A primeira coisa que o Lorde das Trevas sentiu ao chegar em casa foi a tristeza que emanava de seus submissos. Tom foi na direção em que seus instintos lhe diziam que ele encontraria seus companheiros, e achou Lucius sentado no sofá de uma das salas que eles raramente usavam, com Harry dormindo em seu colo.
Harry abriu os olhos no momento em que Tom entrou.
- Tom! - Harry falou, feliz em ver seu dominante. Ele estendeu seus braços, em um pedido mudo para ser abraçado, e Tom prontamente obedeceu.
Ao abraçar Harry, Voldemort notou que ele esteve chorando, e estava prestes a começar de novo. Tom se sentou ao lado de Lucius, com Harry entre os dois, e o confortou até que ele se acalmasse. Lucius rapidamente o explicou o que estava acontecendo.
Tom invocou um pergaminho e uma pena, e escreveu uma breve carta para o ministério, avisando que não voltaria depois do almoço, eles sobreviveriam sem ele pelo resto da tarde, e seu Harry precisava de si.
Harry não estava com vontade de conversar, ou fazer qualquer coisa que não fosse grudar em seus dominantes, e os dois perceberam isso, e não o pressionaram. Tom trocou um olhar com Lucius, antes de pegar Harry no colo e o levar para seu quarto, com o loiro os seguindo logo atrás.
Lucius chamou um elfo e pediu que o almoço fosse servido ali, e Harry se viu recebendo comida na boca.
Os três passaram o resto do dia no quarto de Harry, com Harry sendo paparicado por seus dominantes. Severus apareceu algumas vezes para ver como Harry estava, mas sempre usando as poções como desculpa, e acabou dando uma poção calmante para ele "sem querer".
No dia seguinte, Harry ainda estava triste, e quase não desgrudou de Tom e Lucius (Lucius também não foi para o ministério), mas dois dias depois, ele parecia estar começando a voltar ao normal, ainda assim, Harry acabou preocupando o Lorde das Trevas quando ele o viu sentado no chão do seu escritório, com três pavões ao seu redor.
- Harry?
- eu estava com saudades - Harry admitiu, corando um pouco. A verdade é que ele não queria ficar sozinho porque não gostava dos pensamentos que tinha quando isso acontecia - então vim te visitar.
- e os pássaros? - o Lorde das Trevas se recusava a os chamar de aves quando Lucius não estava por perto.
- eles estavam me fazendo companhia até você aparecer - o sorriso fofo nos lábios de Harry fez com que Voldemort desistisse de qualquer coisa ofensiva que ele estivesse prestes a dizer sobre os pássaros.
Tom se sentou em sua cadeira, e puxou Harry para seu colo, mas para sua tristeza, um dos pássaros malditos acabou vindo junto.
- eu sei que o que você descobriu te abalou, mas eu acho que seria bom se você falasse sobre isso - Tom falou, o mais calmo possível - não precisa ser agora, nem mesmo comigo, Harry, mas eu realmente acho que ajudaria.
- talvez depois? - Harry perguntou, incerto. Tom concordou com a cabeça, e sorriu para Harry, o acalmando.
Os pavões pareciam intencionalmente atormentar o Lorde das Trevas, e Tom percebeu que se não fizesse nada, os pavões andariam livremente em sua casa e ele não poderia fazer nada sobre isso. Foi assim que ele teve a brilhante ideia de chamar os amigos de Harry para uma visita.
Se alguém conseguiria ajudar Harry, seriam eles.
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Our Souls' Song
FanfictionHarry quis rir quando leu o papel, mas se segurou. Voldemort havia deixado claro que tinha poder o bastante para invadir o ministério e matar todos que encontrasse pelo caminho, mas ele preferiria se o ministério se rendesse sem muito sangue bruxo...