Harry estava com saudades de seus dominantes.
Ele havia descoberto que seu Veela não era mais afetado pela ausência dos dois, e se obrigou a informar seus companheiros. Harry sabia que um deles sempre ficava em casa para que ele não se sentisse mal, e isso obviamente afetava o trabalho que eles tinham que fazer no ministério.
Depois de muito incomodar, seus dominantes concordaram que as mudanças que eles gostariam de fazer aconteceriam mais rápido se os dois trabalhassem nisso juntos, e relutantemente decidiram ir para o ministério ao mesmo tempo. Harry não queria que eles deixassem de fazer o que queriam por culpa dele.
Mas agora ele se via entediado e carente.
Severus o convidou para ajudar com algumas poções, mas depois de explodir dois caldeirões, o Mestre de Poções o expulsou de seu laboratório. Depois dessa catástrofe, sobrou para Sirius a tarefa de distrair Harry, mas ele falhou lindamente.
- Já que você se recusa a se divertir, que tal uma conversa séria? - Sirius perguntou, surpreendendo Harry.
- sobre?
- eu notei que você não gosta de falar sobre seu passado, e eu não vou te pressionar, mas eu gostaria de saber um pouco sobre seus anos em Hogwarts.
- por que?
- porque você é meu afilhado, e eu sinto que eu não sei quase nada sobre sua vida. Eu não estou dizendo isso para te convencer a falar, a escolha é sua, mas como você não quer falar sobre sua infância, eu pensei que talvez nós pudéssemos falar sobre Hogwarts.
Harry ficou alguns minutos em silêncio, pensando.
- tudo bem - ele finalmente concordou - por onde você quer que eu comece?
- por onde você quiser.
- Quando eu recebi minha carta de Hogwarts, eu não fazia a menor ideia de que eu era um bruxo - Harry começou. Sirius estava prestes a dizer algo, mas o olhar de Harry foi o bastante para o fazer mudar de ideia - e os Dursleys não me deixaram ler a carta, e depois de muito drama, Dumbledore apareceu. Ele me entregou a carta, e enquanto eu lia, ele conversou com os Dursleys. Eu não sei o que ele disse, mas funcionou.
Dois dias depois Hagrid apareceu para me levar para o Beco Diagonal. Eu não percebi na hora, obviamente, mas ele já estava me manipulando, tentando fazer com que eu odiasse Voldemort e acreditasse que ele representava tudo de ruim no mundo, assim como Dumbledore era a reencarnação de Merlin (não com essas palavras), e nossa ultima esperança.
Eu estupidamente acreditei, mas não por muito tempo. Eu fui para a Grifinória porque eu achava que isso iria deixar meus pais orgulhosos, mesmo que o chapéu quisesse me por na Sonserina, e também porque Ron foi o primeiro amigo que fiz, e eu não queria o perder. Depois eu descobri que o velho já havia colocado compulsões em mim para me fazer escolher a casa vermelha.
- filho da puta! - Sirius sussurrou, mas voltou a ficar quieto, com medo de que Harry mudasse de ideia e desistisse de falar.
- Severus não foi muito com a minha cara no começo, mas ele logo descobriu que eu não era uma copia de meu pai, e três meses depois do começo das aulas, eu me vi tomando chá com ele depois de uma detenção, e contando tudo.
- tudo?
- eu contei sobre os Dursleys, sobre o que Hagrid me falou no beco diagonal, e sobre as conversas que eu tive com Dumbledore. Eu pedi para não voltar mais para os Dursleys, mas ele me ignorou, falando algo sobre uma proteção de sangue, que não passava de uma mentira mal contada. Dumbledore começou a me chamar em seu escritório com frequência, para ter certeza de que eu estava me comportando como ele queria, e provavelmente para checar as compulsões, e eu comecei a visitar Severus depois de cada visita ao escritório do diretor.
Severus me contou algumas verdades sobre o velho, e eu percebi o quão perigoso ele era. Mas foi depois da minha primeira nota boa em poções que as coisas pioraram. Dumbledore chegou à conclusão de que eu havia copiado Hermione, e Severus se viu obrigado a me dar detenção. isso continuou a acontecer sempre que minhas notas aumentavam, independente da matéria - Harry parou por alguns segundos, como se estivesse decidindo se continuava ou não.
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Our Souls' Song
FanfictionHarry quis rir quando leu o papel, mas se segurou. Voldemort havia deixado claro que tinha poder o bastante para invadir o ministério e matar todos que encontrasse pelo caminho, mas ele preferiria se o ministério se rendesse sem muito sangue bruxo...