A manhã passou de forma rápida para os três, que passaram o tempo todo grudados uns nos outros. Harry ainda estava um pouco abalado por causa do pesadelo, mas se recusava a falar sobre isso, e seus dominantes nunca o forçariam.
Severus mal notou que eles não estavam por perto, e aproveitou o silencio que era a Mansão Slytherin, mas quando a hora do almoço começou a se aproximar, ele terminou uma das muitas poções que Harry ainda teria que tomar, e se lembrou deles.
O Mestre de Poções chamou Dobby, e mandou que ele arrastasse os três para fora do quarto (não com essas palavras). Harry precisava comer com frequência para que as poções, especialmente as nutritivas, fizessem efeitos, e não havia nada de errado em ele comer no quarto, mas os outros dois precisavam trabalhar, e algo lhe dizia que onde um fosse, os outros dois seguiriam.
Ao se sentar à mesa, Severus não precisou esperar muito para que Harry aparecesse com seus companheiros. Para a surpresa do Mestre de poções, Severus se acostumou relativamente rápido com o fato de os três estarem juntos. No fundo, era porque ele sabia que como companheiros, seu Senhor e Lucius nunca machucariam Harry, e o pirralho parecia feliz com eles.
- você teve um pesadelo - Severus acusou, no momento em que botou os olhos em Harry.
- eu não sei do que você está falando, Sev! pesadelo? o que é isso? é de comer?
- isso explica porque uma das minhas poções de sono sem sonhos está faltando - Severus continuou, ignorando a resposta de Harry - você está melhor? - Harry concordou com a cabeça. Severus estendeu uma poção para Harry quando ele se sentou, e deixou que o pirralho intencionalmente mudasse de assunto.
- você emprestou o livro para a Sra. Lovegood? - Harry perguntou, curioso. Ele sabia o quão difícil era conseguir um livro de Severus. Às vezes, o Mestre de poções conseguia ser pior que Hermione.
- sim - Severus respondeu - Pandora sabe como cuidar deles, ao contrário de um certo adolescente que eu conheço - ele acusou.
- foi um acidente! - Harry falou - e o livro sobreviveu.
- sim, porque eu mandei que você colocasse um feitiço protetor no livro. Se não fosse por isso, meu livro estaria morto.
-isso foi há seis anos, supere!
- nunca!
- o que você fez com o pobre livro, Harry? - Lucius perguntou, rindo.
- nada - Harry respondeu - os gêmeos pregaram uma peça em Ron, ele se assustou, tropeçou, e foi parar em cima de mim enquanto eu estava sentando no meu canto, lendo. Não foi minha culpa que o livro caiu - Harry mostrou a língua para o Mestre de poções - Ele nem mesmo amassou. Severus não achou nada de diferente no livro. Ele só está bravo porque sabe que aconteceu.
- destruidor de livros - Severus acurou, tentando esconder seu sorriso. Ele estava feliz por ter conseguido distrair Harry de seu pesadelo, o que era algo quase impossível de se fazer.
Para a felicidade de Harry, ele viu Hedwig voando em sua direção, carregando duas cartas. Atrás dela, vinha a coruja que entregava o jornal. Harry não via a hora de ver a resposta de seus amigos, mas quando sentiu o papel em sua mão, sua coragem Grifinória o abandonou.
Ele respirou fundo algumas vezes, e abriu a primeira carta. Era de Hermione. Ao contrário do que Harry esperava, a carta era curta. Ela aceitou o convite, e falou que não via a hora de falar com Harry pessoalmente. A carta de Ron era quase a mesma coisa. Harry demoro alguns segundos para perceber que os dois provavelmente estavam com medo que a carta fosse interditada.
Seu amigos estariam vindo lhe visitar no dia seguinte.
Harry não sabia o quanto ele precisava dessa resposta até que ele a recebeu. Seus amigos não o odiavam. Eles confiavam nele a ponto de aceitarem um convite para a Mansão Slytherin, sabendo que provavelmente acabariam encontrando o Lorde das Trevas em carne, osso e muito provavelmente, cara de lagartixa.
Voldemort teve que ir para o ministério depois do almoço, e Harry passou o resto do dia colado em Lucius, feliz por pelo menos um de seus dominantes estar com ele, mesmo que o loiro tenha passado boa parte da tarde trabalhando no escritório, enquanto Harry lia um livro ao seu lado.
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Our Souls' Song
FanfictionHarry quis rir quando leu o papel, mas se segurou. Voldemort havia deixado claro que tinha poder o bastante para invadir o ministério e matar todos que encontrasse pelo caminho, mas ele preferiria se o ministério se rendesse sem muito sangue bruxo...