Harry queria continuar deitado no ombro de Tom, já que por algum motivo inexplicável, ele gostava de usar seu dominante com um travesseiro, mas apesar de não querer sair, Harry sabia que o Lorde das Trevas tinha coisas mais importantes para fazer, então, contra sua vontade, Harry colocou o pavão no chão, e começou a se levantar.
Notando o que Harry pretendia fazer, Voldemort gentilmente colocou a mão atrás da cabeça de seu submisso, e o empurrou de volta para seu ombro. Harry não protestou. Lucius já o havia explicado como os submissos normalmente se sentiam após ficarem longe de seus dominantes, e Tom não abandonaria Harry com seus sentimentos.
O Grifinório, notando que não sairia dos braços de Tom tão cedo, usou toda a coragem que não tinha para pegar a mão de Lucius e a levar até seus cabelos, em um pedido mudo de carinho. Harry não sabia se Lucius ficaria bravo ou não, mas ele sempre quis saber como era a sensação de alguém acariciando seus cabelos, já que o mais perto que ele chegou foram os gêmeos Weasley bagunçando seus cabelos depois de um jogo de quadribol, e isso não era a mesma coisa.
Lucius não pareceu se importar com o pedido de Harry, pedido esse que o loiro viu como uma ordem, e quando seus dedos começaram a acariciar os cabelos bagunçados de seu submisso, Harry se sentiu nas nuvens. Se ele soubesse que seria tão bom, ele teria pedido por isso mais cedo... isso não era exatamente verdade, e Harry sabia disso. Ele ainda achava que a qualquer momento seus dominantes cansariam dele, ou ficariam com raiva, e ter qualquer outra pessoa o tocando dessa forma estava fora de cogitação.
- nós precisamos conversar - Voldemort falou, trazendo Harry de volta para a realidade.
- eu fiz algo errado? - Harry automaticamente perguntou. Era obvio que no momento que as coisas melhorassem para si, Harry achava uma forma de estragar tudo. Ele não queria voltar a como eles eram no começo...
- é claro que não - Lucius respondeu - você não fez nada errado - para a sorte de Harry, Lucius não havia parado com o cafuné.
- você se lembra da conversa que nós tivemos hoje mais cedo? - Tom perguntou - quando ter perguntamos sobre a Srta. Lovegood?
- sim - Harry respondeu, tentando se lembrar do que ele poderia ter feito errado durante essa conversa, mesmo que Lucius tenha o assegurado que ele ele não havia feito nada.
- nós percebemos que esquecemos de explicar algumas coisas para você - Lucius falou, tentando não assustar muito seu submisso.
- quando eu mandei aquela carta para você - Tom continuou - eu não achei que você soubesse que éramos companheiros. Se eu soubesse, provavelmente teria feitos as coisas de forma diferente. Eu esperava ter que te explicar, e até mesmo provar que era verdade, mas você já sabia. E isso mudou o rumo da nossa conversa, e nós acabamos por esquecer de mencionar algo importante, porque achamos que você chegaria à essa conclusão por conta própria.
- a carta que Tom mandou para o ministério era praticamente verdade, mas a que mandamos para você depois não era - Harry o encarou, tentando processar o que havia acabado de ouvir - Dumbledore sempre foi bom em mentir e manipular os outros e você sempre pareceu acreditar nele, por isso nós achamos que você não viria facilmente, e fizemos algumas ameaças vazias.
- nós não pretendíamos machucar seus amigos se você não se comportasse - Voldemort admitiu - e nós só dissemos isso para ter certeza de que você realmente viria. O plano era explicar tudo quando você chegasse, mas como você sabia que éramos companheiros, pareceu obvio que você também saberia que nossas ameaças nunca se concretizariam. Sinto muito, Harry.
- então... meu amigos estão seguros? - Harry finalmente perguntou, sentindo a esperança tomar conta de si.
- sim - Lucius respondeu.
- obrigado - Harry abraçou o Lorde das Trevas, que estava mais perto, depois foi atrás de Lucius para o abraçar também. Tom não iria admitir, mas não gostou quando Harry tirou a cabeça de seu ombro.
- você não precisa nos agradecer.
- você não está bravo? - Tom perguntou.
- por que eu estaria?
- nós mentimos para você, Harry - foi Lucius quem respondeu - e você passou dias a creditando que seus companheiros, pessoas que deveriam te proteger e te fazer feliz, estavam ameaçando a segurança de seus amigos caso você não se comportasse.
- está tudo bem - Harry os assegurou - foi apenas um erro. vocês mesmo admitiram que pretendiam me explicar isso no dia que eu cheguei, e eu sei por experiencia própria que as conversas nunca acontecem da forma que nós imaginamos - Harry não entendia, e nem pretendia entender, porquê seus dominantes esperavam que ele estivesse bravo. Ele estava feliz que seus amigos não estavam em perigo, e era só isso que importava.
- você também pode mandar cartas para quem você quiser - Tom adicionou - e sua coruja também é bem vinda - secretamente, o Lorde das Trevas esperava que a coruja de Harry ficasse com ciúmes dos pavões. Um deles já estava praticamente morando em sua casa, e se Harry se apegasse a todos, Lucius com certeza os traria para dentro sem pensar duas vezes, e Tom se recusava a dividir sua casa com aqueles pássaros malditos.
- e se você também quiser sair da mansão, ou visitar alguém, tudo o que você tem que fazer é pedir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Our Souls' Song
FanfictionHarry quis rir quando leu o papel, mas se segurou. Voldemort havia deixado claro que tinha poder o bastante para invadir o ministério e matar todos que encontrasse pelo caminho, mas ele preferiria se o ministério se rendesse sem muito sangue bruxo...