Anything For You, My Love

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  Harry acabou dormindo no ombro do Lorde das Trevas, feliz porque seus amigos estariam salvos, e seus dominantes não pareciam querer o abandonar tão cedo. Harry sabia que os dois tinham muita coisa para fazer no ministério, e ele acabaria sozinho com frequência, mas Harry não tinha certeza se conseguiria. 

 Talvez ele simplesmente tivesse que ir junto. 

 Ao acordar, Harry notou que ainda estava na sala, mas agora em vez de estar deitado no ombro de Tom, ele estava no colo de Lucius, com sua cabeça apoiada na dobra do pescoço do loiro. Lucius não pareceu notar que Harry estava acordado, e Harry aproveitou essa oportunidade para admirar a obra de arte que era Lucius Malfoy. 

  - caso você esteja se perguntando - Lucius falou - você só dormiu por um pouco mais de meia hora. 

 - eu não pretendia ter dormido - Harry admitiu - mas você é um travesseiro muito confortável. 

 - eu sei - Lucius falou, entre risos - mas não diga isso para Tom, ele estava insuportável falando sobre o quão confortável você ficou em seu ombro... você está se sentindo melhor? 

 - eu não estava me sentindo mal - Harry mentiu. Uma parte de si ainda acreditava que seus dominantes ficariam bravos se ele desse muito trabalho. 

 - Harry, eu também sou um Veela submisso. Eu sei exatamente como você se sentiu, e eu sei que a sensação demora para ir totalmente embora - Harry corou, e desviou o olhar. Lucius não deveria saber que ele estava mentindo, ele provavelmente ficaria bravo, e Harry ficaria sozinho de novo - eu não estou bravo, Harry - Lucius o assegurou, sentindo que era necessário - eu só estou preocupado com o seu bem estar. 

 - eu estou melhor - Harry admitiu, depois de alguns segundos, ainda sem conseguir encarar os olhos cinzas de Lucius. 

 - com o tempo você se acostuma, e mal dá para notar  - Lucius falou. 

 - mesmo? - Harry perguntou, os olhos Avada trasbordando de esperança, ele realmente não queria se sentir mal todas as vezes que seus companheiros tivessem que trabalhar. 

 - mesmo. Quando eu conheci Tom, eu não conseguia me afastar dele, mas com o tempo foi ficado cada vez mais fácil, e agora eu não sinto nada fora do normal  - Harry não precisava saber que além da sensação de abandono que um submisso sente, Lucius também sentia a saudade e preocupação  que eram  características de um dominante. 

 - vai demorar muito? "eu odeio ser abandonado" - Harry perguntou.  

 - é diferente para cada pessoa - Lucius respondeu, fazendo carinho nos cabelos bagunçados de seu companheiro. A verdade é que tudo depende da capacidade de Harry de aceitar o vinculo, e de seus sentimentos por seus dominantes. 

 Harry iria perguntar alguma coisa, provavelmente sobre como Lucius conheceu Tom, ou como ele descobriu que o Lorde das Trevas era seu companheiro, mas antes que ele pudesse abrir a boca para realmente fazer suas perguntar, o pavão albino que agora morava na mansão entrou na sala carregando um pedaço de papel na boca. 

 Lucius começou a rir, automaticamente entendendo o que seu filho havia feito, mas Harry só foi entender quando o pavão se aproximou e lhe entregou o papel. Ao pegar, Harry notou que era algo relacionado ao trabalho do Lorde das Trevas, e deduziu que não demoraria muito para que Voldemort desse o ar da graça. 

 Dito e feito. 

 Tom entrou na sala apenas alguns segundos depois, e começou a olhar ao redor, procurando pelo pássaro maldito. Depois de o avistar, ele foi até o pavão, mas ficou desapontado ao perceber que o papel não estavam mais na boca do bicho. Voldemort chegou a pensar que a ave o derrubou no caminho e ele não notou, mas antes que ele perdesse seu tempo refazendo seus passos, Harry lhe estendeu a solução para seus problemas. 

 - obrigado, Harry - Tom agradeceu, depositando um osculo na testa de Harry - Lucius, controle seu filho! 

 - nosso filho - Lucius corrigiu, com um sorriso. 

 - tanto faz, apenas não deixe esse pássaro invadir meu escritório.

 - admita que ele é nosso filho e que ele é uma ave e não um pássaro, e vou pensar sobre isso - o loiro respondeu, fazendo Harry rir, e Tom o encarar como se ele o tivesse o chamado de Dumbledore - e seja educado - Lucius adicionou. 

 - Lucius, amor da minha vida, você pode por favor fazer com que essa ave, também conhecido como nosso filho, nunca mais entre em meu escritório? 

 - qualquer coisa por você, meu amor - Lucius puxou Tom para um beijo. Beijo esse que deixaria Harry corado pelo resto de sua vida, especialmente porque Harry ainda estava no colo de Lucius quando os dois se beijaram. 

Our Souls' SongOnde histórias criam vida. Descubra agora