a total surpresa dos dois dominantes, Harry  foi correndo na direção do mestre de poções, e o abraçou. 

 - Sev!  - Harry falou - eu estava com saudades. 

  

Our Souls' SongOnde histórias criam vida. Descubra agora