Depois do jantar, Harry percebeu que teria que se despedir de seus amigos. Ele não queira que os dois fossem embora, haviam tantos assuntos que eles ainda não haviam discutidos, e tantas coisas que Harry queria os mostrar. Hermione, por exemplo, amaria a biblioteca, mas Tom havia se trancado na biblioteca, e Harry não quis atrapalhar.
Na verdade, Harry estava tão feliz em poder conversar com seus amigos, que ele esqueceu de mostrar a casa para eles. Os três passaram a tarde toda conversando no mesmo lugar. Lucius, com pena de seu submisso, os convidou para voltar em dois dias. Logo a poção de Harry ficaria pronta, e ele não poderia receber visitas por um tempo, e Lucius não queria que Harry se sentisse solitário.
Os três Grifinórios se despediram com abraços apertados, e Ron e Hermione foram para a toca. Por causa da guerra, Hermione havia se mudado para lá em uma tentativa de proteger seus pais, e Molly não a deixaria ir embora tão cedo. Ela só iria descobrir que Dumbledore estava mentindo e Voldemort nunca teve interesse em seus pais quando perdesse o medo e conversasse com ele.
Harry se jogou nos braços de Tom (ele era o companheiro que estava mais perto) em busca de conforto, e adorou sentir os braços do Lorde das Trevas o envolvendo. Severus foi silenciosamente embora, sabendo que Harry não precisava dele, e muito provavelmente nem notou sua presença.
- Eles vão voltar logo - Tom o assegurou.
- eu sei - Harry não parecia acreditar em suas próprias palavras.
Lucius se juntou ao abraço, e Harry não demorou muito para se acalmar. Ele não estava acostumado com a montanha russa que eram seus sentimentos, e esperava que seus dominantes não focassem bravos por terem que lidar com isso.
Harry se lembrou dos Medibruxos em St. Mungus lhe dizendo que suas emoções poderiam ficar descontroladas conforme seus corpo se livrava de tudo o que o velho havia feito. Talvez fosse por isso que se despedir de seus amigos tenha sido algo tão doloroso. As poções estavam fazendo efeito, e pela primeira vez em sua vida Harry estava sentido o que ele queira sentir, em vez do que Dumbledore esperava que ele sentisse.
Tom pegou Harry no colo, e o levou para seu quarto, mas Harry estava tão perdido em pensamentos que só notou que não estava mais na sala quando sentiu sua cama sob si. Ele sorriu quando Lucius começou a fazer carinho em seus cabelos, e pegou no sono logo em seguida.
Harry acordou cedo na manhã seguinte, e a primeira coisa que ele notou foi que estava sozinho em sua cama. Harry não queria acordar sozinho. Ele tomou um dos banhos mais demorados de sua vida, o que para qualquer outra pessoa seria considerado um banho normal, e foi tomar o café da manhã.
Como Harry havia acordado mais cedo, ele foi o primeiro a chegar, e teve que esperar por mais de meia hora antes que Severus e seus companheiros decidissem dar o ar da graça. Os elfos se ofereceram para servir a comida mais cedo, mas Harry recusou, ele já havia acordado sozinho, e se recusava a comer sozinho também.
Tom foi o primeiro a se retirar, já que ele tinha que ir para o ministério. Quem iria adivinhar que ser um ditador daria tanto trabalho! Harry finalmente percebeu que seus dominantes estavam alternando os dias em que iam para o ministério para que ele não ficasse sozinho. Uma parte de si estava feliz porque seus dominantes claramente se importavam com ele, mas outra parte, a parte mais barulhenta, lhe dizia que ele estava dando trabalho.
Harry não teve muito tempo para pensar sobre isso, porque Severus o arrastou para o laboratório de poções. A poção volátil estava quase pronta, e Severus precisava focar apenas nela, deixando as outras poções nas mãos de Harry, já que Lucius era péssimo em poções, e o Lorde das Trevas coincidentemente decidiu ir para o ministério.
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Our Souls' Song
FanfictionHarry quis rir quando leu o papel, mas se segurou. Voldemort havia deixado claro que tinha poder o bastante para invadir o ministério e matar todos que encontrasse pelo caminho, mas ele preferiria se o ministério se rendesse sem muito sangue bruxo...