The Shit That Happens After

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 Harry encarou a porta em sua frente, e se obrigou a não sair correndo. Ele não estava pronto para isso! Já havia se passado um mês desde que Tom encontrou o ritual, e tudo estava finalmente pronto, com exceção de Harry, que estava uma pilha de nervos. 

 Ele sabia que havia uma grande chance de ter algo errado consigo, e depois do ritual, Harry teria provas de que o problema era ele. Tom passou tanto tempo procurando uma forma de o ajudar, mas Harry tinha certeza de que tudo daria errado... 

 Lucius notou que Harry estava nervoso, e gentilmente o conduziu para dentro. Como toda mansão antiga, a mansão Slytherin tinha sua própria sala de rituais, e aos olhos de Lucius, o lugar era deslumbrante, mas para Harry, era assustador. 

 O ritual em si passou como um borrão para Harry. Ele vagamente se lembrava de Tom segurando um livro fino, quase caindo aos pedaços, e falando em uma língua que Harry não conhecia, mas que ao mesmo tempo parecia familiar, e depois disso, dor. 

 - "...sem magia" - Harry sentiu vontade de se mexer, mas seu corpo parecia pesado, e ele não conseguiu. 

 - "eu sei o que a Medibruxa falou!" - Harry tentou abrir os olhos, apenas para descobrir que eles se recusavam a abrir.  Harry percebeu que conhecia aquelas vozes, mas tudo estava tão diferente. 

 - " ele deve acordar logo" - a voz falou, e Harry percebeu que talvez ele fosse sobre ele que as vozes estavam discutido, mas isso não fazia sentido, ele já estava acordado - "mas eu não quero ir embora"

 - "nós não vamos a lugar nenhum!" - a outra voz respondeu. 

 - " ele não vai nos querer aqui quando acordar" 

 - "Severus pode estar errado" - a voz falou, mas Harry notou que ele estava incerto. 

 - " Severus nunca está errado!"  - Harry tentou se mexer novamente, mas não conseguiu - " e você se lembra do que aconteceu da ultima vez que ele perdeu o controle do Glamour..." 

 Glamour... 

 Harry sabia que essa era uma palavra importante... 

 - " eu sei, mas nós estamos aqui agora, e eu sei que você não quer o abandonar, Lucius" 

 - " é claro que não! mas eu também não quero que Harry nos odeie"

 - " ele não vai nos odiar..." 

 - " como você pode ter certeza, Tom? da ultima vez, ele não nos deixou entrar até que ele conseguisse colocar o Glamour novamente, e Severus deixou bem claro que Harry não quer que a gente saiba... nós prometemos esperar até que ele nos mostrasse por conta própria"

 Glamour... 

 a palavra apareceu novamente, mas Harry não tinha certeza do que isso significava. 

 Harry percebeu que estava com um pouco de frio, e tentou puxar o cobertor mais para perto, mas não conseguiu. 

 Frio. 

 Harry conseguia sentir o cobertor em sua cintura, e o frio que tomava conta da metade de seu corpo que o cobertor não tapava. Ele conhecia esse tipo de frio, o tipo que vem com unguentos e pomadas , o tipo que Madame Pomfrey costumava colocar nele quando Harry se machucava, o tipo que curava cicatrizes...

 Glamour...

 Não! 

 Não, não, não, não, não, não , não... 

 Isso não podia estar acontecendo. 

 Não! 

 Harry tentou se mexer, ele realmente tentou, mas nada do que ele fez surtiu efeito. 

 Eles não podiam ver! 

 - Tom - a voz de Lucius ecoou, fazendo com que Harry tentasse se mexer mais uma vez  - eu acho que Harry começou a acordar - Lucius falou, transbordado de felicidade - eu vi ele mexer a mão. 

 Harry ouviu os passos  se aproximando. Era tarde demais, Harry não conseguiria se esconder a tempo. 

 Eles o odiariam.  

  Alguém segurou sua mão, mas isso não fazia sentido. Por que alguém iria querer tocar em sua pele depois de ver o que estava escrito nela? 

 Harry sentiu um ósculo ser depositado em sua testa. 

 Tom o havia beijado, mas isso também não fazia sentido. 

 Ele não estava mais usando o Glamour, Tom deveria estar com nojo. 

 Lucius fez a mesma coisa logo em seguida. 

 Harry chegou à conclusão de que seu dominantes haviam enlouquecido.  

Our Souls' SongOnde histórias criam vida. Descubra agora