O Quibbler parecia muito melhor do que Lucius se lembrava, se é que ele chegou a realmente ler o jornal em algum momento de sua vida, e a entrevista com o Lorde das Trevas não foi a única coisa interessante que ele encontrou.
Aparentemente, Luna Lovegood havia decidido desmentir ou corrigir literalmente tudo o que o profeta havia dito pela manhã, sem contar as matérias estranhas que obviamente ainda faziam parte do jornal. Se Lucius não soubesse que ela era uma vidente, ele provavelmente passaria o resto do dia se perguntando como ela teve tempo de desmentir o profeta em apenas uma manhã.
- Sua amiga parece estar se divertindo - Severus comentou, largando o Quibbler, e olhando para Harry.
- é pessoal - Harry admitiu, e continuou depois de receber um olhar interrogativo do seu antigo professor - ela já compartilhava o meu ódio pelo profeta por tudo o que eles disseram sobre mim, mas a gota d'água foi quando eles falaram mal de algum animal raro que Luna ama. Se eu não me engano, Rita, em sua forma animaga, ouviu Luna me contando sobre esse animal, e dedicou várias páginas do profeta apenas para falar mal da Luna, o que ela ignorou, mas foi quando Rita começou a falar dos animais imaginários que Luna inventava porque "ela não tinha amigos de verdade" que Luna ficou brava.
- eu podia jurar que a Srta. Lovegood já estava acostumada a ter pessoas duvidando de sua palavra.
- ela não teria feito nada, mas seu pai se machucou enquanto os dois procuravam alguma coisa que eu nem mesmo sei como pronunciar, e ela se ofereceu para ajudar com o Quibbler... o que me lembra, Luna me mandou duas cartas essa manhã, e uma é para você - Harry estendeu uma uma carta para Severus.
- Pandora está pedindo um livro emprestado - Severus falou, notando os três pares de olhos curiosos lhe encarando ( N/A ela não morreu!) Pandora Lovegood adorava criar novos feitiços, e como os Pince eram uma família conhecida por sua habilidade de criar feitiços e poções, e Severus era o único com acesso à biblioteca Prince, os dois viviam trocando livros.
- eu gostaria de visitar meus amigos - Harry falou, em um quase sussurro. Ele se lembrava de Lucius o dizendo que ele podia, mas uma parte de si temia que eles dissessem não.
- quando você pretende ir? - Tom perguntou.
- eu posso?
- é claro que você pode, Harry - Lucius respondeu - mas nós apreciaremos se você nos dissesse quando você pretende ir.
- talvez amanhã? - Harry perguntou, ainda incerto.
- e quando você vai voltar? - Voldemort perguntou - eu preciso saber quando eu posso começar a me preocupar.
- eu tinha me esquecido disso! - Harry percebeu que essa não era uma boa ideia - eu não quero passar o temo todo me sentido como se vocês tivesse me abandonado, e eu também não quero que vocês se sintam mal por minha causa... foi uma ideia estupida.
- talvez seus amigos possam vir aqui - Lucius sugeriu.
- sim - Tom concordou, mesmo que ele odiasse a ideia. Ele sabia que no momento que os amigos de Harry aparecessem, todo o progresso que ele havia feito com seu companheiro submisso seria destruído. Harry ouviria a opinião de seus amigos, e voltaria a os odiar. Mas não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso, já que ele nunca impediria Harry de ver seus amigos - a lareira estará sempre aberta para seus amigos.
- obrigado - Harry respondeu, sorrindo. Seu sorriso derreteu o coração dos três homens em sua frente, e todos concordaram que aturar um bando de Grifinórios barulhentos valeria a pena.
Harry havia passado horas acordado na noite anterior, se saber o que escrever para seus amigos, mas ele não conseguiu escrever nem mesmo um parágrafo. A carta que ele recebeu de Luna ajudou, porque ela respondeu todas as perguntas que Harry teria feito se ele conseguisse terminar a carta que ele pretendia enviar para ela, e sugeriu que se escrever fosse difícil, ele deveria tentar conversar com os outros pessoalmente.
Mas agora ele teria que escrever.
Sem nenhuma vontade de passar sua tarde encarando uma folha em branco, Harry continuou ajudando Severus no laboratório de poções por mais algumas horas, depois foi incomodar Tom na biblioteca.
Voldemort ainda estava tentando descobrir o que Dumbledore havia feito com sem companheiro para que ele não sentisse nada quando tocou seus dominantes. Ele sabia que foi porque algum dos muitos feitiços e ou rituais que o velho havia usado não se desfez completamente quando Dumbledore morreu, mas ele precisava saber o que exatamente o velho havia feito, ou ele não conseguiria reverter.
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Our Souls' Song
FanfictionHarry quis rir quando leu o papel, mas se segurou. Voldemort havia deixado claro que tinha poder o bastante para invadir o ministério e matar todos que encontrasse pelo caminho, mas ele preferiria se o ministério se rendesse sem muito sangue bruxo...